No Brasil, os primeiros casos de COVID-19 causados pela variante indiana foram confirmados na segunda quinzena de maio de 2021. Inicialmente, um caso no estado do Maranhão, seguido por casos notificados no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Paraná e em Goiás, totalizando mais de 100 casos até meados de julho de 2021.
As mutações na região RBD combinadas com a mutação no local de clivagem da furina podem resultar em aumento na ligação do vírus à ECA-2 e maior taxa de clivagem S1/S2, resultando em maior transmissibilidade. Além disso, um estudo demonstrou que apesar da maioria dos soros de indivíduos convalescentes e vacinados com Pfizer e Moderna ter capacidade de neutralizar a variante B.1.617, esta se mostrou seis a oito vezes mais resistente à neutralização quando comparada à cepa WA1/2020, cepa de referência para estudo do SARS-CoV-2 nos Estados Unidos da América.
Indivíduos infectados anteriormente com as variantes B.1.351 (Beta) e P.1 (Gama) são provavelmente mais suscetíveis à reinfecção pela cepa Delta.
Quanto mais proteínas spike sofrem mutações, mais difícil é para o sistema imunológico identifica-las e para os anticorpos se ligarem para a subsequente erradicação do vírus. Dessa forma, esta nova proteína spike que escapa do sistema imunológico permite uma melhor ligação às células humanas, infectando-as de forma mais eficaz, fazendo disso a variante delta mais transmissível ainda.