Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
ANESTESIA GERAL VOLÁTIL OU INALATÓRIA - Coggle Diagram
ANESTESIA GERAL VOLÁTIL OU INALATÓRIA
CONCEITO DE ANESTESIA GERAL INALÁTORIA
A anestesia geral inalatória é alcançada através da absorção de um agente ativo pelas vias respiratórias, que é então transferido para a corrente sanguínea, alcançando o sistema nervoso central (SNC). Isso resulta na indução da anestesia geral, que inclui inconsciência ou hipnose, analgesia, relaxamento muscular e proteção neurovegetativa.
VANTAGENS
Controle de profundidade anestésica que permite o aprofundamento ou superficialização
Baixas taxas de metabolização e de eliminação da maioria dos dos agentes inalatórias que, em parte, podem ser eliminadas pela própria via respiratória
A presença de uma fonte de oxigênio, a necessidade de intubação traqueal na maioria dos casos, o uso de absorvedores de CO2 em alguns sistemas anestésicos e o balão respiratório contribuem para uma ventilação e oxigenação adequadas, reduzindo a morbidade e a mortalidade durante a anestesia.
LIMITAÇÕES
Necessidade de aquisições de equipamentos específicos
Alterações fisiológicas, especialmente cardiovasculares que advêm do uso de alguns anestésicos inalatórios
SEGURANÇA NA ADMINISTRAÇÃO
SOLUBILIDADE DOS ANESTÉSICOS
Nos casos de hipotermia verifica-se maior solubilidade sangue/gás
Tal coeficiente é determinado para cada agente anestésico na temperatura corpórea ideal (37°C) para o homem.
Coeficiente de solubilidade
O coeficiente de solubilidade sangue/gás indica a solubilidade de um anestésico inalatório no sangue em relação ao gás alveolar. Anestésicos com alto coeficiente de solubilidade se dissolvem mais no sangue, resultando em indução e recuperação mais lentas. Já os anestésicos com baixo coeficiente se dissolvem menos no sangue, permitindo uma indução e recuperação rápidas
CONCENTRAÇÃO ALVEOLAR MÍNIMA (CAM)
Deve-se manter a temperatura constante, pois a variação desta interfere na determinação dos valores de CAM.
Idade, gestação, hipo ou hipertensão e alteração extrema do pH do líquido cefalorraquidiano também alteram os valores de CAM.
A Concentração Alveolar Mínima (CAM) é a concentração de um anestésico inalatório nos alvéolos necessária para prevenir o movimento em 50% dos pacientes em resposta a um estímulo doloroso. Uma CAM baixa indica que o anestésico é mais potente.
PRINCIPAIS ANÉSTESICOS
NÃO HALOGENADOS
OXÍDO NITROSO
É utilizado somente como adjuvante da anestesia geral, administrando concomitante a outro agente inalatório
Não pode ser considerado um anestésico geral, pois não provoca inconsciência e imobilidade
Tem baixa solubilidade e, dessa forma, produz início de efeito rápido
Devido à sua alta solubilidade em nitrogênio, esse agente atravessa rapidamente as barreiras celulares e se acumula em espaços com ar, como estômago e intestinos. Portanto, é contraindicado em condições como timpanismo, síndromes colônicas e pneumotórax, pois pode agravar a distensão dos órgãos afetados.
Sistema cardiovascular
Aumenta a FC, PA e débito cardíaco
Sistema respiratório
Aumento da frequência respiratória
Sistema nervoso
Sistema SNC, produz aumento do consumo de oxigênio cerebral e do fluxo sanguíneo, resultando no aumento da pressão intracraniana (PIC)
Sistema renal e hepático
Aumenta a resistência vascular e produz efeitos mínimos sobre o fluxo sanguíneo hepático
CAM
Reduz a CAM
HALOGENADOS
HALOTANO
É um líquido volátil de odor adocicado que, por ser instável, é comercializado com conservante (timol)
Provoca redução da pressão arterial e do débito cardíaco de maneira dose-dependente, com depressão da resposta reflexa à hipotensão
Sistema respiratório
Eleva a frequência respiratória, mas reduz o volume-corrente, aumentando a PaCO2 e causando depressão respiratória. Esse efeito ocorre devido à depressão central e ao relaxamento da musculatura intercostal, além de provocar broncodilatação.
