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CASO 22- Respirar + para compensar... - Coggle Diagram
CASO 22- Respirar + para compensar...
mecânica respiratória
definição
A mecânica respiratória refere-se a processos físicos que permitem a ventilação pulmonar, ou seja, a movimentação do ar para dentro e para fora dos pulmões. Esse processo é crucial para a troca gasosa, onde o oxigênio é captado do ar inalado e o dióxido de carbono é expelido do corpo. A mecânica respiratória envolve várias estruturas e mecanismos, que podem ser divididas em fases de inspiração e expiração.
Estruturas Envolvidas
Diafragma : O principal músculo da respiração.
Músculos Intercostais : Músculos entre as costelas que ajudam a expandir e contrair a caixa torácica.
Pulmões : Órgãos onde ocorrem as trocas gasosas.
Cavidade Torácica : O espaço no peito que abriga os pulmões e o coração.
Traqueia e Bronquíolos : Vias aéreas que conduzem o ar para dentro e fora dos pulmões.
Pleura : Membranas que recobrem os pulmões e a cavidade torácica, criando um espaço pleural com um líquido de drenagem.
Inspiração (Inalação)
Contração do Diafragma : O diafragma contrai e se move para baixo, aumentando o volume da cavidade torácica.
Contração dos Músculos Intercostais Externos : Esses músculos contraem e elevam as costelas, aumentando ainda mais o volume torácico.
Aumento do Volume Pulmonar : A expansão da caixa torácica aumenta o volume dos pulmões.
Redução da Pressão Intrapulmonar : Com o aumento do volume, a pressão dentro dos pulmões (pressão intrapulmonar) diminui, tornando-se menor que a pressão atmosférica.
Entrada de Ar : O ar flui dos ambientes de maior pressão (atmosférica) para os de menor pressão (pulmões), enchendo os pulmões de ar.
Expiração (Exalação)
Relaxamento do Diafragma : O diafragma relaxa e se move para cima, conduzindo o volume da cavidade torácica.
Relaxamento dos Músculos Intercostais Externos : Esses músculos relaxam, permitindo que as costelas desçam e retornem à posição inicial.
Redução do Volume Pulmonar : A diminuição do volume da caixa torácica reduz o volume dos pulmões.
Aumento da Pressão Intrapulmonar : Com a redução do volume pulmonar, a pressão dentro dos pulmões aumenta, tornando-se maior que a pressão atmosférica.
Saída de Ar : O ar flui dos ambientes de maior pressão (pulmões) para os de menor pressão (atmosférica), saindo dos pulmões.
Mecanismos de Con
Centro Respiratório : Localizado no tronco encefálico (medula oblonga e ponte), regula a
Receptores Quimiossensíveis : Detectam mudanças nos níveis de dióxido de ca
Mecanorreceptores : Localizados nos pulmões e vias aéreas, detectam a extensão dos pulmões e enviam feedback ao centro respiratório para prevenir a superinflação.
Fatores Influenciadores
Complacência Pulmonar : A facilidade com que os pulmões se expandem. Maior complacência facilita a inspiração, enquanto menor complacência (como em doenças pulmonares fibrosantes) dificulta.
Resistência das Vias Aéreas : Influenciada pelo diâmetro das vias aéreas. Maior resistência (como em asma) torna a ventilação mais difícil.
Elasticidade Pulmonar : A capacidade dos pulmões e da parede torácica de retornar à posição original após uma expansão.
Volumes Pulmonares
Volume Corrente (VC)
Definição: É o volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal.
Valor Médio: Aproximadamente 500 ml em adultos
Volume de Reserva Inspiratória (VRI)
Definição: É o volume adicional de ar que pode ser inspirado com esforço máximo após a inspiração normal.
Valor Típico: Aproximadamente 3000 ml.
Volume de Reserva Expiratória (VRE)
Definição: É o volume adicional de ar que pode ser expirado com esforço máximo após a expiração normal.
Valor Típico: Aproximadamente 1100 ml.
Volume Residual (VR)
Definição: É o volume de ar que permanece nos pulmões após a expiração máxima. Este volume não pode ser medido diretamente por espirometria.
Valor Típico: Aproximadamente 1200 ml.
