COMUNICAÇÃO PÚBLICA E POLÍTICA

MÍDIA E PODER

Concentração da Mídia no Brasil

TV ainda é o principal meio de comunicação?

Grande concentração de poder nas mãos de poucas empresas

A oligopolização é impulsionada pela falta de fiscalização, conexões com o sistema político e leniência da legislação

Impacto da Mídia na Democracia

A mídia no Brasil é predominantemente privada, orientada pelo lucro e interesses dos grupos sociais que representam​

A influência da mídia nas decisões políticas e na formação da opinião pública é significativa, muitas vezes favorecendo interesses específicos e não a pluralidade democrática

Alternativas para a Democratização da Mídia


Iniciativas como a criação da Agência Nacional de Cinema e Audiovisual (ANCINAV) e a Empresa Brasileira de Comunicação foram tentativas de regular o mercado e promover uma mídia estatal, mas enfrentaram forte resistência e críticas​

Experiências internacionais, como a convivência entre oligopolização e mídia comunitária nos EUA, são citadas como modelos que poderiam ser adaptados ao contexto brasileiro

Mídia Independente e Movimentos Sociais


Iniciativas que desempenham um papel importante em oferecer perspectivas alternativas e denunciar abusos da grande mídia​

Movimentos sociais e organizações, como o Movimento de Rádios Livres e a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária, buscam promover a democratização da comunicação e dar voz a grupos marginalizados

MÍDIA e AGENDA PÚBLICA

AGENDAMENTO
AGENDA SETTING

O processo de estabelecimento da agenda pública (lócus onde se daria a aferição sobre o que as pessoas pensam, sobre o que as pessoas falam e sobre o que falam ou pensam que os outros falam) é um espaço de grande valia nesse binômio “mídia e poder político”. O agendamento (AGENDA SETTING), então, se materializa mediante a seleção de assuntos a serem noticiados e destacados em detrimento de outros

ENQUADRAMENTO

Uma alternativa ao paradigma associado à objetividade e um complemento à teoria do agendamento (agenda setting)

É caracterizado como “uma ideia central organizadora”, que confere determinados significados aos eventos, estabelecendo uma conexão entre eles e delimitando o caráter das controvérsias de âmbito político3. A noção de enquadramento abriga o envolvimento de dois componentes de destaque: seleção e saliência.

COMUNICAÇÃO DAS
POLÍTICAS PÚBLICAS

PRINCÍPIOS
COMUNICAÇÃO
PÚBLICA

Garantir o acesso amplo à informação

Fomentar o diálogo

Estimular a participação

Promover os direitos e a democracia

Combater a desinformação

Ouvir a sociedade

Focar no cidadão

Ser inclusiva e plural

Tratar a comunicação como política de estado

Garantir a impessoalidade

Pautar-se pela ética

Os objetivos da comunicação pública não devem ser separados dos objetivos das instituições públicas (ZÉMOR, 1995)

COMUNICAÇÃO
PÚBLICA

INSTRUMENTOS DE INFORMAÇÃO

INSTRUMENTOS DE DIÁLOGO

Institui negociações e debates na busca de soluções para as demandas dos cidadãos.

Realça a disponibilidade de dados que modifiquem o conhecimento do cidadão sobre determinado assunto.

banners, jornal mural, manuais, portais eletrônicos de governo

consultas e fóruns públicos, ouvidorias, reuniões e orçamento participativo,

INTERNET

ARENAS COMUNICATIVAS: espaços onde ocorrem discussões de interesse público

“... a internet se mostra como importante “lugar”, uma “arena conversacional”, na qual o espaço se desdobra e novas conversações e discussões políticas podem seguir seu curso” (MAIA, R. 2008)

A convergência tecnológica na qual estão os meios de comunicação fez com que a mídia estivesse incluída na rotina dos cidadãos de maneira mais intensa.

Por meio das TICs, são estabelecidos modos de interagir governo e cidadão, a fim de melhorar a expectativa da participação política

Canela e Nascimento (2009) propõem que a divulgação de informações sobre gestão pública na internet pode gerar accountability e reduzir a assimetria informacional típica das democracias representativas.

