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DESENVOLVIMENTO HUMANO II Parte I - Coggle Diagram
DESENVOLVIMENTO HUMANO II Parte I
Puberdade, adolescência e desenvolvimento
Puberdade Precoce:
Fatores genéticos e obesidade podem ser causas.
Investigar condições de saúde, como tumores, em casos de puberdade precoce.
Caracteres sexuais secundários antes dos 8 anos em meninas e antes dos 9 em meninos.
Impactos Psicológicos da Adolescência:
Adolescência envolve um movimento de ruptura e reconstrução do sujeito, resultando em uma nova representação de si e das relações sociais.
Essa fase é também marcada por luto pela perda do corpo infantil e descoberta do novo corpo em potencial.
Fatores Ambientais e Nutricionais:
Exemplo: Desnutrição pode atrasar o crescimento e impactar o desenvolvimento puberal.
Influência do ambiente pode antecipar ou retardar o início da puberdade.
Puberdade Tardia:
Ausência de menstruação aos 14 anos e ausência de caracteres sexuais secundários.
Necessário acompanhamento médico para investigar possíveis causas.
Idade de Início da Puberdade:
O início pode variar devido a múltiplos fatores
Mulheres: 9 a 13 anos; Homens: 10 a 14 anos.
Impactos Psicológicos e Físicos:
Puberdade precoce ou tardia pode afetar o crescimento esquelético e gerar consequências psicológicas significativas.
Primeiros Sinais da Puberdade:
Homens: Crescimento dos testículos e pelos pubianos.
Mulheres: Desenvolvimento do broto mamário (telarca) e pelos pubianos, seguido pela menarca.
Estudos sobre Adolescência:
A adolescência foi descrita como um período de "tormentos" e reconfiguração psicológica.
G. Stanley Hall foi um dos primeiros a tratar a adolescência como um estágio especial do desenvolvimento humano, marcado por conflitos e tensões ligadas à sexualidade.
Diferença entre Puberdade e Adolescência
Puberdade:
Processo biológico e fisiológico de maturação sexual e crescimento somático.
Adolescência:
Fase mais ampla, englobando aspectos psicológicos, sociais e emocionais.
Vivência da Adolescência nas Famílias:
Diálogo Familiar:
Incentivar o diálogo sobre experiências passadas dos pais pode ajudar a compreender as angústias da filha.
Criar um espaço para discussões abertas sobre mudanças e desafios.
Transformações Sociais e Culturais:
As mudanças sociais e culturais impactam como as famílias vivenciam a adolescência.
Para os adolescentes, é um período de ruptura com a infância; para os pais, um momento de reavaliação e conflitos internos.
Atividades e Projetos:
Projetos criativos e práticas esportivas incentivam a aproximação familiar e favorecem o diálogo.
Estimulam o adolescente a construir seus próprios projetos de vida.
Compreensão do Ciclo da Adolescência:
É crucial entender o contexto histórico, cultural e econômico que envolve cada família.
Não se deve banalizar ou ignorar o sofrimento emocional que permeia essa fase para todos os envolvidos.
Pluralidade da Adolescência:
Autores como Cerqueira-Santos e Koller falam em “adolescências” no plural, ressaltando as vivências subjetivas e diversas dessa fase.
Impacto nos Pais:
Isso provoca reflexões sobre a passagem do tempo e a mortalidade.
Pais reavaliam sua própria adolescência e enfrentam novas questões relacionadas à meia-idade, casamento e carreira.
Importância dos Amigos e Grupos:
Os pares são fundamentais para a construção da identidade do adolescente.
Conhecer os amigos e promover atividades conjuntas pode fortalecer os laços familiares.
Isolamento e Fortalecimento do Ego:
O isolamento pode ser um movimento necessário para o fortalecimento pessoal, mas a falta de rituais de passagem pode gerar desânimo.
Apoio dos Pais:
Pais devem motivar seus filhos a construir projetos de vida, oferecendo apoio e incentivo contínuos.
Exemplo Prático:
Situação hipotética de um casal buscando orientação para entender as mudanças comportamentais da filha Luciana, de 12 anos.
Importância de contextualizar as transformações físicas e emocionais que a filha está enfrentando.
Puberdade vs. Adolescência:
Puberdade é uma transformação biológica, enquanto a adolescência é uma construção social ligada à cultura.
Conexão Virtual e Acompanhamento:
Apesar da conexão virtual esperada, os adultos devem estar presentes para orientar os adolescentes.
