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O dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas - Coggle Diagram
O dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas
CAPÍTULO I
A compreensão do dízimo
O que é dízimo
1.1 Contribuição sistemática e periódica dos fiéis
1.1.1 Meio pelo qual a comunidade assume a sustentação e a da Igreja
1.1.2 Pressupõe pessoas evangelizadas e comprometidas com a evangelização
1.1.3 Características do sistema de contribuição
1.1.3.1 Relacionado com a experiência de Deus e com o amor fraterno
1.1.3.1.1 Deus que por amor entregou seu Filho por nós e por todo o mundo, por isso os filhos por seu exemplo podem viver também na oblação e na partilha
1.1.3.1.2 Ao amor fraterno, relacionado com a amizade que circula entre os membros da comunidade
1.1.3.2 compromisso moral dos fiéis com a Igreja
1.1.3.2.1 Nasce de uma decisão pessoal que exprime a pertença efetiva à Igreja vivida em uma comunidade concreta
1.1.3.2.2 Se diferencia do simples cumprimento de uma lei pois exige a consciência iluminada pela fé
1.1.3.3 Fixado de acordo com a consciência retamente formada
1.1.3.3.1 A quantia é parte da decisão da consciência iluminada pela Palavra de Deus, sensível às necessidades da Igreja e do próximo
1.1.3.3.2 Paulo
1.1.3.3.2.1 Cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria
1.1.3.4 Sistemático e periódico
1.1.3.4.1 Sistemática = estável, assumida de modo permanente
1.1.3.4.2 Periódica = mensal, ou ligada a colheitas, ou à venda de produtos...
1.2 Erros de compreensão
1.2.1 A forma de captação de recursos para outras pastorais
1.2.2 Sustentação de pessoas e manutenção de estruturas eclesiais
Os fundamentos bíblicos do dízimo
2.1 Deus é Senhor de tudo o que existe
2.1.1 Reconhecimento de gratidão proporcionando vivenciar a comunhão dos bens
2.2 Patriarcas
2.2.1 Primeira referência ao dízimo
2.2.1.1 Gênesis 14,17-20
2.2.2 Segunda menção
2.2.2.1 Gênesis 28,18-22
2.2.3 Dízimo neste contexto é oferecido em forma de reconhecimento e gratidão
2.3 Moisés
2.3.1 Torna-se preceito
2.3.1.1 Passa a servir de ajuda no sustento dos levitas pelos serviços litúrgicos
2.3.1.2 Auxílio aos necessitados: estrangeiro, órfão e as viúvas
2.3.1.3 Meio pedagógico: como caminho para se exercitar no temor de Deus
2.4 Retorno do exílio
2.4.1 Abundância: demonstra a fidelidade do povo na entrega do dízimo e a preocupação em organizar o recolhimento do dízimo por parte dos levitas
2.5 Profetas
2.5.1 Amós condena o culto sem o arrependimento e a conversão, e a oferta de sacrifícios e dízimos descompromissados
2.5.2 Malaquias recorda ao povo o tema da fidelidade à aliança com Deus e convoca a conversão
2.5.3 Os profetas releem o preceito do dízimo sob um prisma mais profundo, a fidelidade à aliança
2.5.3.1 Por isso, o dízimo deve sempre vir acompanhado de interioridade e não de simples formalismo cultual
2.6 Evangelhos
2.6.1 Se referem à prática da religião judaica no tempo de Jesus
2.6.1.1 Semelhante aos profetas Jesus se opõe ao comportamento dos fariseus e escribas
2.6.1.1.1 Se preocupavam com o dízimo da: hortelã, da erva-doce e do cominho
2.6.1.1.2 Mas esqueciam: da justiça, da misericórdia e da fé
2.7 A partilha dos bens praticada pelos discípulos de Jesus
2.7.1 Pessoas que tiveram experiência com Jesus
2.7.1.1 Entregaram parte de seus bens para o Senhor
2.71.2 Os discípulos ajudavam com seus bens
2.7.1.3 Havia entre discípulos e Jesus uma bolsa comum
2.7.1.4 O exemplo da viúva que deu tudo o que tinha
2.8 Primeiras comunidades
2.8.1 O que cada um possuía era colocado a serviço dos outros
2.8.2 A partilha não era imposta pelos Apóstolo, mas expressão natural de amor a Cristo e aos irmãos
2.8.3 Características das fé apostólica:
2.8.3.1 Perseverantes em ouvir o ensinamento dos Apóstolos
2.8.3.2 Comunhão fraterna
2.8.3.3 Fração do pão e nas orações
2.8.3.4 Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum, vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos conforme a necessidade de cada um
2.8.4 Coleta
2.8.4.1 Feita para ajudar os que na Judeia sofriam grande fome
2.8.4.2 Modelo de prática recorrente entre as comunidades cristãs
2.8.4.3 Exemplo da partilha de bens
2.8.4.4 Inspira a dimensão caritativa do dízimo e a partilha entre Igrejas particulares
2.8.5 Escritos paulinos
2.8.5.1 O cristão é chamado a contribuir pelo consciência que tem de ser servo de Cristo e de não pertencer a si mesmo
