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História Oral - Coggle Diagram
História Oral
Uso nos Estudos Organizacionais (Ichikawa; Santos, 2006)
Instrumento metodológico para ampliar os enfoques qualitativos
Análise de identidade, cultura e subjetividade organizacional
Aprofundamento da compreensão dos fenômenos organizacionais
Criação de canais de escuta democrática e participativa
Construção de uma memória coletiva organizacional
Ferramenta de denúncia e reflexão crítica
Recuperação de vozes silenciadas nas organizações
Fonte de dados sobre práticas e normas organizacionais
1.Origens
A história oral é considerada tão antiga quanto a própria História. Segundo Thompson (1992), ela foi a “primeira espécie de história”, anterior à escrita, e segundo Queiroz (1987), “o relato oral tem sido, através dos séculos, a maior fonte humana de conservação e difusão do saber” :pencil2:
Desenvolvimento na Inglaterra e África (décadas de 1950 e 1960) :pencil2:
Historiadores como Jan Vansina, John Fage e Roland Oliver iniciaram projetos de coleta de narrativas orais, especialmente em ex-colônias africanas em processo de independência.
Houve interesse crescente pela história operária e da classe trabalhadora, com a ascensão de um governo trabalhista.
A nova sociologia britânica contribuiu com o uso das memórias individuais em estudos sobre cultura operária e comunidade.
Início institucional nos EUA (1948) :pencil2:
O rádio e o jornalismo impulsionaram a popularização das entrevistas.
O projeto visava registrar experiências de combatentes, vítimas e familiares dos conflitos.
A primeira experiência organizada de história oral surgiu com Allan Nevins, na Universidade de Columbia, após a Segunda Guerra Mundial.
Expansão global nos anos 1960 e 1970 :pencil2:
Surgimento da Oral History Association nos EUA (1967), com a revista Oral History Review.
Proliferação de programas em universidades como UCLA e Berkeley.
Na Inglaterra, a Oral History Society foi fundada em 1973.
América Latina :pencil2:
Iniciativas surgem nos anos 1970 e 1980 com o foco em histórias dos excluídos — camponeses, mulheres, negros e operários.
Exemplos: Costa Rica (autobiografias de camponeses), Equador, Bolívia, Nicarágua e Argentina (pós-ditadura).
O Brasil é considerado um caso à parte, com desenvolvimento tardio.
História oral no Brasil :pencil2:
Obstáculos: ausência de tradição institucional e pouca ligação entre universidades e culturas locais.
Primeira tentativa relevante: projeto da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC), apoiado pela Fundação Ford, a partir de 1975.
Ganhou fôlego com a abertura política nos anos 1980.
Anos 1990: ampliação significativa, com criação da Associação Brasileira de História Oral (1994).
Fundamentos epistemológicos
( GONÇALVES;LISBOA, 2007)
o eixo que assegura “o rigor, a exatidão e a precisão do procedimento científico” (p. 88), sendo o ponto de partida para a construção do conhecimento.
Fundamentação filosófica / científica que orienta o uso do método da história oral.
valoriza a subjetividade sem abrir mão do rigor teórico e metodológico, articulando indivíduo e sociedade, memória e análise, experiência e contexto histórico.
7 PILARES: :explode:
Singularidade e totalidade:
indivíduo vivencia e relata sua trajetória
ele é elemento constitutivo de um grupo social
Consciência e não-consciência:
relatos orais inclui aquilo que é dito conscientemente e o que está implícito.
Compreensão hermenêutica:
colocar-se no lugar do outro para compreendê-lo
Vigilância epistemológica
Estabelecer a necessária distância científica com o objeto pesquisado
Historicidade:
realidade social está em constante transformação
Primazia epistemológica:
Hipotese e fundamentação teórica como guia.
Objetividade e subjetividade
compreender o entrelaçamento entre estrutura social e experiências individuais.
Tipos de História Oral
(Gonçalves; Lisboa, 2007, p. 86)
Narrativas
Trajetórias de vida(Gonçalves; Lisboa, 2007, p. 86) :explode:
Conceito
Partes de uma história de vida, um determinado percurso, itinerário ou ciclo que vai ao encontro do interesse do profissional ou pesquisado
Procedimentos Metodológicos na pesquisa qualitativa
Definição da amostra e critérios qualitativos :check:
Número de indivíduos pesquisados que
expresse de maneira diversa, mas inter-relacionada,
a trajetória socioeconômica do grupo social
pesquisado
diversificação
saturação.
Elaboração do roteiro de entravista :check:
Pesquisador deve seguir o roteiro de perguntas
elaboradas de acordo com a questão a ser
investigada
Composto
pelas categorias previamente definidas na fundamentação
teórica do projeto.
Realização das Entrevistas :check:
interação entre o pesquisador e
os sujeitos
o espaço físico que permita que o diálogo possa ser realizado de forma espontânea
e ao mesmo tempo reservada
entrevistas
devem ser marcadas mediante contatos prévios
atenção à técnica de gravação: testar aparelhos
permissão
para gravar
preparar o ambiente, evitar situações
constrangedoras
empatia com
o sujeito entrevistado
Processamento das entrevistas :check:
transcrição das entrevistas
atenção devem
merecer também, os silêncios, os suspiros seguidosde silêncio, os choros, as emoções, enfim, o ‘não dito.
conveniente entregar
a primeira versão do texto transcrito para os entrevistados
procederem à conferência dos conteúdos
conferir a
fidelidade do conteúdo.
