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Doenças Congênitas do Quadril - Coggle Diagram
Doenças Congênitas do Quadril
Doenças Congênitas do Quadril
OBJ 3
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ):
Caracterizada por um desenvolvimento anormal da articulação coxofemoral.
Pode variar de uma forma leve, em que o acetábulo é apenas ligeiramente raso, a formas graves com instabilidade da articulação e risco de luxação.
Se não diagnosticada e tratada precocemente, pode levar a complicações como a luxação congênita do quadril.
Luxação Congênita do Quadril (LCQ):
Refere-se à condição em que a cabeça do fêmur está parcial ou totalmente fora da cavidade do acetábulo.
Pode ser detectada durante o exame físico do recém-nascido, apresentando sinais como assimetria das pregas cutâneas ou limitação de movimento do quadril.
Se não tratada precocemente, pode resultar em problemas de desenvolvimento e função do quadril.
Doença de Legg-Calvé-Perthes (LCP):
É uma condição na qual ocorre uma interrupção temporária do suprimento sanguíneo para a cabeça do fêmur, levando à necrose avascular.
Isso resulta na morte do tecido ósseo na cabeça do fêmur, causando dor, claudicação e limitação de movimento.
Conforme a cabeça do fêmur se regenera, pode ocorrer deformidade da articulação do quadril.
Epifisiólise Femoral Proximal:
É uma condição em que ocorre o deslocamento da epífise femoral proximal da sua posição normal na placa de crescimento.
Geralmente ocorre durante a adolescência, quando há um rápido crescimento ósseo.
Causa dor no quadril, claudicação e limitação de movimento, sendo mais comum em meninos obesos e adolescentes.
OBJ 2
Distrofia Fibrosa:
Uma doença rara do desenvolvimento ósseo que leva à formação de tecido fibroso ao redor das áreas afetadas do osso.
Pode resultar em deformidades ósseas, incluindo na região do quadril.
Espondilolistese Congênita:
Uma condição em que uma vértebra se desloca para frente em relação à vértebra adjacente, geralmente na região lombar.
Pode causar compressão dos nervos espinhais e dor lombar, afetando indiretamente a articulação do quadril devido à alteração postural.
Osteocondrite Dissecante:
Uma condição na qual ocorre a morte de uma porção do osso devido à interrupção do suprimento sanguíneo.
Pode afetar a cabeça femoral, levando à formação de áreas de necrose e fragmentação do osso, o que pode afetar a função do quadril.
Sinostose Sacroilíaca Congênita:
Fusão anormal das articulações sacroilíacas, que são as articulações entre o sacro e os ossos ilíacos da bacia.
Isso pode levar a uma limitação significativa da mobilidade pélvica e afetar a biomecânica do quadril.
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ):
Definição:
A DDQ é uma condição na qual o quadril não se desenvolve adequadamente durante a infância, resultando em uma articulação malformada.
Causas:
A causa exata não é completamente compreendida, mas fatores genéticos e ambientais podem desempenhar um papel.
Fatores como posição intrauterina, história familiar e fatores hormonais podem contribuir para o desenvolvimento da DDQ.
Características:
Geralmente diagnosticada em bebês ou crianças pequenas.
Pode variar de leve a grave.
Pode afetar um ou ambos os quadris.
Pode levar à luxação congênita do quadril se não tratada.
Sintomas:
Os sintomas podem variar, mas podem incluir assimetria das pregas cutâneas, limitação de movimento do quadril, claudicação e diferença no comprimento das pernas.
Morfofisiologia
Anatomia do Quadril:
Ossos do Quadril:
Fêmur
Ílio
Ísquio
Púbis
Articulação Coxofemoral:
Tipo de articulação: sinovial esferoidal
Permite movimentos de flexão, extensão, abdução, adução e rotação.
Cápsula Articular:
Envolve a articulação do quadril.
Composta por tecido fibroso.
Contém o líquido sinovial.
Ligamentos do Quadril:
Ligamento Iliofemoral
Ligamento Pubofemoral
Ligamento Isquiofemoral
Ligamento Redondo da Cabeça do Fêmur
Cartilagem Articular:
Recobre as superfícies articulares do fêmur e do acetábulo.
Reduz o atrito e absorve choques durante o movimento.
Músculos do Quadril:
Flexores (ex: iliopsoas)
Extensores (ex: músculos da coxa posterior)
Abdutores (ex: glúteo médio e mínimo)
Adutores (ex: adutores da coxa)
Rotadores (ex: piriforme, gêmeos)
Fisiologia do Quadril:
Movimentos do Quadril:
Flexão e Extensão: Movimentos para frente e para trás.
Abdução e Adução: Movimentos para longe e em direção ao corpo, respectivamente.
