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Diagnóstico e prevenção de úlceras no pé diabético - Coggle Diagram
Diagnóstico e prevenção de úlceras no pé diabético
Epidemiologia: incidência na vida em DM (19-34%); incidência anual (2%); recorrências (40% em 1 ano e 65% em 3 anos).
FR: principais (PSP; DAP; DEF; UP e AMP); adicionais (DRC; progressão de deformidades e mobilidade articular limitada) e lesões pré-ulcerativas (calosidades c/ ou s/ hemorragia subcutânea; bolhas e fissuras).
Intervenções para prevenção: identificação do pé em risco; exame regular; orientação; uso rotineiro dos calçados; tratamento de FRs.
Sinais de alerta para risco de ulceração: sinais e sintomas (dor nos pés ao caminhar; dor em repouso; parestesias; claudicação; calçados inadequados ou inexistentes; cor e temperatura da pele; edema e infecção fúngica superficial) e fatores sociais (isolamento; acesso precário a cuidados; restrições financeiras; más condições de higiene; limitações para autocuidados c/ os pés; baixo conhecimento sobre cuidados); na presença deles, rastrear.
Estratificação de risco.
0 (muito baixo): s/ PSP e s/ DAP. / 1x por ano. / Exame anual; autocuidado e exercícios de mobilidade.
1 (baixo): PSP ou DAP. / Cada 6-12 meses. / Educação estruturada; exercícios de mobilidade; órteses SN e tratamento de lesões pré-ulcerativas.
2 (moderado): PSP + DAP; PSP + DEF ou DAP + DEF. / Cada 3-6 meses. / Educação estruturada; exercícios de mobilidade; órteses SN; tratamento de lesões pré-ulcerativas; sinais inflamatórios e calçados terapêuticos.
3 (alto): PSP e/ou DAP ou + UP ou + AMP ou + DRC grau V. / Cada 1-3 meses. / Educação estruturada; cuidados integrados; órteses SN; tratamento de lesões pré-ulcerativas; sinais inflamatórios e calçados terapêuticos.
Exame anual dos pés: monofilamento Semmes Weintein 10 g para rastreamento de PSP; na ausência do monofilamento, diapasão ou biotesiômetro, pode-se realizar o ipswich touch test; pesquisar DAP, incluindo histórico CV e palpação de pulsos; alternativamente, se disponível, pode-se fazer doppler arterial dos pés e medidas de PA.
Autocuidado c/ os pés: secagem interdigital; emolientes para hidratação de pele seca; corte reto das unhas; evitar qualquer outra técnica para remover calos e calosidades. / Autogestão dos pés: ferramentas de monitoramento doméstico e abordagens de telemedicina.
Educação estruturada: metodologias (educação verbal individual; entrevista motivacional; sessões educacionais em grupo; vídeo, livreto, software, questionários e desenhos animados ou imagens descritivas) e conteúdo (medidas preventivas).
Monitoramento domiciliar da temperatura: infravermelho; diária; achados: temperaturas elevadas c/ 2° acima do habitual ou diferença entre locais similares dos pés; ações: reduzir locomoção e procurar profissionais.
Calçados terapêuticos: evitar descalço ou somente meias ou chinelos; reduzir o pico de pressão plantar; ajuste ao final do dia em posição ortostática; em úlcera plantar cicatrizada, deve reduzir picos de pressão em áreas de risco,incluindo localização anterior da úlcera. / Tecnologia para verificação da efetividade do calçado ainda não disponível no SUS.
Prevenção de lesões pré-ulcerativas: proteção das bolhas, drenado-as quando necessário; tratamento de unhas encravadas ou espessadas; prescrição de antifúngicos.
Exercícios específicos preventivos para os pés: pessoas c/ úlcera ativa não devem praticar exercícios para os pés; alongamento e fortalecimento da musculatura de pé e tornozelo e exercícios funcionais, como equilíbrio e marcha; não requer, necessariamente, supervisão intensiva; software gratuito: www.soped.com.br.
Segurança do exercício: recomenda-se avaliação c/ profissional capacitado antes de iniciar programa de exercícios.
Cuidado integrado para pessoas c/ risco 3.
R13: Tratamento cirúrgico pode ser considerado para previnir recorrência no antepé ou na mesma localização não cicatrizada c/ conservador (Classe IIb / Nível C). / Indicações: úlcera plantar que não responde a conservador; alto risco de recorrencia se estrutura do pé não alterada; picos de pressão plantar no antepé; apresentam, mesmo após alongamento do tendão do calcâneo, amplitude do tornozelo limitada
R14: Tenotomia pode ser indicada para prevenção de 1° úlcera do pé diabético digital ou de recorrência após cicatrização em pessoas c/ DM e calosidades abundantes ou c/ úlcera em um dedo em martelo não rígido s/ sucesso c/ conservador (alinhamento de dedos c/ órtese e/ou exercício para pés) (Classe IIb. / Nível C).
R15: A descompressão de nervo para prevenir úlcera do pé diabético em pessoa c/ risco 2-3 e c/ dor neuropática não é recomendada em detrimento dos cuidados considerados como prática clínica de boa qualidade. (Classe III / Nível C).