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Meningite M, Referências: Meningites Bacterianas e Virais. Autor:…

- - - - O médico começa por fazer perguntas sobre os sintomas do paciente e sua história médica.
      - O exame físico pode incluir testes de reflexos, avaliação da sensibilidade e mobilidade, além de avaliação neurológica.
    - - Punção lombar: é o procedimento padrão para obtenção de líquido cefalorraquidiano para análise.
      - O LCS é examinado quanto à sua aparência (claridade, cor), pressão de abertura, contagem de células, presença de células inflamatórias e níveis de glicose e proteínas.
      - A presença de células brancas (leucócitos) indica uma resposta inflamatória e pode sugerir uma infecção.
    - - Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM) do cérebro e da medula espinhal podem ser realizadas para identificar anormalidades estruturais, como abscessos, tumores ou hemorragias.
      - Esses exames também podem mostrar sinais indiretos de infecção meníngea, como aumento do espaço subaracnoideo.
    - - Cultura de Líquido Cerebrospinal: pode identificar o agente infeccioso causador da meningite, ajudando a direcionar o tratamento antibiótico.
      - Reação em Cadeia da Polimerase (PCR): uma técnica sensível que pode detectar o DNA ou RNA de patógenos específicos no LCS, mesmo em pequenas quantidades.
    - - Hemograma completo: pode mostrar sinais de inflamação, como aumento do número de leucócitos.
      - Testes sorológicos: podem detectar anticorpos específicos contra patógenos infecciosos, ajudando no diagnóstico etiológico.
    - - Testes de Sensibilidade Antibiótica: são realizados para determinar a sensibilidade dos patógenos a diferentes antibióticos, ajudando a guiar o tratamento.
      - Testes de Antígeno: podem detectar antígenos específicos de patógenos, como o antígeno de cápsula de Streptococcus pneumoniae ou Haemophilus influenzae tipo b.
    - - A presença de sintomas específicos, como febre, rigidez de nuca, dor de cabeça intensa, confusão mental, vômitos frequentes e fotofobia, pode sugerir uma síndrome meníngea.
      - A gravidade e a progressão dos sintomas também são levadas em consideração no diagnóstico diferencial.
  - - - A meningite é uma inflamação das meninges, as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal.
      - Causas comuns incluem infecções bacterianas, virais e fúngicas.
      - Formas de transmissão
        
        Bacteriana: geralmente transmitida através de gotículas respiratórias de uma pessoa infectada ao tossir, espirrar ou falar.
        
        Viral: frequentemente transmitida por contato próximo com uma pessoa infectada ou pelo contato com secreções respiratórias.
        
        Fúngica: menos comum e geralmente ocorre em pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, podendo ser transmitida por inalação de esporos fúngicos.
    - - A encefalite é uma inflamação do cérebro, muitas vezes causada por vírus.
      - Os vírus mais comuns associados à encefalite incluem o herpes simplex, o vírus do Nilo Ocidental e o vírus da imunodeficiência humana (HIV).
      - Formas de transmissão
        
        Herpes simplex: pode ser transmitido através de contato direto com feridas abertas ou saliva de uma pessoa infectada.
        
        Vírus do Nilo Ocidental: transmitido principalmente por picadas de mosquitos infectados.
        
        HIV: geralmente transmitido através de contato sexual desprotegido, compartilhamento de agulhas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação.
    - - Os abscessos cerebrais são acúmulos de pus no cérebro, geralmente causados por infecções bacterianas.
      - As bactérias mais comuns associadas aos abscessos cerebrais incluem Staphylococcus aureus e Streptococcus.
      - Formas de transmissão
        
        Geralmente resultam de infecções em outras partes do corpo que se espalham para o cérebro através da corrente sanguínea, como infecções dentárias ou pulmonares.
        
        Também podem ocorrer como complicações de ferimentos na cabeça ou cirurgias cranianas.
    - - Uma forma de tuberculose que afeta as meninges e o cérebro.
      - É causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis.
      - Formas de transmissão
        
        Transmitida através do contato próximo com uma pessoa infectada que possui tuberculose ativa, principalmente por via aérea, quando a pessoa infectada tosse ou espirra.
    - - Causada pela infestação de larvas do parasita Taenia solium no sistema nervoso central.
      - As larvas podem se alojar no cérebro, na medula espinhal ou nas meninges.
      - Formas de transmissão
        
        Consumo de alimentos contaminados com ovos do parasita, especialmente carne de porco mal cozida ou água contaminada com fezes humanas infectadas.
    - - Uma infecção rara e geralmente fatal do SNC causada pelo protozoário Naegleria fowleri, conhecido como "ameba comedora de cérebro".
      - A infecção ocorre quando a água contaminada entra no nariz e atinge o cérebro.
      - Formas de transmissão
        