A presença dos pais é crucial para apoiar e facilitar a expressão e descoberta de identidade.
Rituais de Passagem:
Exemplos de rituais podem incluir maternidade/paternidade, que hoje não são mais considerados marcadores definitivos da transição.
Rituais de passagem marcam a transição para a vida adulta, porém, nas sociedades modernas, esses rituais se tornaram menos valorizados.
Evolução Histórica da Adolescência:
A adolescência, como entendida hoje, surge no século XVIII, com a industrialização e a soberania burguesa.
No passado, crianças eram tratadas como miniadultos, sem distinção clara entre fases da vida.
Fatores que Influenciam o Início da Puberdade:
O eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (HHG) reativa o processo, mas o mecanismo completo ainda é desconhecido.
Genética, nutrição, ambiente e etnia.
Adolescência e Contexto Sociocultural:
A adolescência é influenciada pelo contexto histórico e cultural, não sendo uma fase biologicamente determinada como a puberdade.
Diferentes sociedades, como tribos indígenas e centros urbanos, vivenciam a adolescência de maneiras distintas, refletindo seus rituais de passagem e valores.
Mudanças durante a Puberdade:
Desenvolvimento de caracteres sexuais primários (órgãos reprodutores) e secundários (p. ex., pelos, mamas).
Crescimento esquelético e muscular, alterações na composição corporal, e aumento de força e resistência.
Puberdade - Definição e Origem:
Envolve transformação biológica que prepara o corpo para a reprodução.
Origem do latim "pubescere" (tornar-se peludo).
Origem do Termo Adolescência:
Os limites dessa fase são imprecisos, envolvendo aspectos sociais, psíquicos e econômicos.
Vem do latim "adolescere" (crescer).
Desafios Neurológicos e Sociais:
O cérebro do adolescente ainda está em desenvolvimento, o que gera respostas diferentes em relação aos adultos.
Pressões sociais e regras externas colocam os adolescentes em papéis ora de crianças, ora de adultos.
Importância da Família e da Escola:
Mesmo com as transformações nas últimas décadas, família e escola continuam sendo instituições fundamentais na educação e desenvolvimento do adolescente.
O adolescente busca descobrir seu papel no mundo, lidando com desafios internos e externos.
Adolescência e
contemporaneidade
Aspectos Legais e Saúde Reprodutiva:
A seção aborda temas como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), atos infracionais, gravidez na adolescência e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Essas questões são cruciais para compreender como fatores sociais e jurídicos afetam o desenvolvimento de adolescentes, além de explorar o impacto de comportamentos de risco como o envolvimento em atividades ilegais.
Intervenção e projetos com adolescentes
Transição da Adolescência para a Juventude: .
Esta última seção foca no desenvolvimento de projetos de vida e orientação profissional.
A transição para a vida adulta é abordada de forma prática, destacando a importância do apoio psicossocial em meio a questões como atos infracionais e gravidez precoce
Questões Centrais da Orientação Profissional
Desigualdade de Oportunidades:*
O acesso ao mercado de trabalho é igual para todos? Sabemos que fatores como classe social, gênero, raça e contexto socioeconômico podem interferir diretamente nas oportunidades e escolhas profissionais dos adolescentes.
Meritocracia:
Nem sempre a conquista de uma carreira é apenas mérito individual. A estrutura social e o modelo econômico neoliberal impactam as oportunidades de trabalho, com consequências para os jovens que buscam ingressar no mercado.
Orientação Profissional (OP):
A OP é uma prática que vai além de simplesmente ajudar a escolher uma profissão. Ela envolve uma análise crítica do mercado de trabalho, do sistema educacional e das possibilidades reais para cada jovem, considerando seus contextos sociais e emocionais.
Compreensões teóricas sobre a adolescência
Foco nas Teorias Psicodinâmicas:
A seção explora a adolescência através de abordagens psicológicas, destacando a psicanálise de Freud.
Contribuições de Sigmund Freud:
Freud analisa os desarranjos psíquicos durante a puberdade, relacionando-os a estudos sobre histeria e neurose obsessiva.
Adolescência como Período Evolucionista:
Freud e Stanley Hall veem a adolescência como um período filogenético, determinado geneticamente.
Desenvolvimento Psicossexual:
Freud divide o desenvolvimento humano em fases psicossexuais (oral, sádico-anal, fálica, latência e puberdade), cada uma ligada a zonas erógenas.
Escolha Objetal:
Freud afirma que a escolha de objeto ocorre em dois momentos: na infância (2-5 anos) e na puberdade, quando se conclui o desenvolvimento sexual.
