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DRGE - Coggle Diagram
DRGE
Geral
Definição: Condição crônica resultante do refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago e órgãos adjacentes, causando sintomas e/ou complicações.
Sintomas e Complicações: Espectro Variável - Sinais e sintomas esofágicos e extraesofágicos, podendo ou não ter lesões teciduais.
Classificação: Forma Erosiva: Evidência de erosões à endoscopia. Forma Não Erosiva: Exame endoscópico normal (representa 50 a 70% dos casos).
Comprometimento dos Mecanismos
Relaxamento Transitório do EEI: Principal fator na DRGE; pode ser inadequado em resposta à distensão gástrica.
Esfíncter Constantemente Hipotônico: Pode ser causado por diversas condições (ex: tabagismo, gestação).
Hérnias de Hiato: Agravam o refluxo e estão associadas a esofagite severa e esôfago de Barrett.
Manifestação Típica
Pirose (azia): Queimação retroesternal, irradia para o pescoço, ocorre após refeições volumosas ou ricas em gordura. Fatores desencadeantes: alimentos gordurosos, cítricos, café, álcool e hábitos (deitar após come. Alívio: leite, água ou antiácidos.
Regurgitação: Sensação de refluxo do conteúdo gástrico para a boca ou hipofaringe.
Sintomas dispépticos: Plenitude pós-prandial, empachamento, eructações e náuseas.
Manifestação Atípica
Dor Torácica Não Cardiogênica: Semelhança com dor cardíaca, mas com características específicas, como alívio com nitratos e relação com atividades físicas.
Sintomas Otorrinolaringológicos: Rouquidão, dor de garganta, tosse crônica e gotejamento pós-nasal, resultantes do refluxo na região faringo-laríngea.
Sintomas Pulmonares: Tosse crônica, asma e outras condições respiratórias, como DPOC e pneumonia de repetição.
Mecanismos de Proteção Anti-Refluxo: O Esfíncter Esofágico Inferior (EEI) é um anel muscular crucial, que controla o fluxo entre o esôfago e o estômago. O esôfago abdominal, a crura diafragmática e o ângulo de His contribuem para a manutenção da pressão que impede o refluxo. A Válvula de Gubaroff = esfíncter anatômico adicional, enquanto o ligamento frenoesofágico = suporte mecânico. Além disso, a motilidade esofágica e a produção adequada de saliva são essenciais para a defesa da mucosa esofágica.
Proteção Epitelial se divide em três: pré-epiteliais (produção de muco e a capacidade de alcalinização da saliva), epiteliais (impedir que íons hidrogênio, lesivos ao epitélio, se difundam pela mucosa, ocorre por tamponamento por bicarbonato, proteínas e fosfato dentro da célula) e pós-epiteliais (neutralização do ácido pelo bicarbonato proveniente do sangue capilar).
Fisiopatologia = Multifatorial: Desequilíbrio entre mecanismos de proteção e agressão à mucosa esofágica.
Esôfago de Barret
Definição: Substituição do epitélio escamoso do esôfago por epitélio colunar (metaplasia intestinal).
Risco: Condição pré-maligna; maior risco de adenocarcinoma de esôfago distal, especialmente em casos mais extensos.
Resposta Inflamatória: Produção de IL-8 e PAF: Associadas à migração de leucócitos e dano histológico.
Sinais de Alarme
Anemia, hemorragia digestiva, emagrecimento, disfagia e odinofagia, especialmente quando surgem de forma intensa e recente em pacientes idosos ou com histórico familiar de câncer. Esses sinais e sintomas ajudam a caracterizar a gravidade da condição e a necessidade de investigação adicional.