Atuar com eficácia

PRESENÇA DIGITAL
DOS GOVERNOS

AVALIAÇÃO E MANUTENÇÃO DA IMAGEM INSTITUCIONAL

Redes sociais fornecem informações em tempo real sobre as ações de uma instituição pública

SATISFAÇÃO DO USUÁRIO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Cidadãos que recebem informações tratadas em linguagem simples e que é chamado ao diálogo, terá mais autonomia nas tomadas de decisão

SUBSÍDIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE PPUs

Redes sociais podem permitir o diálogo com o cidadão, gerando informações qualificadas e altamente segmentadas para o desenvolvimento e avaliação de PPUs

SUPORTE PARA PREVENÇÃO E GERENCIAMENTO DE CRISES

Devido à velocidade das informações nas redes, normalmente são nesses canais que chegam dados sensíveis que podem iniciar crises

DESINFORMAÇÃO

Torna-se um problema público ao afetar decisões políticas e, consequentemente, o cotidiano das pessoas

O monitoramento das redes sociais é capaz de fornecer métricas que permitem avaliar o potencial dano provocado por uma determinada fake news.

É preciso emitir respostas assim que a fake news for identificada, mesmo que se decida por adiar a divulgação do esclarecimento

Produção contínua de conteúdo, em todas as plataformas, linguagens, redes sociais, divulgando informações precisas, o que inclui: vacinas (certeiras e em grandes doses), pílulas diárias (protegem contra boatos que ainda nem surgiram) e pílulas do dia seguinte (respostas rápidas contra fake news recém divulgadas)

EFEITOS

impacta na orientação de políticas públicas, acarretando prejuízos para o conjunto da sociedade

investimentos públicos em insumos sem eficácia

decisões do judiciário baseadas em fatos inverídicos

corrosão da credibilidade das instituições

perda da percepção coletiva da realidade

COMO DIVULGAR PPUs

IDENTIFIQUE OS PÚBLICOS ESTRATÉGICOS

INCENTIVE A PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DAS PPs

MANTENHA O MAILING ATUALIZADO

PRODUZA UM AMPLO PRESSKIT DIGITAL

DIVULGUE OS CANAIS DE COMUNICAÇÃO DO GOVERNO

SEJA PRESENTE EM TODAS AS REDES SOCIAIS

CONSTRUA UMA REDE DE CONTATOS (FALE CONOSCO)

RESPONDA AO PÚBLICO NAS REDES SOCIAIS

PROMOVA ENQUETES NAS REDES SOCIAIS

FAÇA TRANSMISSÕES AO VIVO DE REUNIÕES E EVENTOS

DESENVOLVA AÇÕES DE LETRAMENTO POLÍTICO

ADOTE A LINGUAGEM SIMPLES NA DIVULGAÇÃO

INVISTA NA COMUNICAÇÃO OFFLINE

PROPAGANDA GOVERNAMENTAL

HISTÓRICO

Desde a Grécia Antiga até os dias atuais, a propaganda tem se apoiado nos meios de comunicação disponíveis para influenciar o público.

No século XVIII, as mudanças tecnológicas permitiram uma difusão mais eficiente das mensagens propagandísticas.

Séculos XIX e XX viram a expansão da propaganda para um público mais amplo, impulsionada pela criação de órgãos governamentais especializados durante a Primeira Guerra Mundial.

TIPOS PROPAGANDA

Propaganda de Recrutamento (1900-1930): Focada em recrutar grandes parcelas da população para a política do governo, utilizando imagens devido ao alto grau de analfabetismo

Propaganda de Coesão (1930-1950): Exemplificada pela propaganda nazista, buscando uma coesão identitária étnica e promovendo a ideia de um Estado forte

Propaganda da Guerra Fria (1950-1990): Expandiu-se para setores como esportes e corrida armamentista, servindo como uma ferramenta estratégica para evitar conflitos armados diretos

Propaganda Pragmática (1990-presente): Caracterizada pela personalização da política e pela contínua campanha de governo além das eleições.

ELEMENTOS

Uso de Meios de Comunicação: Televisão, rádio, internet e redes sociais são ferramentas-chave para disseminar mensagens propagandísticas.

Iconografia e Simbologia: Utilização de símbolos nacionais, imagens cuidadosamente selecionadas e arquitetura monumental para reforçar a autoridade e a identidade nacional.

Narrativas e Discursos: Criação de narrativas que exaltam as realizações do governo e promovem a estabilidade e o progresso

IMPACTO e CRÍTICAS

A propaganda pode legitimar a autoridade do governo, manipular a opinião pública e suprimir a dissidência.

Críticas quanto à transparência e ética no uso de recursos públicos para fins propagandísticos e à manipulação da informação.

