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AVE - Coggle Diagram
AVE
Diagnóstico
Histórico Clínico Detalhado
Um histórico cuidadoso é essencial, incluindo informações sobre sintomas prévios, tempo decorrido desde o início dos sintomas, eventos que precederam o AVE e fatores de risco.
A documentação de eventos como Acidente Isquêmico Transitório (AIT) anterior é relevante para o diagnóstico.
Exame Neurológico
Avaliação dos sinais neurológicos, incluindo força muscular, reflexos, coordenação, sensibilidade e outras funções cerebrais.
A Escala de AVC do NIH (National Institutes of Health) é comumente usada para avaliar a gravidade do déficit neurológico.
Imagem por Tomografia Computadorizada (TC)
A TC de crânio é frequentemente realizada como primeiro exame de imagem para detectar hemorragia intracraniana, identificar áreas de infarto e excluir outras condições.
Os achados na TC podem incluir desaparecimento da diferenciação entre substância branca e cinzenta, obscurecimento dos núcleos da base e sinal da artéria hiperdensa.
Angiografia Cerebral
A angiografia por tomografia computadorizada (angio-TC) ou angioressonância magnética (angio-RM) pode ser realizada para avaliar a vascularização cerebral, identificar obstruções ou estenoses vasculares e planejar intervenções terapêuticas.
Ultrassonografia Doppler Transcraniana (TCD)
A TCD é útil na avaliação do fluxo sanguíneo cerebral, detectando estenoses, oclusões ou vasoespasmo.
Pode ser usado para monitorar o fluxo sanguíneo durante o tratamento ou para avaliar o risco de eventos futuros.
Eletrocardiograma (ECG) e Ecocardiografia
São realizados para avaliar a função cardíaca e identificar arritmias cardíacas, coágulos sanguíneos ou outras condições cardíacas que possam contribuir para o AVE.
Exames Laboratoriais
Testes laboratoriais como glicemia, hemograma completo, coagulograma e eletrólitos são realizados para avaliar a função metabólica e identificar fatores de risco adicionais.
Ressonância Magnética (RM)
A RM fornece imagens mais detalhadas do cérebro, ajudando a detectar lesões isquêmicas em estágios mais precoces e distinguir AVE de outras condições.
Técnicas como DWI (diffusion-weighted imaging) podem identificar áreas de isquemia cerebral imediatamente após o evento.
AVE
Morfofisiologia
Anatomia do Encéfalo:
Tronco Encefálico:
Composto pelo bulbo, pela ponte e pelo mesencéfalo.
Cerebelo:
Localizado abaixo do cérebro, é responsável pela coordenação motora e pelo equilíbrio.
Diencéfalo:
Formado pelo tálamo, pelo hipotálamo e pelo epitálamo, é responsável por funções como regulação da temperatura corporal, controle do sistema endócrino e processamento sensorial.
Telencéfalo (Cérebro):
O telencéfalo é composto pelo córtex cerebral e pelos núcleos da base e tem diversas funções, como o controle do movimento, da fala, da percepção sensitiva, da audição, da visão, o pensamento abstrato, a memória, a cognição
Lobos Cerebrais:
Lobo Frontal:
Responsável por movimentos voluntários, linguagem, habilidades cognitivas e controle comportamental e emocional.
Lobo Parietal:
Integração de informações sensoriais como toque, temperatura e dor, além de avaliação de tamanho, forma e distância.
Lobo Temporal:
Processamento de informações auditivas e codificação de memória, além de desempenhar papel importante na linguagem, percepção visual e processamento de afeto.
Lobo Occipital:
Responsável pela percepção visual, incluindo cor, forma e movimento.
Lobo Insular:
Faz parte do sistema limbico, responsavel pelo paladar e coordenamento de emoções
Irrigação Arterial do Encéfalo:
O encéfalo é irrigado pelas artérias carótida interna e vertebral.
