Suponhamos que uma firma realize sua produção por meio da utilização de fatores fixos e variáveis. Consideremos, a título de exemplo, a existência de apenas um fator fixo, identificado pelo tamanho ou dimensão da firma, e de um fator variável: mão-de-obra. Assim, essa firma só poderá aumentar ou diminuir sua produção por meio da utilização do fator mão-de -obra, uma vez que seu tamanho é constante, não podendo ser aumentado ou diminuído em curto prazo. Como o custo fixo total permanece inalterado, o custo total de curto prazo variará apenas em decorrência de modificações no custo variável total.
Como o custo fixo total não se modifica com as variações da produção, no curto prazo, o custo marginal é determinado apenas pela variação do custo variável total.
Custos Médios e Marginais
Custo total médio (CTMe ou CMe): é obtido por meio do quociente entre o custo total e a quantidade produzida. É o custo por unidade produzida. Custo variável médio (CVMe): é o quociente entre o custo variável total e a quantidade produzida.
Custo fixo médio (CFMe): é o quociente entre o custo fixo total e a quantidade produzida.
Custo marginal (CMg): é dado pela variação do custo total em resposta a uma variação da quantidade produzida.
Formato das Curvas de Custos: a Lei dos Custos Crescentes. Com o aumento do volume produzido, os custos totais, com exceção dos custos fixos, só podem crescer. Os custos médio e marginal, entretanto, podem ser decrescentes em certa etapa do processo de produção.
O custo variável médio, o custo total médio e o custo marginal têm todos o formato em U: primeiro decrescem, para depois crescerem.
Após certo nível de produto, o custo total passa a crescer mais que o aumento da produção, e os custos médio e marginal passam a ser crescentes. Essa é a chamada lei dos custos crescentes, que no fundo é a lei dos rendimentos decrescentes, da teoria da produção, aplicada à teoria dos custos da produção.