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Variações Linguísticas e as Estruturas Textuais, Noções de texto e de…

- - - - Variedade:
        
        Exemplo: Sotaques regionais - "No Brasil, cada região tem um sotaque característico, como o sotaque paulista, carioca, gaúcho, entre outros."
        
        Variante:
        
        Exemplo: Senhor! (exclamação) vs. Senhor? (interrogação) - "A mesma palavra 'Senhor' pode ser usada de forma exclamativa ou interrogativa, dependendo do contexto."
        
        Exemplo: Lar (ambiente físico) vs. Lar (local sentimental) - "'Lar' pode se referir tanto ao ambiente físico onde vivemos quanto ao lugar ao qual nos sentimos sentimentalmente ligados."
        
        Níveis de Linguagem
        
        Culto:
        Exemplo 1: Classes intelectuais - "Professores e pesquisadores costumam usar uma linguagem culta em suas atividades acadêmicas."
        Exemplo 2: Uso formal - "Em situações formais, como discursos e apresentações, é esperado o uso de uma linguagem culta e polida."
        Exemplo 3: Sintaxe complexa - "Textos acadêmicos costumam apresentar uma sintaxe mais elaborada e estruturada."
        
        Coloquial:
        Exemplo 1: Uso cotidiano - "No dia a dia, as pessoas tendem a usar uma linguagem mais coloquial e informal."
        Exemplo 2: Limitação vocabular - "A linguagem coloquial pode ter uma variedade limitada de vocabulário em comparação com a linguagem culta."
        Exemplo 3: Gramática mais flexível - "Na linguagem coloquial, há maior flexibilidade gramatical e menos preocupação com normas formais."
        
        Popular:
        Exemplo 1: Pessoas de pouca escolaridade - "Pessoas com menos instrução tendem a usar uma linguagem popular, com gírias e expressões informais."
        Exemplo 2: Subpadrão linguístico - "A linguagem popular muitas vezes é considerada um subpadrão linguístico devido à sua informalidade e uso de gramática não padrão."
        Exemplo 3: Gírias, gramática incorreta - "A linguagem popular pode incluir gírias e formas gramaticais não padrão, como 'nóis vai' em vez de 'nós vamos'."
        
        Estes níveis caracterizam as chamadas variações diafásicas, as quais são marcadas por formalidade ou informalidade, a depender, é claro, do contexto em que estejam inseridas, bem como, das variáveis que cercam e modelam o processo comunicacional entre emissor e receptor.
        
        Pontos importantes:
        • Há distintos conceitos de variação linguística, entre os quais destacamos: variação, variável e variante.
        • Evidência de especificidades deixam claro a existência, extraoficial, de várias línguas dentro de uma mesma.
        • As características linguísticas variam por conta de fatores regionais, sociais, diatópicos ou de registro.
        • Os contextos determinam se a fala será mais atrelada a critérios gramaticais de norma culta ou se ocorrerá de modo informal e/ou popular.
        • Há diversos agentes motivadores de variação linguística e, cada um deles convive em paralelo com os demais
        • Em termos gramaticais, existe unicidade em torno da língua portuguesa formal, aquela pautada por exímia correção e coerência.
        
        Variações de Registro:
        
        Formal
        Exemplo 1: Obras científicas - "Livros acadêmicos e artigos científicos utilizam uma linguagem formal e técnica."
        Exemplo 2: Literatura clássica - "As obras literárias clássicas, como as de Machado de Assis, são conhecidas por sua linguagem formal e elaborada."
        
        Informal
        Exemplo 1: Bate-papos na internet - "As conversas em redes sociais tendem a ser informais, com uso frequente de gírias e abreviações."
        Exemplo 2: Revistas para jovens - "Revistas voltadas para o público jovem usam uma linguagem mais descontraída e próxima do coloquial."
- - - - Preconceito Cultural: está atrelado ao repúdio que parte da elite econômica e intelectual do Brasil possui com a cultura de massa e a cultura popular, em relação as variações linguísticas.
        
        Preconceito Regional: é evidenciado por pessoas que vivem em regiões mais desenvolvidas em termos empresariais e sociais, em relação aos habitantes de localidades mais pobres, seja no Brasil ou no exterior.
        
        Preconceito socioeconômico: se agarra ao fato de que uma parcela significativa de uma população tenha pouca instrução educacional e até mesmo não a tenha em nível algum. Se ampara, ainda, na concepção arcaica de que “filho de pobre, vai continuar sendo pobre”
        
        Preconceito religioso: ocorre, especialmente, com religiões de matriz africana, asiática ou que se vincule aos povos originários do Brasil ou de outros países colonizados por europeus e, popularmente, chamados de indígenas.