Codificação e análise :check:
etapas
codificação aberta
ampla identificação e articulação dos dados,
codificação axial
reordenamento dos
dados com base no referencial teórico da pesquisa
codificação seletiva,
seleção das categorias-chave que serão
aprofundadas na análise da pesquisa
Definição da Questão problema :check:
(hipótese
problematizadora)
elaboração de uma
ou mais questões a partir do objeto de pesquisa, que
se pretende responder ao longo do processo
investigativo
As respostas devem se mostrar relevantes
teórica ou socialmente
Retorno dos resultados :check:
divulgação e retorno dos dados obtidos: estabelecimento do contato entre pesquisador e
sujeitos que fizeram parte da pesquisa
sigilo da fonte oral
Defiiniição do objeto de pesquisa :check:
tarefa inicial
Orienta pesquisa bibliográfica e ordenação
ainda imprecisa sobre a realidade empírica.
Projeto de Pesquisa :check:
Apreciação do comitê de ética
Submeter ao Comitê de Ética
“Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)”
Roteiro
delineamento básico das etapas que definirão a concepção
teórico-metodológica e do caminho
investigativo.
Conteúdo
Apresentação, justificativa, objetivos, fundamentação
teórica, metodologia, referências bibliográficas.
Histórias de vida
(Ichikawa; Santos, 2006)
Bom Meihy (1996)
História oral temática:
Papel do pesquisador
Definir bem a temática central :silhouettes:
Restringe detalhes de vida do sujeito
a partir de um assunto específico e preestabelecido, busca-se o esclarecimento ou a opinião do entrevistado sobre um evento dado : :silhouette:
Mas objetiva
a partir de um assunto específico e preestabelecido, busca-se o esclarecimento ou a opinião do entrevistado sobre um evento dado :red_flag:
Tradição oral:
Subjetiva: captar visão de mundo
Foco: permanência dos mitos, a visão de mundo de comunidades cujos valores são filtrados por estruturas mentais asseguradas em referências do passado remoto que se manifestam no folclore e na transmissão geracional :red_flag:
História oral de vida
Subjetiva (Relato:livre)
Foco : experiência pessoal; : : :red_flag:
Sujeito pesquisado: tem mais autonomia para dissertar o mais livremente possível :silhouette:
Papel do pesquisador: dar espaço espaço para que sua história seja encadeada segundo a sua vontade.” :silhouettes:
.Conceito
Visão geral
A história oral é um instrumento pós-moderno para se entender a realidade contemporânea [...] é, ao mesmo tempo, uma fonte e uma técnica [...] convertê-la em metodologia [...] conjunto de procedimentos articulados entre si [...]” (Aspásia Camargo,1994) :check:
Um método de pesquisa (histórica, antropológica, sociológica, etc.) que privilegia a realização de entrevistas com pessoas que participam de, ou testemunharam acontecimentos, conjunturas, visões de mundo (Alberti,1990). :check:
É uma história do presente e tem como presuposto que o passado tem continuidade hoje, ou seja, na vida das pessoas.
(Ichikawa; Santos, 2006)
:question: Disciplina
Autonomia de campo
possui corpo teórico, procedimentos metodológicos próprios
forma um campo autônomo de saber.
:question:Método
Estabelecimento e orientação
organiza e orienta procedimentos de coleta e análise de dados (entrevistas, transcrições, interação com o entrevistado)
Capacidade de orientar e sistematizar a busca por respostas aos problemas de pesquisa definidos a partir de um referencial teórico.
:question:Técnica
Instrumentalidade :
uso prático e operacional de gravações, transcrições e organização de acervos
ferramenta auxiliar e não como campo teórico.
Concentra-se exclusivamente em como organizar acervos e relaizaço2es de entrevistas.
Técnicas de Coleta de Dados
Entrevista de História Oral :star: TÉNICA BASE
Depoimento gravado/ Condições mínimas :question:
entrevistado
atores e/ou testemunhas de acontecimentos, conjunturas, intituições e modos de vida da história contemporânea.
contar suas experiências
Selecionar e organizar os acontecimentos de acordo com seus referências do tempo presente
aparelhagem de grvação
som, e/ou imagens
entrevistador
Elaborar projeto de entrevista: definição do tema; pesquisa bibliográfica. sobre o assunto ; laborar roteiro geral/temático para ser usado na entrevista
Postura de facilitador do proc3esso de resgate de lembranças
Respeitar a fala do entrevistado
Procurar conhecer ao máximo a história em que a memória narrada foi construída
Compreender a fala do entrevistado
Intervir em momentos que considerar necessário
Saber ouvir
Conteúdo de uma entrevista :question:
histórias
análises e avaliações do passado e presente
silêncios
outros elementos que podem informar visões de mundo e elaborações subjetivas
Processo(Ichikawa; Santos, 2006) :question:
Entrevista
pós -entrevista
Tipos de trancrição
Literal
Editada
Textualização
Reorganização do discurso, obedecendo à estruturação requerida para um texto escrito.
transcrição
recriação do texto na sua plenitude, evocando os pressupostos da tradução
Pré-entrevista
:warning:CUIDADOS :question:
Tempo
Se não concluir no mesmo dia corre o risco:
Perguntas
Sempre de caracter descritivo e evitar indução ou juízo de valor
Não fazer peguntas extensas e analíticas (risco do entrevistado perder a perspectiva de resgate da memória
Experiência do pesquisador como entrevistador
grau de empatia
estabelecer diálogo e interação com o entrevistado
Aliar a intuição e à sensibilidade
Documentos escritos, imagens e outros tipos de registros : :star:
Técnicas complementares