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ERA VARGAS (1930 - 1945) - Parte II - Coggle Diagram
ERA VARGAS
(1930 - 1945) - Parte II
Cultura e Saúde
Ministério da Educação e Saúde (Ministro Gustavo Capanema); centralização das ações no âmbito da educação e no âmbito da saúde pública no Brasil
Na saúde, foram criados serviços de profilaxia de diversas doenças.
Figuras famosas no governo de Vargas: Roquete Pinto, Manuel Bandeira, Alceu Amoroso, D. Hélder Câmara, Carlos Drumond de Andrade
Reforma do currículo escolar: criação do ensino profissionalizante (tentar acabar ou reduzir os índices de analfabetismo; necessidade de formar mão de obra para o trabalho na indústria)
-Criação do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), atual IPHAN - um dos pilares de Vargas do projeto de construção de uma identidade nacional (o outro projeto foi na época do Império); preservar a memória do país
Criação da União Nacional dos Estudantes (UNE) - Vargas não queria controlar apenas sindicatos, mas todos setores; União de Estudantes Secundaristas também foi criada nesse momento
Construção do Palácio Capanema, sede do Ministério da Educação e Saúde (uma das primeiras obras que Oscar Niemeyer assina, traços do Modernismo); prédio está fechado há anos
Fortalecimento da identidade nacional - tempos do samba – exaltação (Ary Barroso é famoso por esse samba exaltação (“Aquarela do Brasil”); Carmem Miranda canta essa música do Ary Barroso no exterior e encarna a mulher brasileira em Hollywood)
Ideologia do trabalho - Vargas associa o crescimento da nação à quantidade de trabalho de seu povo
Valorização do negro (Gilberto Freyre e a divulgação do livro Casa-Grande & Senzala)
Em 1935, acordo entre o governo e as escolas de samba (que já desfilavam desde 1929). Verba pública às escolas em troca de temas nacionais e construtivos); Escolas não podiam se apresentar no carnaval com histórias internacionais.
Literatura Operária: A escada vermelha, de Oswald de Andrade; Capitães de areia, de Jorge Amado; Romance regionalista ou Romance de 30: Vidas Secas, de Graciliano Ramos; Chanchadas (no cinema)
No futebol, a profissionalização garante a contratação de jogadores negros; destaque para Leônidas da Silva (vai jogar na Copa de 38 (na França) e foi artilheiro da Copa); futebol foi um dos elementos de identidade nacional, mesmo que à revelia de Vargas
PEB
Protagonismo de Getúlio Vargas; Osvaldo Aranha foi um dos Ministros das Relações Exteriores na Era Vargas (15/03/1938 a 23/08/1944), mas quem conduzia a política externa é Vargas
PEB para o desenvolvimentismo nacional (propósito de desenvolver o país; não era ideológica, era pragmática); Vargas cria um órgão de fomento do comércio: Conselho Federal de Comércio Exterior; coordena o comércio exterior.
Protagonismo regional; “cordial amizade” com a Argentina (Brasil era frágil no Prata e Argentina tinha receio de um ataque chileno); Vargas foi o primeiro presidente brasileiro a visitar a Argentina;
Acomodação das relações entre brasileiros e argentinos, do que resultou: Tratado antibélico de não-agressão; Tratado comercial (trigo + mate), Brasil vendia mate e comprava trigo da Argentina.
Guerra do Chaco (1932 a 1935) - Paraguai x Bolívia região do Chaco, na década de 1920;
Brasil tinha receio de que Bolívia repensasse a relação no Acre; Argentina também tinha receio de perder sua influência no Paraguai; levou a alianças informais: BRA + BOL x ARG + PAR; Brasil tinha uma neutralidade pró-Bolívia; Argentina tinha neutralidade pró-Paraguai; vitória militar do Paraguai (principal estádio do país se chama Defensores del Chaco); ao final da guerra, foi criada a Comissão Neutra de Controle, formada por: BRA + ARG + CHI + URU + EUA;
celebrado o Tratado de Paz de Buenos Aires (Brasil e Argentina foram favorecidos com acordos ferroviários e de exploração - permitia escoamento da produção boliviana pelo território brasileiro -acordo de exploração era referente ao petróleo boliviano)
Questão de Letícia - Peru x Colômbia
Peru x Colômbia; Brasil não queria que nossa fronteira fosse mexida; Afrânio de Mello Franco foi protagonista (Ministro das Relações Exteriores entre 1930 e 1934) do Protocolo de Amizade: reafirmou o Tratado Salomón-Lozano, ou seja, Linha Apapóris-Tabatinga continua como fronteira com o Peru
Conferência de Montevidéu
Conferência pan-americana, que ocorreu em 1933; EUA lançam a “política da boa vizinhança” (pedem ao Brasil para aderir ao Pacto Briand-Kellog ou Pacto de Paris (27/08/1928 – renúncia à guerra como instrumento de política internacional – lembrando que o Pacto proibia a guerra, mas não o uso da força); Brasil acabou aderindo
Equidistância Pragmática
