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Esquizofrenia - Coggle Diagram
Esquizofrenia
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- Sintomas (pelo menos dois dos seguintes, presentes por uma parte significativa de tempo durante 1 mês):
Sintomas Positivos;
- Delírios: Crenças falsas que não mudam mesmo quando confrontadas com a realidade.
- Alucinações: Percepções sensoriais sem estímulos reais, comumente auditivas.
- Discurso Desorganizado: Fala incoerente ou tangencial que dificulta a comunicação.
- Comportamento Grosseiramente Desorganizado ou Catatônico:
- Comportamento motor anormal, podendo variar de agitação a imobilidade.
- Catatonia: Respostas motoras ou verbais diminuídas, resistência a instruções, movimentos repetitivos.
- Alogia: Pobreza de fala ou ausência de ideias espontâneas.
- Anedonia: Diminuição ou ausência de capacidade de sentir prazer.
- Abulia: Falta de vontade ou de iniciativa.
- Embodimento Afetivo: Diminuição na expressão emocional, falta de reatividade afetiva.
- Disfunção Social ou Ocupacional
- Impacto significativo em áreas importantes como o trabalho, relações interpessoais, ou autocuidado.
- Presença de sinais contínuos da perturbação por pelo menos 6 meses, com pelo menos 1 mês de sintomas ativos.
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- Aparência muitas vezes descuidada, comportamentos bizarros ou desorganizados.
- Atitudes de desconfiança, olhar fixo ou evasivo.
- Afeto plano, ausência de resposta emocional ao ambiente.
- Apatia ou indiferença marcante.
- Pode ser irrelevante, incoerente, ou cheia de neologismos (criação de palavras novas).
- Pressão de fala ou ausência de discurso espontâneo.
- Conteúdo de pensamento marcado por delírios (principalmente de perseguição).
- Discurso tangencial ou incoerente.
- Alucinações auditivas (comandos, vozes acusadoras).
- Alucinações visuais ou táteis podem ocorrer, mas são menos comuns.
- Possível prejuízo na atenção, concentração e memória.
- Processamento de informações e velocidade de resposta podem estar reduzidos.
- Insight frequentemente prejudicado, negação da doença.
- Julgamento comprometido, levando a comportamentos inadequados.
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- Antipsicóticos Típicos e Atípicos
- Mecanismo: Antipsicótico atípico que antagoniza os receptores dopaminérgicos D2 e serotoninérgicos 5-HT2.
- Efeitos: Redução de sintomas positivos e negativos, menos efeitos extrapiramidais comparado com antipsicóticos típicos.
- Posologia: Doses iniciais de 2 mg/dia, ajustáveis até 16 mg/dia dependendo da resposta clínica.f
- Haloperidol Decanoato (Haldol):
- Mecanismo: Antipsicótico típico, forte antagonista dos receptores D2.
- Efeitos: Eficaz para controlar sintomas positivos (delírios, alucinações).
- Administração: Forma injetável de longa ação (depot), geralmente administrada a cada 4 semanas.
- Efeitos Colaterais: Efeitos extrapiramidais significativos (rigidez, tremores, acatisia), risco de discinesia tardia.
- Mecanismo: Anticolinérgico usado para tratar os efeitos colaterais extrapiramidais induzidos por antipsicóticos.
- Efeitos: Reduz rigidez muscular, tremores, e acatisia.
- Posologia: Doses de 2-8 mg/dia, divididas em 2 a 4 vezes ao dia.
- Olanzapina: Eficaz em esquizofrenia e transtorno bipolar, com perfil de efeitos colaterais que inclui ganho de peso e sedação.
- Quetiapina: Preferida em casos onde há necessidade de sedação ou tratamento de sintomas depressivos associados.
- Clozapina: Usada em esquizofrenia resistente ao tratamento; risco de agranulocitose requer monitoramento rigoroso.
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- Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
- Objetivo: Auxiliar na reestruturação de pensamentos disfuncionais e na redução dos sintomas de esquizofrenia.
- Psicoeducação: Informação sobre a doença, aderência ao tratamento.
- Terapia de Realidade: Foco em práticas de enfrentamento para reduzir a influência de delírios e alucinações.
- Terapia de Habilidades Sociais: Treinamento em habilidades interpessoais e de comunicação.
- Intervenções Psicossociais
- Envolvimento da família no tratamento, fornecendo suporte emocional e estrutural.
- Orientação sobre como lidar com os sintomas do paciente em casa.
- Criação de rotinas diárias consistentes, ambientes calmos e sem estímulos excessivos.
- Eletroconvulsoterapia (ECT):
- Considerada para casos graves e refratários ao tratamento farmacológico.
- Eficaz para catatonia, risco suicida elevado, e formas graves de depressão psicótica.
- Estudada em contextos experimentais para casos de esquizofrenia resistente.
- Efeitos rápidos, mas uso clínico limitado devido a efeitos colaterais e potencial de abuso.
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- Características Clínicas:
- Delírios crônicos, frequentemente plausíveis (por exemplo, infidelidade do parceiro, ser alvo de conspiração).
- Presença mínima de outros sintomas psicóticos, sem desorganização grave de pensamento ou comportamento.
- Capacidade preservada para funcionamento social e ocupacional, exceto nas áreas afetadas pelos delírios.
- Ausência de alucinações marcantes ou discurso desorganizado.
- Delírios são mais sistematizados e plausíveis.
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- CAPS I: Atendimento em cidades pequenas, foco em transtornos mentais comuns.
- CAPS II: Atendimento em cidades médias, com maior complexidade e volume de casos.
- CAPS III: Atendimento 24 horas, incluindo pernoite, para pacientes com transtornos mentais graves e crises.
- CAPS AD (Álcool e Drogas):
- Atendimento especializado para pacientes com dependência de substâncias psicoativas, com tratamento individual e grupal.
- Atendimento especializado para crianças e adolescentes com transtornos mentais, incluindo dificuldades de aprendizagem e comportamentais.
- Promoção do Cuidado Integral:
- Oferecer acompanhamento multidisciplinar, incluindo psiquiatria, psicologia, enfermagem e assistência social.
- Reabilitação Psicossocial:
- Foco em reintegração social e ocupacional do paciente.
- Atendimento em momentos de crise, com ações de manejo de emergência.
- Trabalho com a Família e Comunidade:
- Envolvimento da rede de apoio do paciente para aumentar a eficácia do tratamento.
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- A esquizofrenia tem uma forte componente genética, com risco aumentado em parentes de primeiro grau.
- Estudos de gêmeos e adoção indicam alta herdabilidade da doença.
- Vários genes identificados, incluindo variantes em genes relacionados ao sistema dopaminérgico (COMT) e glutamatérgico (GRIN2A).
- Polimorfismos genéticos que influenciam o desenvolvimento do cérebro e a resposta ao estresse.
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- Complicações Obstétricas:
- Nascimento prematuro, hipoxia neonatal, infecções durante a gravidez (como gripe ou toxoplasmose) aumentam o risco de esquizofrenia.
- Desnutrição materna ou uso de substâncias durante a gravidez também estão associados ao risco aumentado.
- Experiências adversas na infância, como abuso físico, emocional ou sexual, estão fortemente associadas ao desenvolvimento de esquizofrenia.
- Traumas na adolescência, especialmente em fases críticas do desenvolvimento neurobiológico.
- O uso de drogas como cannabis durante a adolescência é um fator de risco estabelecido para a esquizofrenia, especialmente em indivíduos geneticamente predispostos.
- Uso de anfetaminas, cocaína, ou outras substâncias psicoativas pode precipitar episódios psicóticos em indivíduos vulneráveis.