Urgência Hipercalêmica (K+ > 6,5 mEq/L) : sinais e sintomas associados à hipercalemia e submetidos a terapias de ação imediata ou Hipercalemia leve a moderada (K+> 5,5 mEq/L) associada a disfunção renal moderada/grave e risco de elevações rápidas dos níveis de potássio
Redução rápida do potássio: hipercalemia leve a moderada (K+ 5,5-6,5 mEq/L) SEM urgência hipercalêmica SEM necessidade de terapia imediata, SEM risco de elevação abrupta, associado a disfunção renal (DRC dialítica ou oligúria), ou hipercalemia moderada que necessitem de otimização para realização de procedimento cirúrgico.
Redução lenta do potássio: NÃO necessita de diminuição dos níveis de potássio de forma rápida. Apresenta hipercalemia secundária ao uso de medicações ou doença renal crônica, hipercalemia leve ou moderada, caso NÃO haja disfunção renal ou oligúria.
URGÊNCIA HIPERCALÊMICA
Ação imediata.
Monitorização cardíaca (ECG) contínua é essencial.
Novas dosagens de potássio são necessárias após 2 horas de introdução da terapêutica e, em seguida, conforme a resposta inicial ao tratamento
Gluconato de cálcio: 1.000 mg (10 mL de solução a 10%) diluído em 100 mL de solução glicosada 5% em infusão rápida EV durante 3-5 minutos com monitorização cardíaca contínua.
Nos pacientes que persistirem ou recorrerem com alterações eletrocardiográficas, a dose poderá ser repetida após 5 minutos.
Insulina com glicose: 10 UI de insulina regular diluído em 500 mL de solução glicosada 10% (50 g de glicose) ou 10 UI de insulina regular em 100 mL de glicose 50% (50 g de glicose), administrado via endovenosa durante 30-60 minutos.
A administração concomitante de glicose visa evitar hipoglicemia, porém, em pacientes com glicemia superior 250 mg/dL, a insulina pode ser infundida isoladamente
A glicemia capilar deve ser verificada de 1/1 hora pelas próximas 6 horas devido ao risco de hipoglicemia.
Os esquemas acima podem ser repetidos de 4/4 horas ou até de 2/2 horas caso os níveis de potássio permaneçam elevados.
Redução rápida do K+
NÃO necessita de medidas de ação rápida
DEVEM ter os níveis de potássio diminuídos nas próximas 6 a 12 horas.
Pacientes que possuem grave disfunção renal ou que já estejam em programa de diálise:
Realizar hemodiálise como tratamento inicial.
Caso o início do procedimento demore mais de 6 horas, pode-se administrar resina de troca até a instalação dela.
Pacientes que possuem disfunção renal leve ou moderada, ou função preservada:
Correção da etiologia da hipercalemia, associada com resinas de troca.
Se houver hipervolemia, pode-se utilizar diuréticos. No caso de acidose metabólica, o bicarbonato de sódio é uma opção.
Redução lenta do K+
NÃO necessitam de medidas imediatas
São manejados ambulatorialmente.
Aconselhamento dietético (dieta pobre em potássio), associação de diurético para tratamento de hipervolemia/hipertensão, diminuição/suspensão de medicações hipercalemiantes
Eliminação do excesso de potássio corporal:
Diuréticos, resinas de troca intestinal (atuam mais lentamente) e diálise.
O ECG NÃO deve ser utilizado para guiar o tratamento da hipercalemia --> graves hipercalemias, raramente, podem ser associadas a ECG normal ou próximo da normalidade.