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MARTIN HEIDEGGER (1889 - 1976)
QUEM FOI?
Discípulo de Husserl, usa o método fenomenológico para discutir e elaborar uma compreensão do ser.
“Qual o sentido do ser?”
“ENTE” E “SER”
Ente: é a existência, o que se manifesta, tudo que a gente vê é um ente; uma tampa de caneta, o quadro, eu e você.
O ser é o que torna a existência possível. O ser está em todas as nossas práticas diárias -> é essa tensão entre vivenciarmos o que é o ser e a falta de uma explicação sobre isso que devemos tentar compreende-lo. Ele busca uma explicação ontológica, ou seja, uma explicação do que possibilita as entidades existirem.
Livro SER E TEMPO
Escreve a obra “Ser e Tempo”, onde investiga a origem do ser, utilizando uma análise fenomenológica do “ente”. Desenvolve uma ontologia do ser, ou seja, o estudo do ser enquanto ser.
O autor argumenta que, desde antigamente, desde a época dos gregos, o ser é definido como algo estático, imutável, atemporal. Tentavam atribuir a possibilidade da existência a algo especial, como por exemplo, a ideia de um deus ou deuses.
Essa tradição ignorou a possibilidade da “ausência” como precondição para a presença -> por que? Porque o ser é inacabado, nos construímos por conta da falta. Ao explicar a existência por alguma questão especial, concebemos o ser humano como pronto.
DASEIN
“Da” = aí “Sein” = ser.
É somente através desse dasein que as coisas se mostram como elas são -> ou seja, é apenas através desse dasein que ocorre uma investigação fenomenológica, por exemplo.
O dasein não possui essência ou natureza pré determinada, a essência do dasein reside em sua existência -> se explica por ele mesmo. Não se pode pensar o ser sem pensar a relação que ele tem com o mundo, com os outros e com o tempo.
Traduzido como “ser-aí”. É o modo de existir humano. O dasein é o ente que deve ser investigado para que possamos compreender o ser. Está sempre aberto para o mundo. Com isso, está sempre em um lugar, em uma época histórica e precisa ser analisado de acordo com onde e como se encontra.
Características do DASEIN
Nestas disposições que experienciamos o que é “estar lançado”, ou seja, estarmos entregues a uma situação, nos auxiliam a dar sentido e significado a existência, faz com que a gente se envolva com as coisas.
Um exemplo: A angústia nos faz despertar para uma vivência autêntica, pois nos faz despertar sobre nossas atitudes impessoais (como: fazer as coisas por fazer, nos perdendo na banalidade do cotidiano -> angústia é essa constatação) -> apenas quando enfrentamos essa angústia é que buscamos a inautenticidade e podemos transcender, buscando um sentido a existência.
Disposição:
As chamadas “disposições” são nossas paixões, desejos, medos, culpa, ansiedade etc... que nos ajudam a desvelar o mundo de uma maneira que a razão não pode (lembrando sempre da crítica ao racionalismo)
Compreensão:
é o reconhecimento e projeção das possibilidades; é através da compreensão que o Dasein é lançado ao futuro, o que permite a sua liberdade; compreensão das possibilidades de acordo com o passado para então nos lançarmos ao futuro.
é entender que o passado é inalterado e que devemos nos apropriar do presente – se fossemos pura possibilidade, não nos interessaríamos pelas coisas - , sem pensar naquilo que poderia ter sido. Não devemos lamentar o “Por que eu?” mas sim pensar “Como eu deveria pensar sobre isso?”.
ser-no-mundo
O homem é visto como DASEIN (ser-aí), que é ser-no-mundo, é abertura onde mundo se dá enquanto entrelaçamento de significados. A partir do “ser-aí”, o homem é lançado no mundo de maneira passiva, podendo tomar a iniciativa de descobrir e orientar suas ações em direções mais diversas (transcendência).
Dessa forma, dá sentido ao passado e projeta o futuro. Deve superar a facticidade (herança cultural do lugar e tempo em que nasceu), atingindo um estágio superior que é a pura existência do Dasein.
Essa passagem não é fácil, pois o homem, ao estar mergulhado na facticidade, pode recusar o seu próprio ser -> isso leva a angústia, que surge da tensão entre o que o homem é e o que pode vir a ser (importância das disposições).
ser-para-a-morte
A possibilidade de morrer faz parte da estrutura do nosso mundo à medida que o experienciamos agora, não apenas algo que está por vir, por isso não devemos olhar para isso com medo ou indiferença, isso seria inautêntico. É uma possibilidade futura constitutiva do agora. Nenhum outro pode morrer por mim, pois nenhum outro pode viver por mim.
Para o autor, aceitar nossa finitude é ser autêntico, pois nos leva a compreender o que é existir. Somos lançados ao futuro pela ideia do “ainda-não”, ou seja, de que ainda não morremos, de que ainda existimos -> o dasein está sempre a caminho, se projetando a possibilidades que ainda estão por vir.