Sistema nervoso
halotano causa depressão generalizada, com vasodilatação cerebral, aumentando o volume sanguíneo cerebral e a pressão intracraniana. Esse aumento da PIC pode ser prevenido pela instituição de hiperventilação prévia ao seu uso.
Sistema renal e hepático
Pela redução da pressão arterial, há redução do fluxo sanguíneo hepático e renal, podendo ocorrer elevação das enzimas hepáticas no período pós-operatório imediato.
Amenta a CAM, porém diluição no sangue é pequena
ENFLUORANO
Líquido claro, de odor discreto e agradável. A estrutura química é muito semelhante à do isofluorano.
Sistema cardíaco
Reduz o débito cardíaco e a pressão arterial.
Sistema respiratório
Reduz o débito cardíaco e a pressão arterial.
Potencialmente, pode desencadear convulsões, sendo, portanto, contraindicado em pacientes com histórico convulsivo anterior.
Sistema renal e hepático
reduz a taxa de filtração glomerular e o fluxo sanguíneo hepático
ISOFLUORANO
Entre os agentes halogenados, é o mais indicado para a utilização em pacientes de risco por ser o que produz menores alterações fisiológicas.
CAM
A CAM é de 1,30 no cão e o coeficiente de solubilidade é de 1,46, colocando-o como anestésico de potência mediana e indução anestésica rápida.
Os efeitos cardiovasculares do isofluorano são mínimos com manutenção do débito cardíaco em valores ótimos nas concentrações correspondentes a até 2 CAM
frequência cardíaca se eleva, compensando as alterações de pressão arterial
Provoca depressão respiratória mais acentuada que o halotano, reduzindo o volume-minuto e aumentando a PaCO2, mas também possui propriedades broncodilatadoras semelhantes às do halotano.
Seus efeitos sobre a pressão intracraniana e os fluxos hepático e renal são leves e geralmente insignificantes.
SEVOFLUORANO
CAM
A CAM é de 2,36% (potência média), mas a principal característica é seu baixo coeficiente de solubilidade que faz dele um agente que produz indução e recuperação rápidas.
Sistema cardiovascular
Hipotensão e taquicardia
Sistema respiratório
concentração utilizada, com elevação da frequência respiratória, mas com redução do volume-minuto e aumento da PaCO2.
Sistema nervoso central
Aumenta o fluxo sanguíneo cerebral e a pressão intracraniana.
Não produz convulsões
Há redução da necessidade cerebral de oxigênio
A recuperação anestésica é rápida
sistema hepático e renal
Não altera o fluxo sanguíneo hepático
Induz ligeira redução do fluxo sanguíneo renal, com redução da taxa de filtração glomerular.
DESFLUORANO
O coeficiente de solubilidade é o menor dentre os halogenados e, portanto, os planos anestésicos são facilmente modificados pela alteração da concentração anestésica.
A indução da anestesia por máscara não é recomendada em razão do desfluorano ser irritante às mucosas das vias respiratórias superiores.
Sistema cardiovascular
Produz redução da frequência cardíaca, do débito cardíaco e hipotensão
Sistema respiratório.
Produz depressão respiratória e, quando comparado ao isoflurano, o agente volátil apresenta efeitos cardiorrespiratórios similares.
Sistema nervoso/ Sistema renal/ Sistema respiratório
Os efeitos sobre o SNC são semelhantes aos produzidos pelo isofluorano,
Não provoca convulsões.
Não produz lesão renal ou hepática, já que menos de 0,02% do fármaco é biotransformado.
CONTROLE DA POLUIÇÃO AMBIENTAL
Instalação de um sistema antipoluição
Pouca utilização por máscara facial
Escolha de sonda traqueal adequado
Interrupção da vaporização antes da desconexão do paciente
EQUIPAMENTOS PARA A ANÉSTESIA INALATÓRIA
Vaporizadores
Dispositivo para vaporização dos agentes anestésicos líquidos e controle da concentração inspirada.
Circuitos anestésicos
inclui sistemas como os circuitos reinalantes (circuito fechado ou semiaberto) e não-reinalantes, adaptados ao tamanho e peso do animal.
Sistema de ventilação
Remove o dióxido de carbono do circuito reinalante, geralmente utilizando cal sodada.
Balão respiratório
Permite ventilação manual, importante para o controle da respiração, especialmente em pequenos animais.
Máscaras faciais e tubos endotraqueais
Usados para administrar a anestesia, disponíveis em diferentes tamanhos para acomodar uma variedade de espécies e tamanhos de animais.