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Toxicocinética e toxicodinâmica - Coggle Diagram
Toxicocinética e toxicodinâmica
toxicocinética
estudo dos processos pelos quais os agentes tóxicos se movimentam pelo organismo vivo
absorção
processo em que o agente tóxico entra na circulação sanguínea a partir do local de contato
determina a rapidez e a extensão com que a toxicidade pode se manifestar
influenciado por
propriedades físico-químicas
condições fisiológicas do indivíduo
via de exposição
propriedades da substância tóxica
Compostos lipossolúveis tendem a ser absorvidos mais facilmente em todas as vias
mais comuns
Cutânea
: agentes tóxicos lipossolúveis podem atravessar a barreira da pele com relativa facilidade
Gastrointestinal
: Substâncias ingeridas passam pelo trato gastrointestinal, onde podem ser absorvidas pelas células do epitélio intestinal e entrar na circulação sanguínea
pode ser afetada pelo (a)
pH do estômago e intestinos
presença de outras substâncias
estado de jejum ou alimentação
Respiratória
: via rápida e eficiente de absorção, principalmente devido à grande área de superfície dos alvéolos pulmonares e à sua rica vascularização
distribuição
influencia a intensidade e a duração dos efeitos
influenciado por vários fatores
perfusão dos tecidos
barreiras biológicas
protegem órgãos vitais (ex.: barreira hematoencefálica e a barreira placentária). No entanto, substâncias lipossolúveis e algumas pequenas moléculas podem atravessar
propriedades físico-químicas da substância
afinidade dos toxicantes por tecidos específico
pode resultar em bioacumulação, prolongando a exposição dos tecidos aos efeitos tóxicos, mesmo após a cessação da exposição ao agente tóxico (ex.: chumbo)
não é um processo uniforme
Inicialmente em órgãos altamente vascularizados, como o fígado, os rins e o cérebro
determina a localização, a concentração e a persistência dos agentes tóxicos
metabolismo
transformação química destas substâncias
pode tanto detoxificar e preparar o toxicante para excreção, quanto converter substâncias inicialmente inócuas em metabolitos ativamente tóxicos
ocorre predominantemente no fígado, mas pode acontecer em outros tecidos, como rins, pulmões e intestinos
Fase I: Modificações Bioquímicas
reações de modificação que introduzem ou expõem grupos funcionais na molécula do toxicante
frequentemente resultam na ativação dos toxicantes
reações típicas: oxidação, redução e hidrólise
visando aumentar a polaridade dos toxicantes
Fase II: Conjugação
reações de conjugação, onde os toxicantes ou seus metabólitos da Fase I são ligados a moléculas endógenas
ligam os toxicantes a moléculas pequenas e polares, como o ácido glicurônico, sulfatos e glutationa
determina a toxicidade de uma substância, sua duração de ação e eficácia
Geralmente:
rapidamente metabolizadas ⮕ ação curta
metabolizados lentamente ⮕ podem acumular-se
variabilidade interindividual, influenciada por fatores genéticos, idade, sexo, estado nutricional e exposição prévia a outras substâncias
excreção
as substâncias tóxicas e seus metabólitos são eliminados do corpo
fundamental para a desintoxicação e a recuperação do equilíbrio fisiológico
determina em grande parte a duração e a severidade dos efeitos tóxicos
várias vias
Excreção Biliar
fígado para a bile (fezes)
particularmente importante para substâncias que não são facilmente excretadas pelos rins devido à sua lipossolubilidade ou tamanho molecular
Excreção Pulmonar
pulmões (ar exalado)
Substâncias voláteis
depende da volatilidade da substância e da profundidade da respiração
Excreção Renal
Os
rins
filtram o sangue, removendo substâncias tóxicas solúveis em água e excretando-as na
urina
principal rota
influenciado pela solubilidade das substâncias, pH da urina e o fluxo urinário
a acidificação ou alcalinização da urina pode ser utilizada terapeuticamente para aumentar a excreção
Excreção Cutânea
pele (suor)
menos significativa
ex.: metais pesados e certos solventes orgânicos
Toxicodinâmica
estudo dos efeitos biológicos que os agentes tóxicos exercem sobre o organismo
como essa substância afeta as funções corporais no nível bioquímico e molecular
interação entre os toxicantes e os componentes celulares
mecanismos pelos quais as substâncias tóxicas induzem danos
mecanismos de ação dos toxicantes
Interação com Receptores Celulares: podem mimetizar ou bloquear a ação de ligantes endógenos em receptores celulares
Geração de Metabólitos Reativos: que são capazes de se ligar covalentemente a macromoléculas celulares, como DNA, proteínas e lipídios, causando dano celular direto
Interferência Enzimática: inibindo ou ativando enzimas
Oxidação de Componentes Celulares: podem induzir a formação de espécies reativas de oxigênio (ROS), levando ao estresse oxidativo, danos às membranas celulares, lipídios, proteínas e DNA
não são mutuamente exclusivos
crucial para a identificação de biomarcadores de exposição e efeito
efeitos tóxicos
Efeitos Agudos: ocorrem pouco tempo após uma única exposição ou exposições múltiplas em um curto período. Efeitos geralmente são imediatos; muitas vezes, reversíveis
Efeitos Crônicos: resultam de exposições prolongadas ou repetidas. Sintomas se desenvolvendo lentamente. Pode levar a danos irreversíveis
Certos toxicantes têm afinidade por tecidos específicos, onde exercem seus efeitos prejudiciais
antagonismo
ocorre quando a ação de uma substância é oposta por outra
crucial para a seleção de antídotos
e tratamentos específico
Antagonismo Químico
uma substância interage quimicamente com um toxicante, neutralizando seu efeito
Antagonismo Funcional
duas substâncias produzem efeitos opostos que se cancelam mutuamente
Antagonismo por Competição de Transporte
duas substâncias competem por sistemas de transporte no corpo, influenciando a distribuição de um agente tóxico
Antagonismo Competitivo
duas substâncias competem pelo mesmo
sítio de ligação em uma enzima ou receptor
tratamento de intoxicações
abordagem multifacetada
objetivo principal: minimizar a toxicidade, promover a eliminação do agente tóxico, e suportar as funções vitais do organismo
Descontaminação
primeiro passo
visando reduzir a absorção do agente tóxico
Via Cutânea
remoção de roupas contaminadas e a lavagem da pele
Via Ocular
lavagem ocular com solução salina
Via Oral
lavagem gástrica
para ingestão recente
o uso de carvão ativado é mais comum devido à sua capacidade de adsorver uma ampla gama de substâncias
Antídotos
podem neutralizar os efeitos tóxicos
muitas vezes através de antagonismo
Suporte de Órgãos Vitais
crucial para manter a homeostase
pode incluir suporte respiratório, administração de fluido intravenosos e tratamento de arritmias cardíacas
Aceleração da Eliminação
Alcalinização ou Acidificação da Urina
Diálise