Entorses e Distensões Musculoesqueléticas
Definição:
Fraturas do tornozelo
Tipos de fraturas
Fatores de risco:
Quadro clínico
complicações
Etiologia: Ocorre decorrente uma força rotatória oposta ao maléolo que resulta em fratura
Classificação
Tratamento
Etiologia:
- Contusão muscular: ocorre quando um músculo é submetido a uma força compressorabintensa e subida, como uma pancada direta no músculo. Geralmente ocorre em esportes de contato.
- Distensão muscular ou laceração: Uma força de tensão excessiva aplicada ao músculo leve ao estiramento excessivo das miofibrila, e a uma ruptura próxima da junção músculotendinoso.
Fatores de risco:
- Tipo de esporte
- Variação anatômica
- Exercício excêntrico
- Arquitetura penada dos músculos e fibras musculares tipo dois ( Contração rápida )
- Músculo-tendão que abrangem duas articulações
Avaliação Diagnóstica
Tratamento
Classificação de acordo com o mecanismo de lesões:
- Graus de lesão muscular- Classificação de O’DONOGHE:
- Grau 1: sem perda de força e função; baixo grau de inflamação; perda mínima integridade estrutural da unidade musculotendínea.
- Grau 2: Ruptura parcial; perda moderada de força; pode haver edema muscular e hematoma localmente.
- Grau 3: Ruptura completa e perda significativa de função.
Definição: Fraturas de baixa energia em que um ou mais maléolos, médial, lateral e posterior estão quebrados
-> As lesões musculares ocorrem em decorrência de trauma direto e indireto:
- Lesão indireta: Distensão muscular, sem contato direto; As lesões ocorrem na junção musculotendinosa; frequentemente ocorre devido à contração excêntrica. As contrações excêntricas diminuem a velocidade ou interrompem os movimentos (ex: ao abaixar um peso).
- Indireta: Dor muscular de inicío tardio; ocorre 24-48 horas após exercícios físicos não rotineiros; resolve-se em até 5 a 7 dias; exercícios excêntrico. Esse tipo de exercício se relaciona com alongamento forçado do músculo em contração.
- Lesão direta: Força direta; pode ocorrer miosite ossificante.
Morfológica (OTA): morfologia das fraturas do maléolo lateral
Tipo A: infrassindesmal
Tipo B: transindesmal
Tipo C: suprassindesmal.
Classificação de Lauge-Hansen
Supinação: lesões de adução
Supinação: lesões de rotação externa
Pronação: lesões de abdução
Pronação: lesões de rotação externa
- Descartar fratura de tornozelo associada (regras do tornozelo de Ottawa)
- RX do tornozelo (obrigatórias na presença de dor maleolar associada à dor na digito-pressão maleolar ou incapacidade de sustentar o peso)
- RX do pé: obrigatório na presença de dor no médio-pé associada à dor na digitopressão da base do quinto metatarso ( fratura de Jones) ou incapacidade de sustentar o peso no tornezelo afetado.
Classificação de Gustillo-Anderson
Tipo I: ferida até 1 cm com lesão de partes moles mínima. Contaminação mínima. Fratura transversa/oblíqua curta.
Tipo II: ferida de 1-10 cm com lesão de partes moles moderadas. Esmagamento mínimo/moderado. Contaminação moderada. Fratura transversa ou oblíqua curta/mínima cominuição.
Tipo III: ferida com mais de 10 cm com extensa lesão de partes moles e/ou esmagamento. Grande contaminação. Trauma de alta energia.
IIIA: adequada cobertura óssea com partes moles, apesar de lacerações e retalhos presentes.
IIIB: lesão extensa, não permitindo cobertura óssea, necessitando de reconstituição cirúrgica.
IIIC: lesão arterial que necessita de reparo cirúrgico.
Queda de baixa energia
Inversão do tornozelo
Lesões esportivas
Quedas de escada e de altura
Acidentes com veículo automotor
epdemiologia
- comum em > 65 anos, mulheres idosas, brancas
Em < 65 anos, predomínio masculino
Padrão de fratura + comum: fratura isolada da fíbula, seguida de fratura bimaleolar, fratura trimaleolar e fratura isolada do maléolo medial.
Mecanismo + comum é queda
Com desvio x sem desvio
Fraturas do tornozelo sem desvio não exibem deslocamento nas fraturas e apresentam uma articulação do tornozelo (encaixe) congruente
Deslocamento x ausência de deslocamento do tálus
O deslocamento talar indica que o tálus não está anatomicamente encaixado debaixo da tíbia. Isso ocorre se o maléolo medial estiver fraturado ou se o ligamento deltoide estiver rompido.
O deslocamento talar mais comum refere-se à lateralização do tálus abaixo da tíbia
Redutível x irredutível
Redutível: fratura colocada novamente em uma posição anatômica ou próxima da posição anatômica → reduzir ou "colocar de volta" o tálus em sua posição anatômica abaixo da tíbia.
Exposta x fechada
Exposta é aquela que se comunica com a pele e é sinônimo do termo fratura composta.
Bimaleolar, trimaleolar
Bimaleolar: 2 maléolos fraturados, geralmente o lateral e o medial.
