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osteoporose Monsef, Osteoporose - Coggle Diagram
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Osteoporose
Fisiopatologia
Homeostase Óssea Normal:
Em condições normais, o osso está em um estado de equilíbrio entre a formação óssea e a reabsorção óssea. Isso é mantido pelo trabalho coordenado dos osteoblastos (células que sintetizam a matriz óssea) e osteoclastos (células que reabsorvem o tecido ósseo).
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Deficiências Hormonais:
Hormônios desempenham um papel crucial na regulação do metabolismo ósseo. A diminuição dos níveis de estrogênio em mulheres após a menopausa e a diminuição dos níveis de testosterona em homens mais velhos estão associadas a uma maior atividade dos osteoclastos e uma redução na formação óssea, levando à perda óssea.
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Envelhecimento:
O envelhecimento está associado a uma diminuição na densidade mineral óssea e na atividade dos osteoblastos, resultando em uma redução na formação óssea. Além disso, os níveis de estrogênio e testosterona tendem a diminuir com a idade, aumentando ainda mais o risco de osteoporose.
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Diagnóstico
História Clínica:
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Deve-se investigar idade, condições de saúde preexistentes, uso de medicamentos, histórico familiar de osteoporose, idade da menarca e menopausa, além de identificar possíveis fraturas recentes.
Exame Físico:
Pacientes com osteoporose grave ou múltiplas fraturas vertebrais apresentam características distintivas.
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Exames Laboratoriais:
É importante avaliar a função renal, os níveis séricos de cálcio e a atividade da fosfatase alcalina.
Testes para hipertireoidismo e hiperparatireoidismo, incluindo dosagem de TSH e PTH, são necessários.
Além disso, é essencial verificar os níveis de cálcio, fósforo, fosfatase alcalina e vitamina D.
Exames de Imagem:
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No entanto, pode revelar sinais como perda de trabéculas ósseas, fraturas torácicas em cunha e fraturas na região lombar, entre outras.
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Biópsia:
Em casos específicos, pode ser necessária para esclarecer condições relacionadas ao metabolismo ósseo.
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Metabolismo ósseo
Formação Óssea:
A formação óssea começa com a diferenciação de células mesenquimais em osteoblastos, que são células especializadas responsáveis pela síntese da matriz óssea.
Os osteoblastos secretam colágeno tipo I, uma proteína fibrosa que fornece a estrutura para o osso. Além disso, eles secretam proteoglicanos e glicosaminoglicanos, que são componentes da matriz extracelular.
Os osteoblastos também secretam proteínas reguladoras, como osteocalcina e osteopontina, que ajudam na mineralização da matriz óssea.
Durante a mineralização, íons de cálcio e fosfato são depositados na matriz óssea, formando cristais de hidroxiapatita, tornando o osso rígido e resistente.
Remodelação Óssea:
A remodelação óssea é um processo contínuo que envolve a reabsorção do osso velho e a formação de osso novo. Esse processo é mediado por células chamadas osteoclastos e osteoblastos.
Os osteoclastos são células multinucleadas derivadas de células progenitoras da medula óssea. Eles são responsáveis pela reabsorção do tecido ósseo, liberando cálcio e outros minerais na corrente sanguínea.
Os osteoblastos depositam nova matriz óssea nas áreas onde ocorreu a reabsorção, restaurando a integridade estrutural do osso.
A remodelação óssea é regulada por vários fatores, incluindo hormônios como o hormônio paratireoidiano (PTH), a calcitonina, o hormônio do crescimento (GH) e os hormônios sexuais (estrógeno e testosterona).
Regulação Hormonal:
O hormônio paratireoidiano (PTH) é secretado pelas glândulas paratireoides em resposta a baixos níveis de cálcio no sangue. Ele estimula a atividade dos osteoclastos, promovendo a reabsorção óssea e aumentando os níveis de cálcio no sangue.
A calcitonina, secretada pelas células C da glândula tireoide, tem o efeito oposto ao PTH. Ela inibe a atividade dos osteoclastos, reduzindo a reabsorção óssea e diminuindo os níveis de cálcio no sangue.
O hormônio do crescimento (GH) e os hormônios sexuais, como estrógeno e testosterona, também desempenham papéis importantes na regulação do metabolismo ósseo, promovendo o crescimento e a mineralização óssea.
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Tratamento
Não Farmacológico:
Dieta Adequada:
Ingestão recomendada de cálcio, magnésio e vitamina D.
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Exercícios Físicos:
Tipos de exercícios benéficos para a saúde óssea (ex: exercícios de resistência, peso, equilíbrio).
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Prevenção de Quedas:
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Uso de dispositivos de assistência (ex: corrimãos, tapetes antiderrapantes).
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Outras Considerações:
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Importância do acompanhamento médico regular para monitorar a saúde óssea e ajustar intervenções conforme necessário.
Farmacológico:
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Bifosfonatos:
Mecanismo de ação: Os bifosfonatos, como o alendronato e o ácido zoledrônico, são análogos do pirofosfato, inibindo seletivamente a atividade dos osteoclastos e promovendo a apoptose dessas células.
Indicações: São indicados para o tratamento e prevenção de osteoporose em mulheres na pós-menopausa e em homens com alto risco de fraturas.
Benefícios: Reduzem significativamente o risco de fraturas vertebrais e não vertebrais, aumentando a densidade mineral óssea e melhorando a qualidade do osso.
Riscos: Podem causar efeitos adversos gastrointestinais, como irritação esofágica e úlceras, além de risco raro, mas grave, de osteonecrose da mandíbula e fraturas atípicas do fêmur.
Denosumabe:
Mecanismo de ação: O denosumabe é um anticorpo monoclonal que se liga ao ligante do fator de ativação nuclear kappa B (RANK-L), inibindo a ativação dos osteoclastos e, consequentemente, a reabsorção óssea.
Indicações: É indicado para o tratamento de osteoporose em mulheres na pós-menopausa e em homens com alto risco de fraturas.
Benefícios: Reduz significativamente o risco de fraturas vertebrais e não vertebrais, melhorando a densidade mineral óssea e diminuindo a perda óssea.
Riscos: Pode causar efeitos colaterais como hipocalcemia, infecções do trato respiratório superior e dermatites, além de um risco aumentado de fraturas atípicas do fêmur e osteonecrose da mandíbula.