IMAGEM PÚBLICA

POSICIONAMENTO

PERCEPÇÃO DO ELEITOR

REPUTAÇÃO

CONCEITO

Percepção que o público em geral tem de uma pessoas, empresa, instituição ou entidade

INTERAÇÕES

AÇÕES E COMPORTAMENTOS

FATORES QUE
INFLUENCIAM

COMPORTAMENTO ÉTICO

POSICIONAMENTO POLÍTICO

COMUNICAÇÃO EFETIVA

Ética e integridade são cruciais para a construção de uma imagem pública positiva

Opiniões sobre questões-chave e a consistência nos posicionamentos políticos

Capacidade de se comunicar de forma clara e eficaz

MARKETING

POLÍTICO

ELEITORAL

Auxilia na construção de uma personalidade políticaque seja agradável à sociedade e que tenha credibilidade

Envolve estratégias para construir ou manter a imagem pública de candidatos, governantes, partidos

Foco estratégico específico

Objetiva influenciar eleitores durante a campanha

PESQUISAS OPINIÃO

Forma de saber o que as pessoas pensam a respeito de determinado tema ou pessoa.

TIPOS

Top of Mind

Mercado

Satisfação...

ELEITORAL

Opção ou visão acerca de determinado candidato

Percepção dos problemas enfrentados

Avaliação das PPUs

Imagem dos candidatos

Valores, ideologias e afinidades com os partidos

São pesquisa científicas. podem ser quali ou quantitativas

GESTÃO DE CRISES

Plano de Gestão de Crises: responder com eficácia a eventos inesperados ou emergências que têm o potencial de interromper as operações, prejudicar a reputação e impactar as partes interessadas.

OBJETIVOS

Mitigar os impactos

Permitir uma ação rápida e eficaz

Preservar a credibilidade da organização no mercado

Diminuir a probabilidade de problemas semelhantes no futuro

FASES GERENCIAMENTO
DE CRISES

  1. PREVENÇÃO

2.PREPARAÇÃO

3.RESPOSTA

  1. RECUPERAÇÃO

identificar e mitigar potenciais crises antes que elas ocorram: análise de riscos, a identificação de vulnerabilidades e a implementação de medidas preventivas para reduzir a probabilidade de ocorrência de crises.

organizações se preparam para responder eficazmente a crises caso elas ocorram. Inclui a criação de planos de resposta a crises detalhados, a designação de equipes de gerenciamento de crises e a realização de treinamentos e simulações para garantir que todos os envolvidos saibam como agir em situações de emergência.

organizações implementam seus planos de ação e trabalham para mitigar os impactos da crise da melhor forma possível.

se recuperar dos danos causados e retornar às operações normais. As organizações devem avaliar os impactos da crise em seus negócios, identificar lições aprendidas e implementar mudanças para fortalecer sua resiliência e capacidade de resposta a crises futuras.

Parte da POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO

CULTURA PREVENTIVA

  1. Mapeamento Riscos
  1. Análise: identificação tipos de riscos
  1. Priorização: elencando do mais ao menos crítico
  1. Matriz de risco: probabilidade X impacto
  1. Plano de Ação: conjunto de iniciativas (controles) a serem adotadas mediante cada risco
  1. Plano de Comunicação: Temas-chave, lista de porta-vozes, statement e relacionamento com públicos

PESQUISAS e AUDITORIAS

PESQUISAS

INSTITUCIONAL

OPINIÃO

DESCRITIVO

NORMATIVO

ANALÍTICO

descrever o que a instituição fez e o que está fazendo

fixar normas para o que a instituição deveria estar fazendo

analisar e definir problemas setoriais

A pesquisa de opinião pública (POP) ajuda a organização a identificar necessidades, opiniões e expectativas do público-alvo. Ajuda a compreender melhor o comportamento do público (favorável ou não) nas questões importantes da agenda corporativa

AUDITORIAS

SOCIAL

DE IMAGEM

DE COMUNICAÇÃO
ORGANIZACIONAL

A auditoria social ou monitoramento ambiental consiste em pesquisar, examinar e avaliar as tendências socioeconômicas presentes no meio ambiente da organização

Significa também identificar as influências dos fatores externos ou das variáveis (políticas, econômicas, sociais, legais, culturais, ecológicas e demográficas) sobre a vida da organização e avaliar o nível de suas relações com o ambiente.

ferramenta de pesquisa para medir a percepção de partes interessadas na organização (internas e externas) do ponto de vista qualitativo e quantitativo. É um termômetro para medir o valor de imagem interna e externa. As partes interessadas internas são funcionários e as partes externas são mídia, autoridades reguladoras, clientes, público em geral.

tem como função primordial examinar, avaliar, reorganizar, solucionar e melhorar o sistema de comunicação de uma empresa, visando, neste contexto, melhorar o desempenho das práticas comunicacionais vigentes.