Em obesos, há aumento da atividade da enzima aromatase, que transforma a testosterona em estradiol, no tecido adiposo. O aumento de estradiol na corrente sanguínea suprime a produção de testosterona por feedback negativo, levando à diminuição da lipólise e aumento da deposição de gordura abdominal. Esse efeito é visto, por exemplo, na terapia de deprivação androgênica, realizada em pacientes com câncer de próstata.
A testosterona e seu metabólito (5alfa-di-hidrotestosterona) estimulam a expressão do gene NOS (óxido nítrico sintetase), o que aumenta os níveis de NO (importante vasodilatador) no tecido erétil do corpo cavernoso.
A testosterona atua também sobre a enzima fosfodiesterase-5 (PDE-5). Quando a testosterona estimula o gene NOS, que aumenta a síntese de NO, aumenta consequentemente a ação da PDE-5 e quando a regulação da testosterona cessa para o gene NOS, cessa também para a PDE-5.
O óxido nítrico é liberado nas fibras pré-sinápticas do nervo cavernoso e células endoteliais, e é
responsável por iniciar e manter o relaxamento das células do músculo liso vascular.
A difusão do NO na fenda sináptica ativa a guanilato ciclase. A guanosina trifosfato é convertida em monofosfato de guanosina cíclico (GMPc), desencadeando o sequestro de cálcio intracelular no retículo endoplasmático. O relaxamento do músculo liso ocorre conforme os níveis de cálcio sistólico diminuem. A PDE-5 converte o GMPc em guanosina 5’-monofosfato, permitindo que os níveis de cálcio se normalizem.