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Preparo Cuidados e Aplicação de Vacinas - Coggle Diagram
Preparo Cuidados e Aplicação de Vacinas
Preparo de Doses
O passo inicial consiste em verificar as características organolépticas da vacina, se correspondem ao descrito nas referências técnicas dos fabricantes como cor, presença ou ausência de partículas em suspensão.
Ao considerar suspeita de desvio de qualidade, registrar queixa técnica no NOTIVISA
As vacinas podem se apresentar em seringas preenchidas, em ampolas, ou em frasco-ampola, mais comum no SUS. As seringas preenchidas são mais comuns no sistema privado
As seringas preenchidas são mais seguras, porque a dose da vacina já está pronta
O conteúdo do frasco-ampola pode se apresentar na forma líquida ou sólida. É um sistema que se mantém fechado durante todas as etapas do preparo da dose da vacina. É importante utilizar técnica asséptica no manuseio desses frascos que é o que vai garantir a esterilidade da vacina
Utilizar agulha nova cada vez que for preparar, aspirar e também na hora da aplicação. E nunca manter uma agulha transfixada na película de borracha do frasco-ampola
A reconstituição da vacina deve seguir as instruções das referências técnicas dos fabricantes, especialmente a quantidade de diluente e o tipo de diluente que vai ser utilizado
A possibilidade de associar diferentes injetáveis em uma só seringa não é indicada, salvo se houver recomendação dos fabricantes
Ao se fazer a administração de suspensões, acrescenta-se o cuidado de fazer a ressuspensão seja em frasco-ampola ou em seringa preenchida
As vacinas orais disponíveis no Brasil são disponibilizadas em bisnagas com conta-gotas. Podem ser unidoses, como a do Rotavírus, ou multidoses, como a VOP
Vias de Administração
Oral
Absorção na mucosa e ação no trato gastrointestinal
Se a criança cuspir ou regurgitar, deve-se repetir a dose imediatamente (para o caso da VOP). No caso da vacina e rotavírus não é indicado refazer essa administração. A vacina do Rotavírus, geralmente é aplicada no mesmo dia de outras vacinas. Nesse caso deve ser aplicada primeiro e depois fazer as injeções
Intradérmica
Aplicada na pele e acontece a formação imediata de uma pápula logo que é feita a injeção. Utilizada para a aplicação da BCG e da vacina antirrábica em alguns casos
O local indicado para aplicação da BCG corresponde ao local onde fica a inserção inferior do deltóide, na face externa do braço direito
Subcutânea
O medicamento é administrado no tecido subcutâneo. Por apresentar menor risco da vacina atingir a circulação sanguínea, é a via indicada para aplicação de vacinas atenuadas
Em vacinação, 2 regiões são mais indicadas para a aplicação da vacina. A face posterior dos braços, evitando a região próxima à axila e cotovelo; e a face anterolateral externa da coxa, evitando a região próxima à virilha e joelho
Deve ser observada a espessura da camada subcutânea e comprimento da agulha
Em regra geral, deve-se fazer a prega subcutânea com dois dedos, em formato de pinça, preferencialmente o polegar e o indicador, mas nunca usar a mão inteira
Utilizar agulhas curtas em ângulos de 45º para evitar aplicação no tecido muscular
Intramuscular
O medicamento será depositado diretamente no tecido muscular profundo, o qual é altamente vascularizado, o que gera maior velocidade de absorção quando comparado ao tecido subcutâneo
Os músculos mais indicados para aplicação de vacinas são o músculo deltóide e o vasto lateral da coxa e agulhas de 25mm são indicadas para a maioria dos pacientes e aplicar com ângulo de 90º
O deltóide tem a vantagem de ser um músculo de fácil acesso, seguro para pequenos volumes, é o local mais usado para aplicação de vacinas. Recomendada a aplicação em pacientes a partir dos 24 meses
A vacina não deve ser aplicada no deltóide em casos em que há parestesia ou paresia dos braços; indivíduos que sofreram mastectomia ou esvaziamento cervical
Oferecem uma taxa da absorção maior que os músculos glúteos, acredita-se que devido à maior quantidade de tecido subcutâneo nos músculos glúteos
A recomendação para delimitação do local de aplicação é fazer aplicação na interseção entre 2 linhas: uma vertical, delimitada a partir do centro do acrômio e a outra, horizontal, deve seguir da extremidade anterior da axila até sua extremidade posterior
O músculo vasto lateral da coxa é um músculo extenso; livre de vasos de grande calibre e de nervos; bem desenvolvido inclusive em recém-nascidos. Recomendada a aplicação em crianças com menos de 24 meses
Na identificação do local recomendado para a injeção intramuscular, deve-se dividir a área que vai do joelho até a cabeça do fêmur em 3 partes. O local indicado corresponde ao terço médio do músculo vasto lateral
As posições mais indicadas para aplicação são: sentado ou em decúbito
Algumas possíveis complicações são
Perfuração acidental de um vaso
Lesão de nervos
Lesão inflamatória muscular
Lesão no osso durante inserção da agulha
Lesão de articulções
Infecções, abcessos, nódulos, fibroses ou hematomas
Administração da vacina fora do tecido muscular
A via intramuscular deve ser evitada ou utilizada com precaução em pacientes com coagulação comprometida por distúrbios hematológicos ou por estar utilizando terapia anticoagulante
Há o risco maior de formação de hematoma ou de um sangramento difícil de controlar
Se necessário, pode-se recorrer à utilização da via subcutânea em vez da via intramuscular
Se não for possível, utiliza-se uma agulha mais fina
Outra opção é aplicar, ao final do procedimento, ao retirar a agulha, fazer uma compressão mais firme e mais prolongada no local da aplicação, durando uns 2 minutos
Utilizar técnica em Z
Permite selar o medicamento no tecido muscular
impede o refluxo através do tecido subcutâneo- reduz o risco de reações adversas locais
A mão não dominante deve puxar a pele lateralmente ou para baixo, e mantê-la deslocada até o término do procedimento, soltando-a simultaneamente à retirada da agulha
Recomendar a aplicação de compressa fria no período de 24 a 48 horas após a aplicação da vacina. Nunca fazer compressa quente
Procedimentos Fundamentais
O profissional deve criar um clima calmo e seguro
Informar ao paciente ou cuidador como será o procedimento de administração
Preparar a dose na presença do paciente, mas manter a agulha fora de seu ângulo de visão
Posicionar o paciente confortavelmente
Planejar a contenção da criança para evitar acidentes
identificar o local exato para a injeção
Injetar a vacina de modo lento e constante (1mL para cada 10 segundos)
Necessidade e antissepsia prévia da pele não é consenso, mas se optar por fazer, deve-se utilizar um algodão com álcool 70% fazendo movimento circular de dentro para fora. Esperar a pele secar antes da administração
Em relação à aspiração em vacinas, não é recomendada a aspiração nos músculos deltóide e vasto lateral da coxa. No caso de injetáveis administrados no músculo glúteo, mantém-se a recomendação de aspiração. Para vacinas subcutâneas, não é necessário aspirar