Sexualidade e Puberdade:
A puberdade é vista como um momento em que a sexualidade humana "aflora", não surgindo apenas nesse período.
Pulsões Sexuais:
As pulsões sexuais têm origem na satisfação de processos orgânicos; os estágios de desenvolvimento refletem diferentes formas de prazer.
Progresso para o Amor de Objeto:
A transição entre os estágios representa um progresso em direção ao amor de objeto, com cada fase introduzindo novos elementos inconscientes.
Fases de Desenvolvimento:
Fase oral:
ligando atividade sexual à nutrição (nascimento a 1,5 anos).
Fase sádico-anal:
exploração do prazer anal (2-4 anos), marcando a divisão entre ativo e passivo.
Fase Fálica
(3 a 5 anos) Foco na descoberta dos órgãos genitais.
Crianças percebem diferenças anatômicas; meninos e meninas têm percepções distintas.
Inveja do Pênis
Meninas sentem que estão em desvantagem por não terem pênis (Freud).
Essa sensação está ligada ao Complexo de Castração e gera ciúmes e ressentimentos.
Complexo de Castração
Relacionado ao medo de perda do pênis nos meninos e a inveja nas meninas.
Proporciona uma resposta ao enigma da diferença sexual.
Complexo de Édipo
Conjunto de sentimentos amorosos e hostis em relação aos pais.
Envolve rivalidade com o genitor do mesmo sexo e desejo pelo do sexo oposto.
Apresenta subdivisões: positivo (desejo do genitor oposto) e negativo (desejo do genitor do mesmo sexo).
*Declínio e Latência
Após a fase fálica, inicia-se um período de latência (6 anos até a puberdade), onde a criança redireciona suas pulsões sexuais para aprendizado e outras atividades.
Durante a latência, a criança desenvolve relacionamentos baseados no modelo da relação com a mãe.
Complexidade do Conceito de Objeto:
O conceito de "objeto" na teoria freudiana é denso e plural, referindo-se a representações psíquicas que não se concretizam.
Importância da Teoria:
Apesar de não haver uma teorização sistemática da adolescência, as contribuições de Freud sobre as consequências psíquicas da puberdade são significativas.
Revival do Complexo de Édipo na Puberdade
O complexo é revivido, mas de forma invertida; a criança agora busca amor fora de si, usando modelos introjetados das relações com os pais.
Impacto da Sexualidade
A sexualidade evolui desde o nascimento, influenciando as escolhas de objetos amorosos e as identificações de gênero.
Relações Homoafetivas
A discussão sobre o amor fora do padrão heteronormativo será abordada em contextos posteriores.
Contribuições Futuras
A seguir, serão exploradas as contribuições de Anna Freud sobre adolescência.
Adolescência, mundo interior e mundo exterior
Influências da Mídia e Padrões Estéticos:
Aqui, a atenção se volta para o impacto da mídia, redes sociais e padrões estéticos na formação da identidade do adolescente.
Como a publicidade e o consumo cultural moldam a autoimagem e o comportamento? Questões sobre a Geração Z, que vive imersa no ambiente digital, são levantadas para refletir sobre como a psicologia pode intervir neste cenário.
Etapas e dilemas da adolescência
A adolescência é uma fase complexa, com muitas dúvidas e busca de identidade.
Situação-problema:
Atendimento psicológico de Luciana, adolescente com mudanças de comportamento e conflitos com os pais.
Queixa:
Mudança de humor e comportamento da filha.
Conflito:
Pais não compreendem as mudanças e se preocupam com influência negativa no irmão.
Proposta:
Psicoterapia para Luciana e grupo de orientação para os pais.
Diferentes abordagens psicológicas interpretam a adolescência de maneiras variadas.
A seção abordará as seguintes teorias sobre o ciclo da adolescência:
Teoria de Erik Erikson
Teoria Comportamental
Teoria Cognitivo-Comportamental
Gestalt-terapia
Teoria Fenomenológica-Existencial
Teoria de Erik Erikson:
Desenvolvimento dividido em
8 fases psicossociais:
Diligência vs. Inferioridade (5-13 anos)
Identidade vs. Confusão de Papéis (13-21 anos): crise da adolescência, busca de identidade e aceitação social.
