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(aula extra 2)
HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
- PERÍODO MILITAR
CASTELO BRANCO (64-67) - desaceleração da inflação, reformas institucionais
PONTO FOCAL: PAEG - Plano de Ação Econômica do Governo
objetivo principal: estabilizar os preços - FOI BEM-SUCEDIDO
inflação em 64: 90% a.a
inflação em 67: 20% a.a
reformas
criação do Banco Central
(BR último país da A.L a ter um banco central)
Objetivos apresentados (5):
Acelerar o ritmo de desenvolvimento econômico do país, interrompido no biênio 1962-1963.
Conter progressivamente o processo inflacionário.
Atenuar os desníveis econômicos e sociais mediante a melhoria nas condições de vida.
Assegurar, pela política de investimentos, oportunidade de emprego da mão-de-obra.
Corrigir a tendência deficitária do balanço de pgtos, que ameaça a continuidade do desenvolvimento econômico, pelo estrangulamento periódico da capacidade de importar.
contexto: inflação e desaceleração da economia
inflação de 90% ao ano em 64 (para a época, era um recorde)
a ideia é que uma economia eficiente daria legitimidade ao governo
pavimentou o caminho para o milagre econômico
MILAGRE ECONÔMICO - 1968 a 1973
COSTA E SILVA (1967-1969)
afastado pela saúde em 69
desafio: fazer a economia crescer, com controle inflacionário
Pano de fundo:
teoria econômica dominante no mundo, neste momento: paradigma keynesiano - intervenção
A.L:
CEPAL pregando a industrialização
inflação residual (herdada de Castello Branco): 20% a.a
MÉDICI (1969-1974)
1972-1974 - PRIMEIRO PND
politicamente: anos de chumbo - linha dura
ministro durante todo o período: Delfim Netto - "crescer o bolo, para depois distribuir"
raciocínio:
"Curva de Kuznets"
--> a desigualdade cresce muito nos primeiros estágios do desenvolvimento, mas há uma tendência de queda - uma curva em U invertido
primeiros estágios do desenvolvimento - demanda de muita mão-de-obra qualificada -> como o país tem pouca mão-de-obra qualificada, os salários dessa parcela da população crescem muito, enquanto o salário de mão-de-obra menos qualificada não acompanha
à medida que a economia se desenvolve, as pessoas estudam mais e se qualificam mais, então a desigualdade diminui
Características do período:
crescimento anual altíssimo (11% ao ano, em média; 14% ao ano em 1973)
inflação: controlada - 20% a.a, com tendência a baixa em alguns momentos
demanda subiu (o que pressionaria os preços), mas
a oferta conseguiu acompanhar (havia capacidade ociosa)
controle de preços de alguns produtos pelo governo
teto máximo p/ taxa de juros
balança comercial equilibrada - períodos de superávit e de déficit, mas pouco para ambos os lados
exportações cresceram
investimentos no Brasil aumentaram
Sem um grande aumento na dívida
mas, após o primeiro choque do petróleo, haverá aceleração no ritmo de crescimento da dívida
CRÍTICA
concentração de renda - 30% mais ricos absorveram a maior parte da renda proveniente do milagre econômico
política de arrocho salarial - reajustes abaixo da inflação durante o período, como medida para controlar a própria inflação
FINAL DE 1973 - PRIMEIRO CHOQUE DO PETRÓLEO
inflação quase dobra de 73 para 74
demanda aquecida no período
já não havia mais oferta ociosa - pressão inflacionária por si só
choque do petróleo = CHOQUE NA OFERTA - sobem muito os custos (80% do petróleo consumido era importado)
quebra de safra em 73 - prejudica a inflação de alimentos
GOVERNO GEISEL (1974-1979)
Economia brasileira em marcha forçada
- uma ideia ilusória de que, passado o primeiro choque, a dimensão dos seus efeitos não seriam tão grandes (e nem sonhavam que haveria um segundo choque)
economia internacional cheia de petrodólares - Brasil atraía muito esses capitais (economia pujante até então)
inflação crescendo, mas ideia de que isso era um "subproduto do crescimento"
II PND -
Taxa média de crescimento: 7% a.a
Principais pontos:
avançar na substituição de importações ("último suspiro da substituição de importações - última cartada, governo não tinha mais dinheiro, começa a falir fiscalmente)
investimento em energia
investimento em infraestrutura
investimento na indústria de base
gastos volumosos
aumentam a inflação de demanda (junto com a inflação de oferta já vigente, o choque que viria em 79 e a política salarial ("política errática de Delfim Netto") --> acopalices
GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985)
crise severa
INFLAÇÃO ALTA, CRESCENTE E MJTMT INERCIAL
1979 - segundo choque do petróleo - inflação bate 100% a.a e só vai subindo
1983 - maxidesvalorização cambial de 30% decretada - inflação atinge 200% a.a
1983 - quebra de safra - +inflação de alimentos
já no início do governo, a inflação está alastrada pelo país
como é inercial, políticas restritivas não conseguem resolver
triênio 1981-1983: BR perdeu PIB per capita
indústria protegida artificialmente, pouquíssimo produtiva
crescimento volátil (II PND cresceu, depois recessão, em 1984 volta a crescer)
dívida explodiu - taxas de juros mais que dobraram após o 2o choque do petróleo