DOENÇA MENINGOCÓCICA
ETIOLOGIA
Neisseria meningitidis (meningococo)
Transmissão
Gram - , aeróbio
12 sorotipos de acordo com a composição da cápsula polissacarídica
A,B,C,Y,W,X responsáveis pela doença invasiva
Capacidade de permutar o material genético
Modifica a composição antigênica
Prejudica a imunização
Contato direto com secreções respiratórias
Reservatório
Homem
Coloniza a nasofaringe
Assintomáticos e sintomáticos transmitem
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Período de transmissibilidade
Até sua persistência na nasofaringe
Fatores de risco
< 5 anos
IVAS rescente
Deficiência de componentes do sistema complemento
Asplenia
Deficiência de properdina
Aglomeração em domicílio
Incubação: 2-10 dias
24h se tratamento adequado
Desenvolvimento de doença na forma invasiva
Virulência da cepa
Condições imunitárias do hospedeiro
Capacidade de eliminar o agente na corrente sanguínea
Contribuição do baço
Meningite meningocócica
Meningococcemia
Disseminação do meningococo na corente sanguínea
Abrupto ou incidioso
Sinais e sintomas específicos
Sintomas inespecíficos comuns
Letargia e irritabilidade
Febre
Cefaleia
Artralgia e mialgia
Dificuldade respiratória
Vômitos e náuseas
Lesões petequiais
Rigidez de nuca
Alteração do estado mental
Choque
Convulsão
Déficit neurológico focal
Sinais e sintomas específicos
Lesões petequias
Choque e CIVD
Dor na perna
Estado clínico precário/tóxico
SINAIS MENÍNGEOS NO LACTENTE: difícil pesquisa e rigidez de nuca nem sempre presente -> exame da fontanela bregmática = abaulamento e/ou aumento de tensão da fontanela + febre, irritabilidade,inapetência e vômito
SINTOMATOLOGIA DO LACTENTE JOVEM: hipotermia, rescusa alimentar, cianose, convulsões, apatia, irritabilidade, respiração irregular e icterícia; febre nem sempre está presente
Síndrome de Waterhouse-Friderichsen
Febre
Sinais clínicos de choque
Cefaleia
Mialgia
Vômitos
DIAGNÓSTICO
Cultura
Bacterioscopia direta
Aglutinação pelo látex
Reação em cadeia da polimerase (PCR)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Pesquisada no LCR, sangue ou raspado de lesões petequiais
Padrão-ouro (alta especificidade)
LCR ou raspagem de lesões petequiais
Detacção do antígeno no LCR
Falso positivo em portadores do fator reumático em reação cruzada com outros agentes
Detecta o DNA da bactéria em amostras de LCR, soro sangue total ou fragmentos de tecido
Formas leves
Meningococcemia
Doenças exantemáticas
IVAS
Sepse de outras etiologias
Síndromes febris hemorrágicas
Síndromes ictérico-hemorrágicas
Outras etiologias bacterianas de meningite
TRATAMENTO
Antibioticoterapia + tratamento de suporte
Instituir antibiótico logo após coleta de LCR e hemocultura
Antibióticos de escolha
Crianças
Ampicilina EV 6/6h durante 5-7 dias
Ceftriaxona EV 12/12h durante 5-7 dias
Penicilina EV de 4/4h durante 5-7 dias
Adultos
Ceftriaxona EV 12/12h durante 7 dias
Terapia de suporte
Reidratação e assistência
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Quimioproflaxia
Indicada para contatos próximos de caso suspeito
Moradores do mesmo domicílio
Comunicantes de creches e escolas
Pessoas expostas diratamente a secrecção do paciente
Profissionais da saúde que realizaram procedimentos invasivos sem EPI
Esquema quimioprofilático
Escolha inicial
Rifampicina 12/12h durante 2 dias
Alternativos
Ceftriaxona IM dose única
Ciprofloxacino VO dose única
Imunização
Independe do esquema vacinal
Meningo C (conjugada)
3,5 e 12 meses de idade
Meningo ACWY
Incorporada ao PNI
11 a 12 anos de idade
Meningo B
Indisponível no SUS
3 doses
1 dose