Reanimação Cardiopulmonar
Organização de equipe
Ambiente preparado
Equipe experiente, treinada e coordenada
Comunicação em circuito fechado
Reconhecimento de uma parada cardiorrespiratória
Não deve demorar mais que 10-15 segundos
Quando houver inconsciência e ausência de movimentos respiratórios é necessário chamar ajuda e começar a RCP.
Compressões torácicas
Iniciar imediamente após reconhecimento da parada, em uma taxa de 100 - 120bpm.
1/3 a 1/2 do tórax deve ser comprimido e devemos permitir o retorno completo do tórax.
Ciclos de 2 minutos ininterruptos, com postura correta. Após 2 minutos, trocar com o colega.
Se estiver ocorrendo o suporte básico à vida, a troca deve ser realizada rápida. Se estiver ocorrendo o suporte avançado, é permitido uma pausa de 10-15 segundos entre trocas para avaliar o monitor.
Teoria da bomba torácica
Compressão no tórax, alterando a pressão intratorácica e mudando a pressão nos grandes vasos aorta e cavas, estimulando o fluxo do sangue. Animais de tórax "normal".
Teoria da bomba cardíaca
A massagem é feita diretamente em cima dos ventrículos fazendo com que o sangue seja ejetado. Animais de tórax em forma de "barril", gatos, filhotes, cães com menos de 10kg e animais com tórax em forma de quilha.
Monitorização
Capnógrafo
Mede o EtCO². Em uma boa RCP, esperamos que o EtCO² ultrapasse 15mmHg. Quando o EtCO² aumenta muito rápido é provável que o paciente retorne a circulação espontânea, então devemos suspender a massagem, avaliar o eletro e continuar ventilando.
Eletrocardiograma (ECG)
A avaliação do ECG deve ser feita entre as trocas de massageadores, com tempo máximo de 10 a 15 segundos e após desfibrilação.
Assistolia: não tem estímulo elétrico (linha contínua). Aplicar adrenalina.
Atividade elétrica sem pulso (AESP): complexo PQRST estreito e comprido e FC menor que 200bpm, sem pulso. Aplicar adrenalina.
Taquicardia ventricular sem pulso: complexos QRST largos e seguidos, sem onda P. Tratar com desfibrilação e antiarrítmico depois se necessário.
Fibrilação ventricular: coração só "vibra" sem gerar pulso. Tratar com desfibrilação.
Obter acesso venoso
De preferência, acesso mais próximo do coração (cefálica e jugular).
Reversores
Quando a parada foi devido a aplicação de fármacos.
Opióides: NALOXONA.
Benzodiazepínicos: FLUMAZENIL.
Alfa-2 Adrenérgicos: ATIPAMAZOLE
Fármacos
Adrenalina dose baixa: fármaco de eleição para assistolia ou AESP. Pode ser reaplicada a cada 3 a 5 minutos. Efeito inotrópico, cronotrópico e vasopressor, age em alfa-1.
Adrenalina dose alta: usada em RCP prolongada, quando aplicamos intratraqueal e em paradas não assistidas (não se sabe quanto tempo o animal parou).
Adrenalina intratraqueal: dose alta de adrenalina diluída em água estéril de injeção ou solução salina (diluir em 5-10ml). Passar uma sonda dentro do traqueotubo. Somente quando não conseguir acesso venoso.
Atropina: indicada em bradicardia, quando o paciente volta da parada mas a FC está baixa.
Antiarrítmicos: lidocaína e amiodarona. Usados quando a desfibrilação elétrica não funcionar.
Desfibrilação
Usada em fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular. Logo após a desfibrilação, retornar a massagem cardíaca. Podemos aumentar a dose em até 50% por 3x.