As principais artérias incluem a cerebral anterior (face medial e superior), cerebral média (face lateral) e cerebral posterior (face inferior).
Círculo Arterial do Cérebro (Círculo de Willis):
Importante anastomose na base do encéfalo, formada pelas artérias comunicantes anterior e posterior, além das cerebrais anteriores e posteriores.
Garante um suprimento sanguíneo adequado ao cérebro, contribuindo para a proteção contra interrupções no fluxo sanguíneo.
Fisiopatologia e FR
Isquemico
Fisiopatologia :
Obstrução Vascular:
O AVE isquêmico ocorre quando um vaso sanguíneo que fornece sangue ao cérebro é bloqueado, interrompendo o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro.
Aterosclerose:
A principal causa de obstrução vascular é a aterosclerose, na qual placas de gordura se acumulam nas paredes das artérias, estreitando ou bloqueando o vaso.
Trombose e Embolia:
A obstrução pode ser devido a uma trombose, onde um coágulo sanguíneo se forma no local, ou uma embolia, onde um coágulo viaja de outra parte do corpo até o cérebro e fica preso em um vaso sanguíneo menor.
Redução do Fluxo Sanguíneo:
Com a obstrução, o suprimento de oxigênio e nutrientes para as células cerebrais é interrompido, levando à lesão e morte celular.
Fatores de Risco
Hipertensão arterial
Diabetes mellitus
Dislipidemia
Tabagismo
Obesidade e inatividade física
Idade avançada
História familiar de AVE
Fibrilação atrial
Doença cardíaca coronária
Hemorragico
Fisiopatologia do AVE Hemorrágico:
Ruptura Vascular:
No AVE hemorrágico, ocorre a ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, resultando em vazamento de sangue para o tecido cerebral circundante.
Aneurisma ou MAV:
A causa mais comum de hemorragia cerebral é a ruptura de um aneurisma cerebral ou uma malformação arteriovenosa (MAV), que são áreas de enfraquecimento ou anormalidades nos vasos sanguíneos cerebrais.
Hipertensão Arterial:
A hipertensão é um fator de risco importante para o AVE hemorrágico, pois pode enfraquecer os vasos sanguíneos cerebrais ao longo do tempo, predispondo à ruptura.
Lesão Vascular:
Outras condições, como traumatismo craniano ou uso excessivo de certos medicamentos anticoagulantes, podem causar lesões nos vasos sanguíneos cerebrais, aumentando o risco de hemorragia.
Fatores de Risco:
Hipertensão arterial
Aneurisma cerebral
Malformação arteriovenosa (MAV)
Traumatismo craniano
Uso de anticoagulantes
Idade avançada
História familiar de aneurisma ou MAV
Emergência
Protocolo na Emergência
Avaliação Rápida
Prioridade máxima para pacientes com suspeita de AVE.
Triagem rápida para identificar sintomas e sinais de alerta.
História Clínica
Obter informações sobre o início dos sintomas, histórico médico anterior, medicamentos em uso e fatores de risco cardiovascular.
Exame Neurológico Focado
Avaliação dos sintomas neurológicos, como fraqueza facial, alterações de fala, paralisia ou dormência em um lado do corpo.
Determinação do escore NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale) para avaliar a gravidade do comprometimento neurológico.
Exames de Imagem
Tomografia computadorizada (TC) de crânio sem contraste como exame inicial para diferenciar entre AVE hemorrágico e isquêmico.
Ressonância magnética (RM) em casos selecionados para avaliar a extensão do dano cerebral e identificar áreas de penumbra isquêmica.
Exames Laboratoriais
Glicemia capilar para excluir hipoglicemia, que pode mimetizar os sintomas do AVE.
Outros exames laboratoriais conforme necessário para avaliar fatores de risco vascular, como perfil lipídico, função renal e coagulação sanguínea.
Avaliação dos Fatores de Risco
Identificação e avaliação dos fatores de risco modificáveis, como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, obesidade e fibrilação atrial.
