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Cap 1 - O Exame Neuropsicológico: O Que é e Para Que Serve - Coggle Diagram
Cap 1 - O Exame Neuropsicológico: O Que é e Para Que Serve
Procedimento de investigação clínica cujo objetivo é esclarecer questões sobre o funcionamento cognitivo, comportamental e emocional (em menor grau)
Parte do princípio de que todo comportamento, processo cognitivo e reação emocional tem como base atividade neural
Permite traçar inferências sobre a estrutura e a função do sistema nervoso a partir do comportamento do paciente em um situação controlada
4 pilares
Testes
Entrevista
Observação comportamental
Escala de avaliação de sintomas
Se diferencia de outros tipos de avaliação cognitiva pelo conhecimento de correlações entre atividade cerebral e funcionamento cognitivo
Correlações estrutura-função
Visão Histórica
Localizacionismo estrito
Dupla-dissociação
Uma lesão x, afetará o funcionamento x, mas não o funcionamento y
Comparar associações específicas entre estrutura neural e consequência funcional
Cada processo cognitivo é relativamente independente dos demais e apresenta sua própria base orgânica
Holismo (visão holística)
O cérebro atuaria como um todo integrado
Equipotencialidade
Todas as regiões do cérebro tem a mesma função
Ação em massa
A quantidade de tecido danificado que determina o grau de comprometimento
Atualmente
Localizacionismo Associacionista
Funções cognitivas complexa tem como base circuitos cerebrais que envolvem múltiplas regiões, e não apenas uma
Permanece com o conceito de dupla-dissociação, mas com circuitos cerebrais
Importância das correlações e do exame neuropsicológico
Os módulos cognitivos estão sempre relacionados à um base neural
Fundamental para diagnósticos da neuropsicologia do desenvolvimento, uma vez que o desenvolvimento da função depende do desenvolvimento neurológico.
Nem sempre achados de imagem e consequências funcionais correspondem, sendo o exame n.p peça chave para identificação do diagnóstico
Síndromes com mudança de humor intensas podem impactar o funcionamento cognitivo tanto quanto lesões. O exame n.p verifica esses efeitos sobre as funções
Técnicas de neuroimagem tem limitações que podem ser minimizadas pelo exame n.p
O exame Neuropsicológico
Técnicas e métodos
Devem ser escolhidas com base no caso
Duas etapas
Conceitualização clínica
Entrevista com paciente e familiares
Deve responder as seguintes questões
•Por que o paciente foi encaminhado/qual o objetivo do exame?
•Qual a caracterização sociodemográfica do paciente? (Desempenho em testes variam de acordo com a cultura, a escolaridade e o gênero.)
•Como os sintomas surgiram e evoluíram até o momento do exame?
•Como era o funcionamento do paciente antes do surgimento dos sintomas?
•Como o paciente desenvolveu a cognição e o comportamento ao longo da vida? Como foi o desenvolvimento do paciente no contexto acadêmico/profissional?
•Quais foram os principais cargos ou posições ocupados? O paciente foi estável nos empregos que teve? Quais os motivos pelos quais mudou de emprego?
•Há algum diagnóstico neurológico/psiquiátrico prévio?
•Atualmente, como é a saúde geral do paciente? Quais as doenças que tem ou já teve?
•O paciente apresenta alguma limitação sensorial ou motora?
•O paciente usa drogas lícitas ou ilícitas? Quais as medicações usadas durante o exame?
•Quem observa os prejuízos do paciente e em quais contextos?
•Quais são as principais consequências dos sintomas para o paciente nas diferentes áreas de sua vida?
•Há ganhos secundários relacionados ao quadro atual? Quais?
•Quem são os demais profissionais que atendem o paciente?
•Quais são as hipóteses diagnósticas de outros profissionais que atendem o caso e quais são seus alvos terapêuticos?
•Que exames já foram realizados e quais são seus resultados?
•Há história de doenças psiquiátricas ou neurológicas (e outras) na família?
•Atualmente, qual é a rotina do paciente? No que ela mudou em relação à rotina anterior ao adoecimento?
•Qual a motivação do paciente para a realização do exame?
Observação do comportamento
Pode ser prejudicada pelo caráter artificial do exame
Quando possível, deve-se observar o paciente em contextos naturais, trazendo informações importantes entre queixa cognitiva e prejuízo funcional
Aspecto qualitativo do exame, dependendo do conhecimento clínico do neuropsicólogo
Pontos importantes
Nível de alerta
Aparência
Habilidades verbais
Funcionamento sensorial e motor
Habilidades sociais
Nível de ansiedade
Padrão de fala
Expressão emocional
Conteúdo do pensamento
Memória
Testagem de hipóteses
As hipóteses serão levantadas com a observação e a entrevista
Etapas
Seleção de testes e escalas
Pensado individualmente para cada paciente, considerando suas potencialidades e fraquezas
Devem ser selecionados com um objetivo
Considerar o nível global de desenvolvimento do indivíduo, evitando o efeito teto e o efeito chão (teste fáceis demais ou difíceis demais para o paciente)
A avaliação geral da cognição pode ser útil para selecionar outros instrumentos
Utilizar testes E escalas para complementa-los
Aplicação
Interpretação
Integração das informações obtidas nas duas outras etapas
Inferências nosológicas, topográficas e funcionais
Considerar variáveis externas (cansaço, sono, fome, falta de compreensão, falta de vínculo)
Quando é indicado
Quando é imprescindível para diagnóstico (demências, D.I, transtornos de aprendizagem)
Quando é complementar ao diagnóstico, identificando comorbidades e questões do prognóstico
Quando é fundamental para identificar disfunções cognitivas que serão alvos terapêuticos
Quando ocorreram prejuízos em decorrência de eventos que atingiram o snc
Quando há deficiência na funcionalidade decorrente de questões neuropsicológicas
Quando há desregulação cerebral que cause prejuízos cognitivos ou afetivos