As dimensões do dízimo
3.1 Dimensão religiosa
3.1.1 Relação do cristão com Deus
3.1.2 Insere o dízimo no âmbito da espiritualidade cristã
3.1.2.1 A partir da relação com Deus, a relação com os bens materiais e com seu correto uso à luz da fé
3.1.2.2 A consciência do valor desses bens e, ao mesmo tempo de sua transitoriedade, leva os fiéis, ao contribuírem com o dízimo à experiência de usar os bens materiais com liberdade e sem apego, buscando em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça
3.2 Dimensão eclesial
3.2.1 Vivência a consciência de ser membro da Igreja, pela qual é corresponsável, contribuindo para que a comunidade disponha do necessário para realizar o culto divino e para desenvolver sua missão
3.2.2 Leva os fiéis a assumirem a vida comunitária, participando ativamente de suas atividades e colaborando para que a comunidade viva cada vez mais plenamente a fé e mais fielmente a testemunhe
3.2.3 O dízimo oferece condições às paróquias e comunidades de contribuírem de modo sistemático com a Igreja particular, mantendo vivo o sentido de pertença
3.3 Dimensão missionária
3.3.1 O dízimo permite a partilha de recursos entre as paróquias de uma mesma Igreja particular e entre Igrejas particulares, manifestando a comunhão que há entre elas
3.3.2 Contribui para o aprofundamento da partilha e da comunhão de recursos em projetos como o das paróquias-irmãs e do fundo eclesial de comunhão e partilha
3.4 Dimensão caritativa
3.4.1 Se manifesta no cuidado com os pobres, por parte da comunidade
3.4.2 O cuidado com os pobres e suas necessidades é característica da Igreja Apostólica
3.4.3 A opção preferencial pelos pobres está implicada na fé cristológica e a caridade para com os pobres é uma dimensão constitutiva da missão da Igreja e expressão irrenunciável da sua própria essência
As finalidades do dízimo
4.1 Organizar o culto
4.2 Cuidar do conveniente sustento do clero e dos demais ministros
4.3 Praticar obras de sagrado apostolado e de caridade principalmente em favor dos pobres
CAPÍTULO II
Orientação para a pastoral do dízimo
Implantação do dízimo
1.1 Conhecer com clareza o que é e quais os fundamentos
1.2 Período de sensibilização e conscientização de todos os membros da Igreja particular, e de formação dos agentes para a pastoral do dízimo
1.2.1 Equipe de coordenação
1.2.2 Lema
1.2.3 Peças de divulgação
1.2.4 Prazos
1.2.5 Planejamento de atividades
1.3 Amplo diálogo
1.3.1 Aprofundar a convicção dos ministros ordenados, agentes de pastoral, colaboradores das diversas pastorais, movimentos e organismos eclesiais
1.3.2 O modelo a ser implantado requer processo participativo
1.3.2.1 Assembleias Pastorais (diocesana, paroquiais e comunitárias)
1.3.3 Sinodalidade como dimensão constitutiva da Igreja
1.4 Festas
1.4.1 Não precisam ser abolidas, mas inseridas no conjunto da ação evangelizadora
1.5 Campanhas
1.5.1 Precisam ser motivadas de modo a não afetar a consciência da contribuição com o dízimo e nem pesar sobre as famílias mais pobres
1.6 Coletas especiais
1.6.1 Distintas do dízimo, por natureza e finalidade
1.6.2 Cuidar para que não sejam em número excessivo que prejudiquem o dízimo
1.7 Elementos fundamentais para uma bem-sucedida implantação do dízimo
1.7.1 Conhecimento por parte dos membros da Igreja particular, do significado, das dimensões e dos objetivos do dízimo
1.7.2 A adoção de um processo participativo no planejamento da implantação e da organização da Pastoral do Dízimo
1.7.3 Colaboração convicta e responsável dos ministros ordenados e dos demais agentes de pastoral
1.7.4 Escolha criteriosa do material a ser usado
1.7.5 Distinção cuidadosa entre dízimo e outras formas de contribuição dos fiéis
1.7.6 Prestação de contas e gestão transparente
1.7.7 Ligação sempre clara entre dízimo e evangelização
Organização e o funcionamento da pastoral do dízimo
2.1 Equipes
2.1.1 Assumam a responsabilidade da coordenação dos vários aspectos de seu funcionamento e de sua relação com a pastoral de conjunto
2.1.2 Número suficiente de pessoas preparadas para que os vários aspectos do dízimo sejam devidamente motivados e funcionem adequadamente
2.1.3 Equipes de coordenação em nível diocesano
2.1.4 Equipes nos regionais
2.2 O dízimo é paroquial
2.3 Modalidades de funcionamento
2.3.1 Momentos mais comuns de entrega do dízimo
2.3.1.1 Durante o expediente da secretária paroquial ou nas celebrações