Rotação Interna e Externa: Movimentos de torção da coxa para dentro e para fora.
Estabilidade e Suporte de Peso:
O quadril suporta o peso do corpo durante a posição em pé e durante a locomoção, transmitindo a carga do tronco para os membros inferiores.
Importância na Locomoção:
O quadril desempenha um papel crucial na marcha e na corrida, permitindo a propulsão, estabilidade e absorção de choque durante o movimento.
Vasos Sanguíneos e Nervos:
O suprimento sanguíneo para o quadril é fornecido pela artéria femoral, enquanto a inervação é realizada pelo nervo femoral e pelo nervo ciático, entre outros.
Bursas:
Pequenas bolsas de líquido sinovial que ajudam a reduzir o atrito entre os tendões, músculos e ossos próximos à articulação do quadril.
Diagnóstico
Exame Físico:
Durante o exame físico, o médico realizará uma avaliação cuidadosa do quadril da criança, observando a simetria das pregas cutâneas, a amplitude de movimento, a presença de dor ou claudicação e qualquer assimetria ou deformidade evidente.
Testes Clínicos:
Testes clínicos específicos podem ser realizados para avaliar a estabilidade e a integridade da articulação do quadril. Por exemplo, o teste de Galeazzi pode ser usado para detectar diferenças de comprimento das pernas, enquanto o teste de Ortolani e Barlow é usado para diagnosticar luxação congênita do quadril em bebês.
Imagens de Diagnóstico:
Radiografias
: São frequentemente realizadas como o primeiro exame de imagem para avaliar a anatomia do quadril. Podem ser realizadas em diferentes projeções para visualizar as estruturas ósseas e detectar anomalias como displasia, luxação ou epifisiólise.
Ultrassonografia
: É frequentemente utilizada em recém-nascidos e crianças pequenas para avaliar a articulação do quadril. Pode ajudar a detectar displasia, luxação ou outras anormalidades.
Ressonância Magnética (RM)
: Pode ser realizada para avaliar com mais detalhes as estruturas moles, como cartilagem, ligamentos e músculos ao redor do quadril. É útil para diagnósticos mais complexos ou para avaliação pré-operatória.
Exames Laboratoriais:
Podem ser solicitados exames laboratoriais para investigar causas subjacentes de certas condições, como exames de sangue para detectar sinais de infecção (leucocitose, PCR elevada) em caso de suspeita de sinovite séptica do quadril.
Consulta com Especialista:
Dependendo dos achados do exame físico e dos exames de imagem, pode ser recomendada uma consulta com um ortopedista pediátrico ou outro especialista em quadril para uma avaliação mais detalhada e planejamento do tratamento.
Tratamento
Abordagem Multidisciplinar
Muitas vezes, o tratamento das má formações do quadril envolve uma abordagem multidisciplinar, com a colaboração de ortopedistas, cirurgiões pediátricos, fisioterapeutas, entre outros profissionais de saúde.
Tratamento Conservador
Em muitos casos, especialmente em formas leves ou moderadas de má formação do quadril, o tratamento conservador pode ser recomendado. Isso pode incluir:
Dispositivos Ortopédicos: Como o "arnês de Pavlik" para DDQ ou LCQ.
Fisioterapia: Para fortalecer os músculos ao redor do quadril, melhorar a mobilidade e corrigir desequilíbrios musculares.
Medicamentos: Para aliviar a dor e reduzir a inflamação, quando necessário.
Cirurgia
Em casos mais graves ou quando o tratamento conservador não é eficaz, a cirurgia pode ser necessária. Os procedimentos cirúrgicos podem incluir:
Redução Cirúrgica: Para reposicionar a cabeça do fêmur no acetábulo em casos de luxação congênita do quadril.
Osteotomia: Para realinhar os ossos do quadril e corrigir deformidades.
Cirurgia de Revascularização: Em casos de Doença de Legg-Calvé-Perthes para promover a regeneração do tecido ósseo.
Acompanhamento e Reabilitação
Após o tratamento, é importante um acompanhamento regular com os profissionais de saúde para monitorar a recuperação e realizar ajustes no plano de tratamento conforme necessário.
A reabilitação, incluindo fisioterapia e exercícios específicos, pode ser necessária para restaurar a força muscular, a amplitude de movimento e a função do quadril.
Educação e Apoio ao Paciente e Família
Fornecer informações detalhadas sobre a condição, o plano de tratamento e as expectativas de recuperação é crucial para garantir a adesão ao tratamento e o apoio emocional tanto para o paciente quanto para a família.
Tratamento Contínuo ao Longo da Vida
Em muitos casos, as má formações do quadril exigem tratamento contínuo ao longo da vida para monitorar a função do quadril e prevenir complicações a longo prazo.