Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Transfusão sanguínea no contexto de emergência, ., ., - Coggle Diagram
Transfusão sanguínea no contexto de emergência
Transfusão de Hemácias
Diagnóstico da Necessidade de Transfusão
Fórmula: DO2 = débito cardíaco (DC) × conteúdo arterial de oxigênio (CaO2)
Em doentes graves, DO2 depende mais do CaO2
Critérios de Transfusão
Hb < 7-8 g/dL
1 unidade de hemácias aumenta Hb em 1 g/dL
Avaliação de Hb 15 min após transfusão
Sem sangramento ativo
Trauma e Protocolo de Transfusão Maciça (PTM)
Escore ABC para ativação do PTM
Mecanismo de lesão penetrante
Pressão arterial sistólica ≤ 90 mmHg
Frequência cardíaca ≥ 120 bpm
Exame FAST positivo
Abordagem 1:1:1
6 concentrados de hemácias, 6 unidades de plasma, 6 unidades de plaquetas
Considerar transfusão de mais unidades se Hb < 4 g/dL
Reações Transfusionais Agudas (RTA)
Maior com transfusão de plaquetas, seguida de hemácias e plasma
Reação Febril Não Hemolítica (RFNH)
Febre e calafrios sem outras manifestações graves
Mais comum em crianças
Tratamento
Interromper transfusão
Administrar antipirético
Prevenção com leucorredução pré-estocagem
Reação Hemolítica Aguda (RHA)
Causada por transfusão incompatível
Resulta em hemólise intravascular grave
Tratamento
Suspender transfusão
Hidratação agressiva
Vigilância para evitar complicações (ex.: lesão renal)
Reação Transfusional Anafilática
Reação alérgica grave
Geralmente associada a deficiência de IgA.
Tratamento
Epinefrina intramuscular
Ressuscitação com cristaloides
Suporte conforme necessário
Hipotensão Primária
Queda de pressão arterial durante transfusão
Reversível ao interromper transfusão
Evitar inibidores da ECA antes de transfusões planejadas
Sobrecarga Circulatória Relacionada à Transfusão (TACO)
Excesso de volume devido à transfusão
Causa desconforto respiratório
Tratamento
Diuréticos
Suporte ventilatório
Reduzir a taxa de transfusão
Lesão Pulmonar Aguda Relacionada à Transfusão (TRALI)
Lesão pulmonar aguda pós-transfusão, potencialmente fatal
Tratamento
Suspender transfusão
Oxigênio suplementar
Suporte ventilatório
Reação Urticariforme
Reação alérgica leve, sem sinais de anafilaxia
Tratamento
Pode-se usar anti-histamínico
Interrupção da transfusão não é necessária em todos os casos
Sepse Associada à Transfusão
Infecção bacteriana por produto contaminado
Tratamento
Suspender transfusão
Antimicrobianos de amplo espectro
Culturas para confirmação
Transfusão de Plasma Fresco Congelado (PFC)
Indicações
Deficiência de fatores de coagulação
Sangramento ativo com anormalidades de coagulação
Transfusão maciça de hemácias para corrigir deficiência dilucional de fatores de coagulação
Pré-procedimentos invasivos de alto risco se houver anormalidades significativas de coagulação
Pré-procedimentos de baixo risco
se
Tempo de protrombina (TP) > 2x controle
INR > 2 ou TTPa > 2x controle
Doses e Administração
10-20 mL/kg
Aumenta níveis de fatores de coagulação em 20-30%
Compatibilidade
Compatível com ABO
Tipagem Rh não necessária
Considerar a meia-vida dos fatores para ajustes
Fibrinogênio
100-150 horas
Fator V
12-24 horas
Fator VIII
12 horas
Fator IX
18-24 horas
Proteína C
8 horas
Antitrombina III
45-60 horas
Diagnóstico
TP, TTPa e INR para avaliação de anormalidades de coagulação
Contraindicações
Não indicado para reversão de INR supraterapêutico
Exceto em sangramento ativo ou cirurgia urgente
Usar complexo protrombínico
Hipovolemia
Desnutrição
Má cicatrização
Inibidores de fator de coagulação
Situações Especiais em Transfusões
Lavagem com Solução Salina
Lavagem de hemocomponentes com solução salina para remover plasma
Indicações
Reações alérgicas
Deficiência de IgA com história de reação anafilática
Fenotipagem de antígenos eritrocitários
Desleucocitação
Indicações
Hemoglobinopatias
Anemias hemolíticas hereditárias
Imunodeficiências congênitas
Transplante de medula
Prevenção de infecção por citomegalovírus (CMV) em pacientes de alto risco (ex.: HIV positivo com sorologia CMV negativa, transplante).
Objetivo
Reduzir complicações da exposição aos leucócitos do doador
Definição
Remoção de leucócitos de hemocomponentes celulares (hemácias e plaquetas) por meio de filtros específicos
Abordagem geral imediata em RTA
Passos Imediatos
Confirmar Identidade e Produto
Verificar se o hemocomponente correto foi administrado ao paciente certo
Armazenar o Hemocomponente Restante
Guardar o que sobrou para análise posterior
Interromper a Transfusão
Suspender imediatamente o hemocomponente
Avaliar Aspecto do Produto
Examinar características visuais (cor, presença de partículas, etc.)