        Geralmente ocorre durante atividades recreativas em água doce, como natação ou mergulho, em lagos, rios ou fontes termais contaminadas.
  - - - As meninges consistem em três camadas principais: a dura-máter, a aracnoide e a pia-máter.
      - Dura-máter: é a camada mais externa e resistente. É formada por tecido conjuntivo denso e fibroso.
      - Aracnoide: é uma camada intermediária composta por tecido conjuntivo frouxo que contém vasos sanguíneos e fluido cerebrospinal.
      - Pia-máter: é a camada mais interna e delicada, aderindo diretamente à superfície do cérebro e da medula espinhal.
    - - Entre a dura-máter e a aracnoide, há o espaço subdural, que normalmente é uma fina camada de fluido.
      - O espaço subaracnoideo, localizado entre a aracnoide e a pia-máter, contém uma quantidade significativa de líquido cerebrospinal (LCS), que serve para amortecer e proteger o sistema nervoso central.
    - - Proteção: as meninges fornecem uma barreira física que protege o cérebro e a medula espinhal contra danos mecânicos.
      - Suporte: elas mantêm a posição correta do cérebro e da medula espinhal dentro do crânio e da coluna vertebral.
      - Nutrição: as meninges fornecem vasos sanguíneos que nutrem o tecido nervoso.
      - Produção e circulação do LCS: as meninges desempenham um papel importante na produção, circulação e absorção do líquido cerebrospinal, que fornece um meio de transporte para nutrientes, remove resíduos metabólicos e fornece flutuação mecânica para o cérebro.
    - - As meninges são altamente vascularizadas, com uma rede de vasos sanguíneos que fornecem oxigênio e nutrientes aos tecidos nervosos.
      - A dura-máter é a camada mais vascularizada, com uma rica rede de vasos sanguíneos que fornecem sangue para a superfície externa do cérebro.
      - A pia-máter também é vascularizada e fornece sangue diretamente aos tecidos nervosos.
    - - O LCS é um fluido claro que preenche os espaços entre as meninges.
      - Ele é produzido pelos plexos coroides nos ventrículos cerebrais.
      - O LCS circula pelo sistema ventricular do cérebro e pelo espaço subaracnoideo, fornecendo suporte estrutural, removendo resíduos metabólicos e mantendo um ambiente químico estável para as células nervosas.
    - - As meninges ajudam a manter uma barreira hematoencefálica que regula o transporte de substâncias entre o sangue e o tecido nervoso.
      - Isso garante que substâncias nocivas ou indesejadas não alcancem facilmente o cérebro, protegendo-o de danos.
  - - - A vacinação é uma das medidas mais eficazes para prevenir a meningite.
      - Vacinas específicas estão disponíveis para prevenir infecções bacterianas causadoras de meningite, como:
        
        Vacina pneumocócica conjugada (PCV13) e vacina pneumocócica polissacarídica (PPSV23) para prevenir a meningite pneumocócica.
        
        Vacina meningocócica conjugada (MenACWY) e vacina meningocócica do grupo B para prevenir a meningite meningocócica.
        
        Vacina Hib para prevenir a meningite por Haemophilus influenzae tipo b.
      - É importante seguir o calendário de vacinação recomendado e garantir que todas as doses de vacinas sejam recebidas, especialmente em crianças e adolescentes.
    - - Lavar as mãos regularmente com água e sabão pode ajudar a prevenir a propagação de vírus e bactérias que podem causar meningite.
      - Praticar boa etiqueta respiratória, como cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, pode reduzir a transmissão de doenças respiratórias.
    - - Evitar contato próximo com pessoas que tenham uma infecção respiratória ou meningite pode reduzir o risco de contrair a doença.
      - Isso é especialmente importante em ambientes fechados, como escolas, creches, dormitórios e unidades militares, onde as doenças infecciosas podem se espalhar facilmente.
    - - Em situações específicas, como surtos de meningite bacteriana, pode ser recomendada a profilaxia antibiótica para pessoas que estiveram em contato próximo com um paciente infectado.
      - A administração de antibióticos pode ajudar a prevenir a disseminação da infecção entre contatos próximos.
    - - Em certos grupos de risco, como viajantes para áreas endêmicas de meningite, pessoas com sistema imunológico comprometido ou aquelas que vivem em instituições fechadas, a imunização específica pode ser recomendada.
    - - Campanhas educacionais e programas de conscientização podem ajudar a aumentar o conhecimento sobre a meningite, seus sintomas, formas de prevenção e a importância da vacinação.
      - Isso pode incluir materiais informativos, sessões de treinamento e campanhas de vacinação em comunidades vulneráveis.
  - - - Os antibióticos são a base do tratamento para meningite bacteriana.
      - A escolha do antibiótico inicialmente depende da suspeita do agente infeccioso e pode ser ajustada posteriormente com base nos resultados dos testes de sensibilidade.
      - Antibióticos comumente usados incluem ceftriaxona, cefotaxima, penicilina, ampicilina e vancomicina.
    - - A meningite bacteriana é uma emergência médica que requer hospitalização imediata.
      - O paciente é internado em uma unidade de cuidados intensivos (UCI) para monitoramento próximo e tratamento adequado.
    - - Durante a hospitalização, o paciente recebe suporte clínico para controlar os sintomas e complicações.
      - Isso pode incluir hidratação intravenosa, controle da dor e da febre, e tratamento de convulsões, se necessário.
    - - Em alguns casos de meningite bacteriana, especialmente aquelas causadas por Streptococcus pneumoniae, o uso de corticosteroides, como a dexametasona, pode ser recomendado.
      - Os corticosteroides ajudam a reduzir a inflamação meníngea e o risco de complicações, como danos neurológicos.
    - - Se houver formação de abscesso cerebral como complicação da meningite bacteriana, pode ser necessária drenagem cirúrgica para remover o pus e aliviar a pressão no cérebro.
    - - Pessoas próximas a um paciente com meningite bacteriana, especialmente se causada por Neisseria meningitidis, podem receber profilaxia antibiótica para prevenir a disseminação da infecção.
      - Isso é especialmente importante em ambientes fechados, como escolas, creches ou dormitórios.
    - - Após a alta hospitalar, o paciente pode precisar de acompanhamento médico regular para monitorar o progresso da recuperação e detectar possíveis complicações tardias, como deficiências neurológicas ou recorrência da infecção.