A Revolução Pernambucana ocorreu no ano de 1817, no estado de Pernambuco, sendo o último movimento separatista de caráter republicano do período colonial. Na época em que os holandeses estavam presentes no Nordeste brasileiro, eles aprenderam sobre o plantio e colheita da cana-de-açúcar, e quando foram expulsos, levaram esse conhecimento para as Antilhas (ilhas localizadas na América Central), que rapidamente se tornaram grandes concorrentes, o que causou uma forte crise econômica de desvalorização do açúcar na região nordestina. Os acontecimentos desencadearam uma série de problemas, não apenas ligados a produção de cana, como também a produção de algodão, que decaiu por conta da cobrança de impostos na época que a Coroa Portuguesa estava presente no Brasil. Os pernambucanos começaram a se incomodar com a presença dos portugueses na região e principalmente com a constante cobrança de impostos, a política do estado não ia bem, já que Dom João VI reforçou a presença de portugueses nos postos de comando dos governos locais. Com o tempo, as ideias republicanas chegaram na população de Pernambuco, e cada vez mais nações americanas deixaram de ser colônias, servindo como exemplo para os pernambucanos. O governo central apenas aumentava sua influência entre as demais províncias com os impostos, e como o estado estava em crise econômica, quanto mais cobrassem impostos, mais altas seriam as chances de ocorrência de uma grande rebelião por parte de Pernambuco. A revolução em si, apenas começou no dia 06 de março de 1817, quando Manoel Joaquim Barbosa, militar português foi assassinado por José de Barros Lima, que supostamente estaria envolvido em uma conspiração contra o governo, e não aceitou ser preso, depois desse acontecimento a rebelião dominou Recife, o que fez com que Caetano Pinto de Miranda Montenegro, governador da época, transferisse a sede do governo para o Forte de Brum, logo depois, fugindo para o Rio de Janeiro. Assim, os rebeldes assumiram o poder e proclamaram a república. Os revoltosos defendiam o fim da cobrança de impostos, os três poderes, a liberdade, a manutenção da escravidão, entre outros. A questão do trabalho escravo gerou contradições, já que o governo pregava a igualdade, porém a escravidão foi mantida. Por mais que governo tivesse apoio, ele acabou perdendo a força, já que os grupos de rebeldes tinham interesses diferentes e eles acabaram se dividindo. Dom João VI enviou tropas para combater o governo provisório, então em 20 de maio, os rebeldes se entregaram para Luís do Rego Barreto, e cumpriram penas como enforcamento e fuzilamento, e alguns dos principais líderes tiveram mortes cruéis em praças públicas, tendo partes dos corpos cortadas.