Intimidade vs. Isolamento (21-40 anos)
Produtividade vs. Estagnação (40-60 anos)
Iniciativa vs. Culpa (3-5 anos)
Autonomia vs. Vergonha e Dúvida (18 meses-3 anos)
Confiança vs. Desconfiança (0-18 meses)
Integridade vs. Desesperança (60+ anos)
Análise do Comportamento (Behaviorismo Radical):
Comportamento é resultado da interação entre organismo e ambiente. A análise foca em:
Estímulos antecedentes
Respostas
Consequências (reforçadoras ou punitivas)
Contingências punitivas podem desencorajar certos comportamentos, enquanto contingências reforçadoras aumentam a probabilidade de repetição.
Relações entre pais e filhos envolvem contingências entrelaçadas, onde comportamentos de ambos se influenciam mutuamente.
Influências sociais e culturais também moldam o comportamento, conforme os padrões de cada comunidade.
Autores Importantes
Anna Freud
Pontos sobre Sexualidade:
Importância do "período sexual dos primeiros anos de infância" para o desenvolvimento sexual e a capacidade de amor.
Climatério:
Declínio das funções sexuais e retorno dos impulsos pré-genitais.
Ego e Mecanismos de Defesa:
Diferenças entre o ego infantil e o da puberdade: conteúdo, conhecimento e mecanismos de defesa.
conflito entre ego e id pode levar a:
O id supera o ego, resultando em tumulto na vida adulta.
O ego controla o id, solidificando o caráter desenvolvido.
Entrada na Vida Adulta:
Depende da força do id sobre o ego, do caráter formado na infância e dos mecanismos de defesa.
Aberastury e Knobel
Síndrome Normal da Adolescência:
Luto pelo corpo infantil.
Características da síndrome incluem busca de identidade, crise de valores, flutuações de humor, e separação progressiva dos pais.
Adolescência como um momento de desprendimento, marcado por três lutos:
Luto pela relação com os pais.
Luto pela identidade infantil.
Otto Rank
Teoria do Trauma de Nascimento:
Rompimento com Freud ao focar na separação do bebê da mãe como fonte de angústia.
Enfatiza a "vontade" como uma força positiva e criativa que molda o eu.
Margareth Mead
Estudo Antropológico:
Pesquisa em Samoa sobre a adolescência, destacando a influência sociocultural em vez de biológica.
Critica a ideia de adolescência como um período universal de conflito.
Comportamento Transgeracional:
Alguns comportamentos, como o uso de castigos físicos para educar, são transmitidos através das gerações, enraizados culturalmente e difíceis de mudar, exemplificado pela resistência à Lei da Palmada no Brasil (Lei nº 13.010/14).
Estratégias de Comunicação Familiar:
Revelação do filho:
Incentivo à expressão espontânea dos filhos.
Solicitação parental:
Cuidado ao questionar o dia dos filhos, evitando punições indiretas.
Controle parental:
Estabelecimento de regras e consequências
Impacto de Mudanças Externas:
Mudanças repentinas, como mudança de escola, podem prejudicar o repertório comportamental de crianças e adolescentes.
Comunicação e Prevenção de Comportamentos de Risco:
Trabalhar as habilidades de comunicação entre pais e filhos pode prevenir problemas como abuso de substâncias e gravidez precoce.
Teoria Cognitivo-Comportamental (TCC):
A TCC foca em processos cognitivos que influenciam comportamentos e emoções. Modelos como a Terapia Racional Emotiva Comportamental (TREC) de Ellis e a Terapia Cognitiva (TC) de Beck são centrais.
Terapia Racional Emotiva Comportamental (TREC):
Modelo ABC de Ellis, onde o pensamento determina o sentimento, e disputas racionais (D) transformam crenças disfuncionais em novas crenças efetivas.
Terapia Cognitiva (TC) de Beck:
Focada na relação entre pensamentos, sentimentos e comportamentos, buscando transformar pensamentos disfuncionais.
Análise Fenomenológica-Existencial e Gestalt-Terapia:
Essas abordagens enfatizam a singularidade da experiência humana, onde o ambiente e o indivíduo se influenciam mutuamente, sem um padrão rígido de comportamento.
Análise Fenomenológica-Existencial e Gestalt-Terapia:
Essas abordagens enfatizam a singularidade da experiência humana, onde o ambiente e o indivíduo se influenciam mutuamente, sem um padrão rígido de comportamento.
Psicoterapia Existencial:
Centra-se no “cuidado” e na experiência subjetiva, sem buscar encaixar o paciente em modelos predefinidos.
Adolescência e Conflito de Identidade:
Segundo Erikson, o adolescente enfrenta o conflito entre identidade e confusão de papéis, buscando construir seu lugar no mundo.