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10.Palestra - Infecção das vias aereas superiores (IVAS) - Coggle Diagram
10.Palestra - Infecção das vias aereas superiores (IVAS)
Rinossinusite aguda
Introdução
Percebida pelos pais como maior causa de dor corporal e limitação fisica do que artrite reumatoide juvenil, asma e outras doenças crônicas
Uma crianças possui em media 10 resfriados comuns por ano
Desses aproximadamente 1 vai evoluir para rinossinusite bacteriana
Quanto maior a criança, maior a pneumatização dos seios paranasais
Quanto menor os seios paranasais menor a chance de rinossinusite
Classificação
Quanto ao tempo
Aguda < 4 semanas
Subaguda 4 a 12 semanas
Cronica > 12 semanas
Quanto ao tipo
Rinossinusite aguda viral = resfriado comum
Duração menor que 10 dias
Rinossinusite aguda pos viral
Aumento dos sintomas apos 5 dias
ou
Sintomas a mais de 10 dias e < 12 semanas
Rinossinusite aguda bacteriana
3 ou mais dos seguintes sintomas
Secreção amarelada ou purulenta
Rinorreina purulenta nao é patognomônico de bateria
Dor local intensa
Febre > 38 graus
VHS ou PCR elevados
Recaida
Deterioração dos sintomas apos uma fase inicial leve da doença (dupla piora)
Segundo guideline americano
Doença persistente
Secreção nasal e/ou tosse diurna por mais de 10 dias
Curso com piora
Piora ou novo inicio de rinorreia, tosse ou febre (dupla doença)
Inicio grave com febre > 39 graus e rinorreia purulenta por mais de 3 dias consecutivos
Fisiopatologia
Virus patogenicos se ligam aos receptores da células do epitélio, essas células entao fazem a endocitose desses virus e posterior liberação de citadinas inflamatórias para realizar a migração de células inflamatórias como neutrófilo e macrofagos essas células de defesa iram ser responsáveis por realizarem anticorpos e posterior mecanismo de defesa
Pode ocorrer tbm de haver uma quebra da barreira ciliar e posterior infeção bacteriana
Quadro clinico
Odinofagia, "garganta arranhando"
Rinorreia, obstrução nasal, hiposmia (redução do cheiro), febre, tosse, disfonia ou rouquidão, cefaleia, dor facial
Complicações
Otite media aguda (OMA)
Rinossinusite bacteriana aguda
Exacerbaçnao da AB
Exame fisico completo
Oroscopia com abaixadores de língua e especulo nasal
Resfriado x gripe
Resfriado
Ocasionado pelo rinovirus, coronavirus e adenovirus
Transmissao por contato
Tratamento = sintomáticos
Ocorre em qualquer epoca do ano
Inicio gradual
Gripe
Ocasionado pela influenza A e B
Transmissao aerea
Repercute com efeitos sistêmicos
Tratamento = antivirais (osetalmivir)
Inicio abrupto
Febre alta
Diagnostico
Antigos Criterios da Dra Ellen wald
Clinica com mais de 10 dias
Rx da face com
Opacificação total
Espessamento de mucosa (>4 mm)
Nivel hidroaereo
Quando a criança satisfazia esses criterios e realizava as culturas das punções bacterianas dava positivo em cerca de 70 a 75% das vezes sendo os principais patógenos = S. pneumonia, H. influenza, M. catarrhalis
Foi constatado que a rinossinusite viral tbm causa alterações de imagem, alem disso rinite alérgica tbm causa tais alterações
Devido a isso foi determinado que RX simples nao deve ser solicitado em casos de rinossinusite aguda em crianças
Quando solicitado deve-se avaliar principalmente o complexo ostiomeatal
PCR nao possui uma boa acuracia, pode ser utilizada para estimar menor ou maior risco de apresentar a doença
TC pode ser utilizada em pacientes com sinusite de repetição
Etiologia
Viral
Rinovirus
Principal
Coronavirus, VSR, Influenza, parainfluenza, adenovirus, enterovirus
Bacteriana
S. pneumoniae
GRAM +
H. influenzae
M. Catarrhalis
GRAM -
Tratamento
Viral
Lavagem nasal
Descongestionantes
Analgésicos
Bacteriana
Amoxicilina 50 mg/kg/dia
(dose padrao)
Dose dobrada em caso de S. pneumoniae
devido algumas cepas possuirem o mecanismo de resistencia bomba de efluxo
Associado a
clavulonato de potassio se M. catarrhalis
devido mecanismo de resistencia de produção de betalactamase (que destrói o antibiótico)
Cerca de 20% das cepas brasileiras de H. influenza possuem tbm esse mecanismo ode produção de betalactamase
Se nao responder pode-se dobrar a dose e/ou adicionar clavulonato
Em
casos leve de 7 a 10 dias
Caso grave de 10 a 14 dias
Em caso de alergia a amoxicilina =
Cefalosporina de segunda geração (cefuroxima ou cefaclor)
Antigamente era usado azitromicina ou claritromicina
Se paciente teve
anafilaxia a amoxicilina deve-se fazer macrolideo
(azitromicina ou claritromicina)
Sinais de alerta de complicações que necessitam de hospitalização
Edema ou eritema periorbital
Deslocamento do globo ocular
Visão dupla
Oftalmoplegia
Redução da acuidade visual
Cefaleia grave frontal uni ou bilateral
Edema frontal
Sinais meningeos