Discussão Multidisciplinar
Colaboração entre equipe médica, neurologistas, radiologistas e outros profissionais de saúde para determinar o plano de tratamento mais adequado.
Diferenciação entre AVE Hemorrágico e Isquêmico
Tomografia Computadorizada (TC)
O AVE hemorrágico geralmente mostra uma área de hiperdensidade no cérebro devido ao sangramento agudo, enquanto o AVE isquêmico pode revelar uma área de hipodensidade devido à falta de fluxo sanguíneo.
Sinais Clínicos
No AVE hemorrágico, os sintomas podem ser mais agudos e graves, com dor de cabeça súbita e intensa, náuseas, vômitos e diminuição do nível de consciência.
No AVE isquêmico, os sintomas podem ser mais graduais e incluem fraqueza, dormência, dificuldade de fala, visão turva e alterações de equilíbrio.
Escore NIHSS
Geralmente, o AVE hemorrágico tende a ter um escore NIHSS mais alto devido à gravidade dos sintomas neurológicos.
Exames Complementares
A angio-TC ou angioressonância pode ajudar a identificar a presença de sangramento ou obstrução dos vasos sanguíneos, auxiliando na diferenciação entre os dois tipos de AVE.
História Clínica e Fatores de Risco
A presença de fatores de risco cardiovasculares, como hipertensão não controlada ou uso de anticoagulantes, pode sugerir um AVE hemorrágico.
Tratamento
Isquêmico:
Trombólise Intravenosa:
Administração de agentes trombolíticos, como o ativador de plasminogênio tecidual (tPA), para dissolver o coágulo que obstrui o vaso sanguíneo.
Deve ser administrado dentro de um período específico após o início dos sintomas, geralmente até 4,5 horas.
Ajuda a restaurar o fluxo sanguíneo para a área afetada e limitar o dano cerebral.
Trombectomia Mecânica:
Remoção mecânica do coágulo utilizando dispositivos como stents e aspiradores.
Indicada em casos de oclusões de grandes vasos intracranianos, especialmente quando a trombólise intravenosa não é eficaz.
Geralmente realizada em conjunto com a trombólise intravenosa em pacientes elegíveis.
Medicamentos para Reduzir o Risco Secundário:
Administração de medicamentos antiplaquetários, anticoagulantes ou estatinas para reduzir o risco de eventos vasculares secundários.
Esses medicamentos ajudam a prevenir a formação de novos coágulos e a estabilizar a placa aterosclerótica.
Reabilitação e Cuidados Pós-AVE:
Início precoce da reabilitação física, ocupacional e da fala para maximizar a recuperação funcional.
Envolve terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia, adaptadas às necessidades individuais do paciente.
Foco na prevenção de complicações e na otimização da qualidade de vida a longo prazo.
Hemorrágico:
Controle da Pressão Arterial:
Redução cuidadosa da pressão arterial para evitar o agravamento do sangramento e o risco de danos adicionais ao cérebro.
Pode envolver o uso de medicamentos anti-hipertensivos e monitoramento regular da pressão arterial.
Cirurgia de Evacuação do Hematoma:
Em casos graves, especialmente quando há compressão do tecido cerebral ou hidrocefalia, pode ser necessária a remoção cirúrgica do hematoma.
A cirurgia ajuda a aliviar a pressão intracraniana e reduzir o risco de danos adicionais ao cérebro.
Níveis de Consciência
Monitoramento frequente da função neurológica, sinais vitais e níveis de consciência para detectar qualquer deterioração.
Cuidados de suporte, como manutenção das vias aéreas, controle da temperatura e prevenção de complicações, são essenciais.
Prevenção de Complicações:
Foco na prevenção de complicações, como edema cerebral, convulsões e infecções, que podem ocorrer após um AVE hemorrágico.
Uso de medicamentos, intervenções e cuidados de enfermagem adequados para otimizar o resultado clínico.