2.3.2 Formas de recebimento
2.3.2.1 Carnês e envelopes
2.3.2.2 Débito automático é questionado pelo risco de perder a consciência de corresponsabilidade eclesial
2.3.3 Durante a celebração é necessário evitar a confusão com as ofertas
2.4 Legislação
2.4.1 O dízimo se caracteriza como doação
2.4.2 Exige documentação comprobatória
2.4.2.1 Registre-se o valor da contribuição de cada fiel, de modo que se possa comprovar a origem da contribuição recebida
2.4.2.2 Dê-se, a cada dizimista que solicitar, o recibo da contribuição feita para que ele possa comprovar a contribuição
2.4.2.3 Administre-se o resultado financeiro do dizimo, a partir de conta corrente/poupança em nome da pessoa jurídica (mitra ou paróquia). Jamais seja depositado em contas cujos titulares sejam pessoas físicas
2.5 Evite-se recolher o dízimo nas casas
2.6 Direito a privacidade
2.7 Divulgação periódica de resultados
2.8 Linguagem
2.8.1 Não deve se utilizar
2.8.1.1 Pagar
2.8.1.2 Ofertar
2.8.1.3 Doar
2.8.1.4 Devolver
2.8.1.5 Consagrar
2.8.1.6 Entregar
2.8.1.7 Recolher
2.8.1.8 Arrecadar
2.8.1.9 Apresentar
2.8.1.10 Retribuir
2.8.2 Opções mais adequadas
2.8.2.1 Contribuir
2.8.2.2 Partilhar
2.9 Relação Pastoral do dízimo e Conselho Econômico
2.10 Relação entre Pastoral do Dízimo e o Conselho Pastoral Diocesano ou Paroquial
2.11 Elementos fundamentais:
2.11.1 Organização de equipes de Pastoral do Dízimo
2.11.2 Participação ativa e envolvimento pessoal dos ministros ordenados
2.11.3 Unificação do sistema de recolhimento e de gerenciamento do dízimo da Igreja particular
2.11.4 Divulgação dos resultados
2.11.5 Atenção aos aspectos legais envolvidos no recebimento do dízimo e em seu correto registro
2.11.6 Cuidado com a linguagem utilizada para se fazer referência ao dízimo, pois os termos empregados influenciam na compreensão das motivações
2.11.7 Convivência harmônica entre a Pastoral do Dízimo e o Conselho Econômico Diocesano, Conselho Econômico Paroquial, o Conselho Diocesano de Pastoral e o Conselho Paroquial de Pastoral, respeitando as atribuições e representatividade de cada um
Os agentes da pastoral do dízimo
3.1 Testemunho dos agentes de pastoral com o dízimo
3.2 Ministros ordenados
3.2.1 Serem dizimistas
3.2.2 Agentes da Pastoral do dízimo
3.2.3 Conscientizadores
3.2.4 Motivadores
3.3 Agentes de pastoral
3.3.1 Bem formados, entrosados e atuem em equipes
3.3.2 Precisam estar inseridos na Pastoral de Conjunto e participar ou estar representados nos Conselhos - Econômico e Pastoral e nas assembleias
3.4 Formação
3.4.1 Indispensável
3.4.1.1 Integral
3.4.1.1.1 Espiritual (bíblico-teológico)
3.4.1.1.2 Humano
3.4.1.1.3 Técnico-organizativo
3.4.2 Material de boa qualidade
3.5 Elementos fundamentais
3.5.1 Investir na formação de agentes de pastoral
3.5.2 Formar de modo progressivo e integral
3.5.3 Dar o testemunho de dizimistas, o que tem grande impacto no processo de conscientização sobre o dízimo e sobre a motivação permanente da comunidade
3.5.4 Inserir os agentes na Pastoral de Conjunto e ter seus representantes nos Conselhos Pastorais e Econômicos e nas Assembleias Pastorais
3.5.5 Dispor de meios adequados para facilitar a execução de sua missão e de seu trabalho
O dízimo na Pastoral de Conjunto
4.1 Elementos fundamentais
4.1.1 A Pastoral do Dízimo é chamada a promover a colaboração entre as comunidades eclesias
4.1.2 O senso de abertura de cada comunidade às demais comunidades que compõe a Igreja promove a missionariedade
4.1.3 O dízimo como qual os fiéis contribuem em suas comunidades e paróquias destina-se também as necessidades da Igreja particular
4.1.4 A catequese, a formação dos ministros ordenados e dos demais agentes de pastoral têm importante papel com relação à consciência do dízimo
4.1.5 A importância de haver representantes da Pastoral do Dízimo nos Conselhos e assembleias
Motivação permanente
5.1 Elementos importantes
5.1.1 A atuação dos ministros ordenados e seu envolvimento com a vida das pessoas da comunidade
5.1.2 A atuação coerente e o testemunho dos agentes de pastoral em especial dos membros da equipe da Pastoral do dízimo
5.1.3 A gestão participativa e transparente dos recursos recebidos e dos bens eclesiais
5.1.4 As experiências de colaboração fraterna com comunidades ou paróquias da mesma Igreja particular, mais carentes de recursos
5.1.5 As experiências de colaboração missionária com outras Igrejas particulares ou além-fronteiras