Capacidades Pulmonares
Capacidade Inspiratória (CI)
Definição: É o volume máximo de ar que pode ser inspirado após uma expiração normal.
Cálculo: CI = VC + VRI
Valor Típico: Aproximadamente 3500 ml.
Capacidade Funcional Residual (CFR)
Definição: É o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração normal.
Cálculo: CFR = VRE + VR
Valor Típico: Aproximadamente 2300 ml
Capacidade Vital (CV)
Definição: É o volume máximo de ar que pode ser expirado após uma inspiração máxima.
Cálculo: CV = VRI + VC + VRE
Valor Típico: Aproximadamente 4600 ml.
Capacidade Pulmonar Total (CPT)
Definição: É o volume total de ar nos pulmões após uma inspiração máxima.
Cálculo: CPT = CV + VR
Valor Típico: Aproximadamente 5800 ml.
mecanismos de trocas gasosas na barreira hematogásica
Estrutura da Barreira Hematoaérea
Epitélio Alveolar: A camada de células epiteliais que reveste os alvéolos.
Membrana Basal Alveolar: Uma camada fina de material extracelular que separa as células epiteliais alveolares do interstício pulmonar.
Interstício Pulmonar: Uma camada fina de tecido conjuntivo que pode conter fibras colágenas e elásticas.
Membrana Basal Capilar: Uma camada fina de material extracelular que separa o interstício das células endoteliais capilares.
Endotélio Capilar: A camada de células que reveste os capilares sanguíneos.
Princípios de Difusão
O oxigênio (O₂) se move dos alvéolos, onde sua concentração (pressão parcial) é alta, para o sangue nos capilares, onde sua concentração é baixa.
O dióxido de carbono (CO₂) se move do sangue nos capilares, onde sua concentração (pressão parcial) é alta, para os alvéolos, onde sua concentração é baixa.
Pressões Parciais de Gases
Oxigênio (O₂): Nos alvéolos, a pO₂ é aproximadamente 104 mmHg, enquanto nos capilares pulmonares venosos, a pO₂ é cerca de 40 mmHg. Isso cria um gradiente de concentração que favorece a difusão do O₂ para o sangue.
Dióxido de Carbono (CO₂): Nos capilares pulmonares venosos, a pCO₂ é aproximadamente 45 mmHg, enquanto nos alvéolos, a pCO₂ é cerca de 40 mmHg. Isso cria um gradiente de concentração que favorece a difusão do CO₂ para os alvéolos
Transporte de Gases
Oxigênio
No sangue: O oxigênio se liga à hemoglobina nos glóbulos vermelhos para formar oxiemoglobina, que é transportada pelo sistema circulatório até os tecidos.
Nos tecidos: O oxigênio é liberado da oxiemoglobina e difunde-se para as células dos tecidos, onde é usado na respiração celular.
Dióxido de Carbono
Nos tecidos: O dióxido de carbono produzido pela respiração celular difunde-se para o sangue, onde é transportado de três formas principais: dissolvido no plasma, ligado à hemoglobina (formando carbamino-hemoglobina) e, principalmente, como íons bicarbonato (HCO₃⁻) no plasma.
Nos pulmões: O dióxido de carbono é liberado do sangue para os alvéolos e exalado.
Fatores que Afetam a Troca Gasosa
Espessura da Barreira Hematoaérea
A membrana alvéolo-capilar é extremamente fina (aproximadamente 0,2 a 0,5 micrômetros), permitindo uma rápida difusão de gases. Qualquer aumento na espessura, como em casos de edema pulmonar, pode prejudicar a troca gasosa.
Área de Superfície
Os pulmões têm uma grande área de superfície devido ao grande número de alvéolos (cerca de 300 milhões), o que facilita a troca gasosa. Doenças como o enfisema, que reduzem a área de superfície, prejudicam a troca de gases.
Diferença de Pressão Parcial
Uma grande diferença de pressão parcial entre os alvéolos e o sangue aumenta a taxa de difusão. Doenças que reduzem a ventilação dos alvéolos, como a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), podem reduzir essa diferença.
Perfusão Capilar
Um bom fluxo sanguíneo através dos capilares pulmonares é essencial para a eficiente troca de gases. Problemas como a embolia pulmonar podem reduzir a perfusão capilar e prejudicar a troca gasosa.