O Corpo, O Hospital e a Psicanálise
Carlos Eduardo Costa Coimbra
Texto Escolhido de Estudos Independentes- O corpo-doente, o hospital e a psicanálise:
desdobramentos contemporâneos?
O Corpo
O Hospital
A escuta
A Psicanálise
A pesquisa psicanalítica, é para ser lida e discutida.
O corpo como resistência pode assumir um lugar de não-dizer do sujeito, mesmo dizendo de si corporalmente adoecido e fragmentado, porque denuncia uma lógica de produção sobre o homem instituída não a partir do que ele pode ser como um ser individualizado, criativo, em constituição
O Homem
Homem-tecnologia- Capaz de ver, e experimentar tudo.
Homem-Impaciente- Não tolera e não suporta nada.
Homem-paciente- É explorado, demandado e que se submete a tudo.
Mas já determinado esteticamente pelo que tem de ser magro e escultural, por exemplo
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Homem Pós Moderno- Tem como meta ultrapassar a morte, o envelhecimento e a doença.
O corpo-doente
Sabemos que o processo de adoecimento e hospitalização implicam uma desestruturação emocional do sujeito.
Resultando em fendas psíquicas que se revelam nos dizeres e nos fazeres dentro da instituição e que se faz muito relevante a reflexão sobre o sujeito diante da fragilidade humana exposta pelo adoecimento.
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Revelando uma falta até então escondida
O corpo da atualidade desempenha papel essencial no imaginário socio individual, pois pressiona a negação da sua própria limitação na tentativa de que a doença seja esquecida. Ao se moldar, cada vez mais
A psicanálise é chamada a estar nas instituições que preconizam os cuidados com o corpo. É a partir disso que o analista tem a escuta como principal ferramenta, dando enredo para a subjetivação.
O corpo, individualizado, procura retomar pela via da doença a especificidade do sujeito, Como enunciação sendo de grande importância o corpo como potência de saber, resultando em palco para a subjetivação.
O hospital do século XXI não é só de cura, como os de antigamente. Ele rejuvenesce, implanta, estica, aumenta e diminui o corpo.
Uma instituição que personifica o mito da cura, do poder sobre a vida, sobre a doença e sobre a morte.
São instituições Humanas.
Patologias do Imediato- Forbes, utiliza para nomear o acesso imediato ao gozo, recusando a existência do outro.
Patologias de Identidade- Herrmann, fala das patologias de identidade quanto à homogeneização universal dos sonhos, metas e padrões culturais.
A escuta do desejo no hospital é uma escuta diferenciada do olhar institucional porquê escuta esse sofrimento do Eu sob o mando do desejo.
Para a escuta da falta impõe-se aqui um modo particular de escuta: a escuta da atual conjuntura psíquica desejante e a escuta desse poder institucional.
“A escuta, reúne aspectos que dizem respeito ao desejo, à falta, à transferência, à interpretação e ao surgimento do sujeito do inconsciente, articulando a teoria e a prática, num processo dialético de reconstrução constante de ambas pela clínica” (Gomes, Próchno. 2015)