Trimaleolar: 3 maléolos fraturados: o maléolo medial, o lateral e o posterior
Lesão sindesmal
Pode estar associada à ruptura da sindesmose tíbio-fibular.
Cominutiva x não cominutiva
Fratura que apresenta mais de 2 fragmentos fraturados.
Osteoporose, quedas múltiplas, queda de baixa energia, lesão por inversão no tornozelo, prática de esportes
Dor local + edema sobre os maléolos acometidos
É a lesão de ligamentos, que pode ser parcial ou total.
Incapacidade de sustentação do membro
Fratura de Maisonneuve: dor + edema em fíbula proximal + dor na perna e tornozelo
- Nas lesões esportivas existem dois tipos:
- As lesões traumáticas: É a maioria dos casos, geralmente ocorre de forma indireta (sem contato), nos membros inferiores e mais em competições do que em treinos. Os músculos mais lesados são: Isquiotibiais (bíceps é o mais comum); Adutores; Quadríceps e Panturilha.
- As lesões causas por sobrecarga:
- Concêntrica: Você contrai o músculo e há um encurtamento do comprimento dele.
- Excêntrica: Você contrai o músculo com um peso, por exemplo, aí vai alongando o músculo e ele continua contraído. É onde o músculo é mais susceptível a lesão.
- Isométrica: É aquela contração feita sem que haja movimento, ele não incurta e nem alonga
Não consolidação da fratura
Irritação dos componentes
Infecção
monitoramento
Fraturas instáveis, sem cirurgia, mas com gesso: acompanhar semanalmente com raio-x e remoção do gesso em até 6 semanas
Fraturas de manejo cirúrgico: revisão clínica no em 2 semanas e remoção do gesso em 6 semanas
Reabilitação + revisão clínica e radiográfica 3 meses após a lesão iniciada para fraturas tratadas com ou sem cirurgia
O tratamento é conservador pelo método:
PRICE
-Proteção
- Repouso
-Ice (gelo)
- Compressão
- Elevação
Realiza o método PRICE por 72h + fisioterapia de reabilitação
orientação ao paciente
Cuidados com o gesso e ao estado específico de sustentação de peso → mantê-lo seco e não colocar nada dentro dele.
Sintomas de trombose venosa profunda (TVP) e da síndrome compartimental (se o gesso for aplicado muito apertado),
Aumento da dor que pode ser decorrente dos pontos de pressão do gesso.
Em caso de cirurgia, acrescentar: , possível infecção no local da cirurgia
Após retirar o gesso: autotratamento com exercícios e volta a rotina
Tratamento não cirúrgico: gesso com o sem apoio por 6 meses + analgesia/ AINES + manejo funcional com amplitude controlada
Tratamento cirúrgico: Quando há fraturas expostas e requerem tratamento de emergência com fixação interna.
Epidemiologia:
- De 30-50% das lesões musculoesqueléticas (tendão/ músculo/ osso) atendidas, são lesões de tendão e ligamento.
- A lesão aguda do tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas mais comuns, tantos em atletas como em sedentários;
- Mulheres com mais de 30 anos tiveram uma incidência maior em comparação com os homens;
- Mais de 90% das lesões esportivas consistem em contusões ou distensões.
Investigação diagnóstica:
Exame Físico:
- Uma distensão com ruptura completa geralmente produz uma fenda pronuncia da no contorno normal do músculo, com uma massa sob a pele no local onde as porções rompidas do músculo se separam.
- Pode haver presença de calor sobre a lesão que irradia para área adjacente.
- Sensibilidade localizado no local do ligamento ou músculo afetado.
- Inchaço e hematoma
- Perda de Função
- Testes:
- Teste de Simmonds/Thompson: teste de aperto da panturrilha positivo.
- Teste de Matles: para avaliar ruptura do tendão de Aquiles.
Ressonância magnética: Para avaliar lesões ligamentares e danos articulares
Raio - X de tornozelo
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Regra de Ottawa: incapacidade de suportar peso sem auxílio imediatamente após a lesão ou dar 4 passos com ou sem mancar no departamento de emergência
Exame físico: Observar edema + equimose + aumento de sensibilidade
História Clínica:
- Início Agudo dos sintomas
- Mecanismo de lesão
- Dor intensa
- Edema
- Hematomas
- Fraqueza
- Lesão Prévia
- Sintomas com duração superior a alguns dias
Exames de Imagem
- RX: Solicitado apenas se houver necessidade de descartar fraturas ou suspeita de fratura exigindo tratamento específico.
- RNM: Pode ser útil para confirmar o diagnóstico, determina extensão da lesão e principalmente diferenciar ruptura parcial de completa.
- USG: Pode ser usada para definir natureza da distensão muscular e a extensão da lesão.
Artroscopia Diagnóstica: Útil na avaliação quando há alguma lesão associada que precisa ser avaliada ao mesmo tenpo, exemplo: descartar lesão osteocondrial na entorse de tornozelo.
Alunas: Steffany Araujo Soares, Larissa Lima, Hannah Lopes, Hellem Kássia, Eryka Nadja.