Avaliar presença de hemólise mediada por anticorpos
Teste de Coombs Direto (TAD)
Reação Hemolítica Aguda (RHA)
Compatibilidade ABO e Anticorpos
Repetir os testes para identificar possíveis incompatibilidades
Provas de Hemólise
Incluem DHL, haptoglobina e bilirrubina indireta
Avaliação da Coagulação
Medir fibrinogênio, dímero-D, TTPa e TP para descartar CIVD.
Urina 1
Procurar hemoglobinúria; verificar função renal e eletrólitos devido ao risco de nefropatia.
Monitorização Eletrocardiográfica
Avaliar risco de hipercalemia
Hemoglobina Seriadas
Monitorar a gravidade da hemólise e necessidade de transfusão adicional.
Decisão de Continuidade ou Descarte
Continuar transfusão em casos benignos (ex.: urticária isolada, febre leve)
Descartar o hemocomponente em casos graves (TRALI, anafilaxia, sepse, RHA)
Transfusão de Plaquetas
Tratamento
Dose Profilática
1 unidade de plaqueta randômica para cada 10 kg de peso
Repetir a cada 24-48 horas, com controle diário da contagem de plaquetas
Dose Terapêutica
1 unidade para cada 5-10 kg de peso
Intervalo de administração: 8-12 horas até controle do sangramento
Avaliação Pós-Transfusão
Realizar contagem plaquetária 1 hora após a transfusão para verificar eficácia
Indicação
Profilaxia não indicada
Trombocitopenia
Dengue Hemorrágica
Leptospirose
Riquetsioses
Casos especiais
Aplasia de medula pós-quimioterapia/radioterapia
<10.000/µL (15.000-20.000/µL se houver esplenomegalia, febre)
Anemias aplásticas/SMD
Profilaxia não reduz sangramentos graves em pacientes estáveis
Plaquetopenia Autoimune
Indicação para sangramento ativo ou <5.000/µL com febre
Trombocitopenia Induzida por Heparina e Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
Contraindicada pela alta chance de trombose
Leucemia Aguda (M3)
Transfusão se plaquetas <30.000/µL
Outras Leucemias e Tumores Sólidos
<10.000/µL; <20.000/µL para tumores sólidos
Transfusão Terapêutica
Corrigir distúrbios hemostáticos com risco de morte
CIVD ou Sangramento no Sistema Nervoso Central
100.000/µL
Manter >50.000/µL em sangramento agudo
Fatores de Risco
Inflamação
Infecção
Febre aumentam risco de sangramento
Pré-procedimentos invasivos: <50.000/µL
Trombocitopenia por deficiência de produção: <10.000/µL
Prevenir hemorragias espontâneas ou causadas por pequenos traumas
Coleta de Plaquetas
Plaquetas Randômicas
Obtidas de sangue total, com conteúdo de 5,5 × 10¹⁰ plaquetas/unidade. Normalmente, 4-6 unidades são necessárias para alcançar uma dose terapêutica
Aférese
Coleta seletiva, com 3 × 10¹¹ plaquetas por unidade (equivalente a 6-8 unidades randômicas)
Transfusão de Crioprecipitado
Doses e Administração
Fórmula para cálculo de bolsas para corrigir hipofibrinogenemia
Volume Sanguíneo = Peso (kg) × 70 mL
Volume Plasmático = Volume Sanguíneo × (1,0 – Hematócrito)
Fibrinogênio Necessário = (Fibrinogênio Alvo - Fibrinogênio Inicial) × Volume Plasmático / 100
Bolsas Necessárias = Fibrinogênio Necessário / 250
Dose Prática
1 a 1,5 bolsa de crioprecipitado por 10 kg de peso para atingir fibrinogênio de 100 mg/dL, reavaliando a cada 3-4 dias
Administração Concomitante
Quantidade de crioprecipitado pode ser reduzida se administrados concentrados de hemácias ou plaquetas, pois contém fibrinogênio adicional
Intervalo de Dosagem
Meia-vida do fibrinogênio é de aproximadamente 100-150 horas (4-6 dias)
Fator XIII tem meia-vida longa (semanas), dosagem a cada 3-6 semanas
Indicações
Déficit de Fibrinogênio
Usado quando o sangramento é devido à falta de fibrinogênio e o concentrado de fibrinogênio não está disponíveis
Trauma e Perda Maciça de Sangue
Indicado para suplementar fibrinogênio em casos de sangramento grave com níveis <150-200 mg/dL
Distúrbios Hereditários do Fibrinogênio
Deficiências genéticas que causam baixos níveis (<50-100 mg/dL) e risco de sangramento
Hepatopatia
Indicado em pacientes com doença hepática e baixos níveis de fibrinogênio em procedimentos cirúrgicos
Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD)
Utilizado em sangramento grave com fibrinogênio <100 mg/dL
Uremia
Alternativa em hemorragia urêmica quando outras terapias são ineficazes
.
.