– Ativação de conhecimentos de mundo: o conhecimento prévio do leitor é colocado à prova no entendimento do texto.
– Antecipação ou predição de conteúdos ou propriedades dos textos: de acordo com a estrutura, disposição, finalidade e estilo de escrita, é possível que o leitor consiga identificar padrões para definir (ou predizer) sobre o que o texto fala.
– Checagem de hipóteses: o leitor checa sua predição inicial conforme lê.
– Localização e/ou cópia de informações: de acordo com a finalidade da leitura (estudo e aprendizagem, por exemplo), o leitor pode localizar informações relevantes e salvá-las para uso posterior.
– Comparação de informações: o leitor compara as informações do texto lido com outros textos já estudados, a fim de se certificar da veracidade/similaridade.
– Generalização (conclusões gerais sobre fato, fenômeno, situação, problema, etc. após análise de informações pertinentes): como nós seres humanos não guardamos informações longas fielmente em nossa memória (embora possamos anotar trechos significativos), portanto, costumamos resumir o que lemos a uma ideia geral para auxílio de nosso entendimento e síntese.
– Produção de inferências locais: no caso de dificuldades de compreensão, pela presença de, por exemplo, um vocabulário antigo ou estrutura diferenciada, descobrimos a época e contexto do texto a fim de ressignificar o termo de acordo com nossa interpretação.
– Produção de inferências globais: nem tudo é dito explicitamente e literalmente. Alguns textos necessitam que olhemos as “entrelinhas” (suas mensagens implícitas). A compreensão deste fator necessita de uma junção de conhecimentos de mundo e lógicos do leitor.
– Recuperação do contexto de produção do texto: deve-se situar quem é o autor e quem é o leitor. O que o autor pensa, no que acredita, o que gostaria de passar com esse texto e para quem ele fez esse texto, e se o leitor concorda/discorda, se encaixa ou não nesse público-alvo.
– Definição de finalidades e metas da atividade de leitura: as estratégias e usos do texto pelo leitor (além de como a leitura será percebida) serão definidos a partir do momento que o leitor define qual a finalidade se sua leitura (seja estudar, informar-se, orientar-se - como num manual de instruções, por exemplo - entreter-se, entre outros.)
– Percepção de relações de intertextualidade (no nível temático): relacionar o texto a outros textos já existentes, podendo ser cópias, respostas ou concordâncias ao texto atual.
– Percepção de relações de interdiscursividade (no nível discursivo): relacionar o discurso do texto a outros conhecidos, que se encaixem com o discurso vigente. Podem ser em paródias, ironias, citações, entre outros.
– Percepção de outras linguagens: presença de outros elementos que ativam nossa percepção (como grafismos, figuras, sons, mapas, entre outros) como forma de complemento.
– Elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas: criação de afeto, prazer ou gosto pela leitura atual. Se achamos bonito ou não, gostamos ou não gostamos, inclusive podendo nos levar à leitura de outros textos.
– Elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos: discutimos internamente com o que lemos. Concordamos, discordamos, criticamos, colocamos à prova e avaliamos seus valores.