Sinais neurologicos
Redução do nivel de consciencia
Faringoamigdalite aguda
Diagnostico
Nao é facil
Pelo risco de subdiagnóstico e possibilitar a ocorrência de febre reumatica
e tbm pelo superdiagnostico, favorecendo a resistencia a antibiótico
Exames complementares
Teste rapido para detecção de S. pyogenes
Especificidade 90 a 95%
Sensibilidade 78%
Cultura
Demora 48 horas
Hemograma
Utilizado para diagnostico diferencial
Introducão
É uma
doença autolimitada
, o uso do ATB é para
previnir febre reumatica e abscess
os
Nao ha prevenção em caso de complicação por glomerulonefrite
Exame fisico
Oroscopia, palpação de linfonodos e identificar as cadeias
Quadro clinico
Sintomas virais
Obstrução nasal
Rinorreia
Diarreia
Tosse
Sintomas bacterianos
Febre acima de 38,5 graus
Linfonodomegalia submandibular
Exsudato amigdaliano purulento
Nao é patognomonico de bacteria
Ausencia de sinais de infecção viral (tosse, rinorreia, obstrução nasal e diarreia)
Criterios de McIsaac (bacteriano)
Febre acima de 38 graus
Ausencia de sintomas catarrais
Exsudato amigdaliano
Linfonodomegalia submandibular dolorosa
Idade entre 3 e 14 anos
Conduta
Bacterianos
Achados no EF sugestivos de bacteriano
0
Nao tratar nem cultura
1 - 2
Cultura, tratar se positivo
3 - 5
Tratar sem cultura
nenhum escore tem acurácia suficiente para o diagnostico
Tratamento
Primeira escolha
Penicilina G benzina 50000 UI/kg
Amoxicilina 50 mg/kg/dia
Alternativa
Cefalosporina de primeira geração
Macrolideo
Diagnostico diferenciais
Escarlatina
Palidez ao redor da boca
Hash em dobras
Hipertrofia das papilas da lingua
Descamação de dedos
Herpangina causado pelo corcasaki virus
Dor de garganta + febre alta de 40 graus
Ulceras com halo eritematoso em palato e pilares amigdalianos
Sindrome mao, pe, boca causada também pelo corcasaki virus
Ulceras com halo eritematoso em palato
Microbolas e vesículas com eritema em mãos e pés
Febre faringoconjuntival, causada pelo adenovirus
Dor de garganta com hiperemia de uvula e pilares, exsudato amigdaliano
Sintomas gripais
Conjuntivite
Febre
Mononucleose, fecha-se o diagnostico com linfocitos atípicos no hemograma e sorologia por hepstein barr virus
Exsudato purulento e febre
Hash cutaneo
Hepatoesplenomegalia
Edema periorbitario bilateral
Linfonodo cervical dolorido
Otite media aguda
Introdução
Causa mais comum de prescrição de ATB no EUA
75% das crianças terão pelo menos 1 episodio de OMA ate 3 anos de vida
Fatores de risco
Sexo masculino
Idade entre 6 meses a 6 anos
Amamentação em posição horizontal e aleitamento artificial
Creche e tabagismo
Atopia, fissura palatina, refluxo, paralisia cerebral, sindrome de down, ipertrofia de tonsila faringea e rinossinusite
Uso de chupeta
Pobreza
Genetica
Inverno
IVAS previo
Fisiopatologia
Obstrução da tuba
Acumulo de muco
Reação piogênico
Abaulamento da membrana timpanica levando a dor e febre
Perfuração da membrana timpanica levando a otorreia
Quadro clinico
Otalgia
Vem do nada e some do nada
Choro excessivo, irritabilidade, acordar a noite, apetite, segurar a orelha
Febre alta
Membrana timpanica
Abaulamento, cor, mobilidade, otorreia
Abaulamento é um dos principais achados para o diagnostico
, 75% das crianças que tem abaulamento de MT possuem cultura +
Exemplo de membrana timpanica normal: translúcida, cinza perolada e aparência de vidro fosco
Etiologia
Bacteriana
S. Pneumoniae
H. influenzae
M. Catarrhalis
Diagnostico
Pelo menos 1
Abaulamento moderado a grave da membrana timpanica
Abaulamento leve da membrana timpanica e sintomas em menos de 48 horas ou hiperemia intensa de membrana timpanica
Otorreia que nao é secundaria a OEA
Ausencia de efusao de ouvido medio exclui OMA
Pode ser visto através do otoscópio pneumático que consegue mobilizar o tímpano para dentro e para fora, se o tímpano nao se mover é sinal de liquido
Se mastoidite (edema, eritema, deslocamento do pavilhão auricular) = internação
Diagnostico diferenciais
Otite externa aguda
Natação
Otalgia pior com mastigação e compressão de tragus
TTO = ATB topico
Tratamento
Analgesia
ATB
Quando tratar
Se criança < 6 meses ou com comorbidades (down, malformacões)
OMA grave (otalgia grave ou > 48 horas ou TAX > 39 graus)
Otalgia grave = Chora de dor
OMA leve (otalgia leve e < 48 horas e TAX < 39 graus)
Se < 2 anos e bilateral = tratar
Se > 2 anos = Nao tratar
OMA com otorreia
Reavaliar em 48 horas
Qual ATB usar
Amoxicilina
Amoxicilina + clavulonato
Usar se
Recebeu amoxicilina nos últimos 30 dias
Conjuntivite purulenta
OMA que nao melhora apos 48 a 72 horas de amoxicilina
Tempo de tratamento
Menor que 2 anos ou quadro grave = 10 dais
Maior que 2 anos e quadro leve a moderado
Se 2 a 5 anos = 7 dias
Se maior que 6 anos = 5 a 7 dias