Na década de 1990, surgiram movimentos sociais originados da organização popular, como a luta por moradia e reforma urbana, além do Fórum Nacional e participação popular. O Fórum Social Mundial, apesar de protestar contra a globalização econômica, é tratado de forma separada do movimento antiglobalização no livro de Gohn, devido às suas diferenças organizacionais. O FSM, criado em 2002, possui um conselho internacional e um comitê brasileiro com entidades distintas. Novos sujeitos sociais surgiram nos movimentos sociais, como os éticos e políticos, que contribuíram para o processo democrático, e outros movimentos, como dos cara-pintadas, contra a corrupção, das mulheres, pela igualdade de gênero, e pela moradia, que reuniram diferentes classes sociais em manifestações.
Além disso, os movimentos dos anos 90 também abordaram questões de discriminação racial, como o movimento afro-brasileiro, em luta contra o preconceito desde a época da Princesa Isabel. Diversos grupos, como os indígenas e os funcionários públicos, também organizaram-se por suas reivindicações. As organizações sindicais e ecológicas surgiram para lutar por direitos dos trabalhadores e em defesa da natureza, diante da degradação ambiental causada pela atuação política e social. Embora tenham ocorrido avanços sociais, como distribuição de renda e geração de empregos nos anos 2000, ainda há necessidade de mobilização social para garantir políticas públicas que atendam às demandas da população e melhorem sua qualidade de vida.