termo usado pelo professor Gerson Moura, em Autonomia na Dependência – Política Externa Brasileira de 1935 a 1942; genialidade do governo brasileiro foi ficar equidistante dos EUA (democracia) e da Alemanha (nazistas); consegue fazer uma política de barganhas; acelera desenvolvimento nacional; quando percebe que não vai poder permanecer equidistante e vai vender caro seu alinhamento
3 Fases na
relação Brasil e EUA
(Gerson Moura)
Equilíbrio Possível
(1935-1937)
crescente insatisfação com a Política do Big Stick norte-americana na América Latina; política da boa vizinhança (aproximação política, econômica e cultural entre os EUA e a América Latina); assinatura do Acordo Comercial Brasil-EUA (Osvaldo Aranha e Roosevelt); ascensão do nazismo na Alemanha e necessidade de matéria-prima para indústria (Ideia do Comércio Compensado – troca de produtos brasileiros com alemães, sem envolvimento de moedas nas transações (moeda não conversível ou marco de compensação)
Equilíbrio Difícil
(1938 – 1939)
EUA criticam o comércio compensado (insatisfação econômica); credores estadunidenses pressionam por ações contra calotes do Brasil; insatisfação do III Reich com o fechamento do Partido Nazista no Brasil (insatisfação política) - Caso Ritter (1938)
Em relação aos EUA, solução foi a Missão Osvaldo Aranha (1939) (ele era americanófilo e vai aos EUA para celebrar acordos econômicos:
(i) acordo para concessão de crédito de US$ 50 milhões - auxiliar a criação de um Banco Central brasileiro (criação do Bacen só ocorre mais à frente);
(ii) empréstimo de US$ 19,2 milhões do Eximbank (Export-Import Bank of the United States) para a liquidação de atrasados comerciais e a reativação do intercâmbio comercial entre os dois países; Brasil pagou os credores privados norte-americanos.
(iii) Brasil aceita a transferência de lucros de capitais estadunidenses aplicados aqui para retomar o pagamento da dívida externa.
(iv) troca de visitas dos Chefes de Estado-Maior dos Exércitos americano e brasileiro, respectivamente o general Marshall e o general Goés Monteiro
Com a Alemanha, tínhamos uma questão mais delicada: Caso Ritter (1938).
Ritter, embaixador alemão no Brasil, ficou revoltado com o fechamento do Partido Nazista Brasileiro (também da AIB); entregou nota de protesto contra as decisões adotadas pelo governo brasileiro; reagiu à prisão de alemães após a Intentona Integralista (solicitou permissão de Berlim para ameaçar com o rompimento das relações diplomáticas); Brasil declara Ritter como persona non grata; Alemanha faz o mesmo em relação ao embaixador brasileiro que estava lá, Muniz de Aragão
Solução foi o incremento do Comércio Compensado
(i) novos embaixadores: Ciro de Freitas Vale foi para Berlin; Kurt Prüfer veio para o Rio de Janeiro.
(ii) inclusão de material bélico no comércio bilateral (o que os americanos não ofereciam ao Brasil) - troca comercial era sem moeda (até porque Brasil não teria como pagar por esse material); com os EUA, o sistema de cash and carry com o setor bélico não permitia a aquisição desse material pelo Brasil.
(iii) Acordos com a Krupp (armas)
Equilíbrio Rompido
(1939 - 1942)
Com o início da 2ª GM, dificuldades na manutenção da equidistância pragmática; dificuldade para manter comércio com a Alemanha; navios brasileiros sofrem com o bloqueio naval (Inglaterra não queria que Alemanha continuasse a receber matéria-prima); Inglaterra promove o “Bloqueio do Atlântico”, cujo símbolo foi o Caso Baje (navio brasileiro retido pela Inglaterra. Brasil recorre aos EUA, que entram em contato com os ingleses e estes liberam o navio; a partir daí, Brasil volta-se para os EUA
Na I Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores, EUA defendiam a neutralidade do continente americano na 2ª GM.
Na II Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores, EUA pressionaram para o alinhamento, “ataque a um seria um ataque a todos”.
III Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores (Rio de Janeiro, em 1942) - pressão grande para que países americanos entrassem na guerra ao lado dos EUA; na abertura da Reunião, Vargas declara que é propósito dos brasileiros defender o território e que sua posição estratégica não seria usufruída pelo Eixo; no final da Reunião é que ele informa que cessaram as relações diplomáticas com Itália, Alemanha e Japão.
O Sexto Membro Permanente – O Brasil e a Criação da ONU - contexto da 2ª GM, o que conduziu a entrada do Brasil na guerra (Eugênio Vargas Garcia)
Guerra da Borracha - mais de 60 mil brasileiros são enviados para a floresta amazônica para fornecer borracha aos aliados
Força Expedicionária Brasileira (FEB) - envio de pracinhas brasileiros para lutar ao Norte da Itália; objetivo era dar suporte às ações dos Aliados (norte-americanos) contra os nazifascistas