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Farmacocinética Clínica - Parte 2 - Coggle Diagram
Farmacocinética Clínica - Parte 2
Biodisponibilidade
Fração do fármaco inalterado que alcança a circulação sistêmica logo após a administração por qualquer via. Visto que há uma mudança no perfil de absorção de via para via, resultando em diferentes biodisponibilidades do mesmo fármaco em cada via.
Volume de distribuição (Vd)
Valor aparente, pois é obtido a partir da consideração de um modelo de um compartimento.
Ajuda a mensurar o perfil de distribuição de um fármaco
Vd = Quantidade de fármaco no corpo (dose) / Concentração plasmática (Cp)
O Vd é como se fosse a quantidade de líquido corporal que seria preciso para de uma única vez distribuir a dose de fármaco por todo o organismo, atingindo o equilíbrio
Quanto maior o Cp, menor será o Vd, pois tem mais fármaco no plasma do que nos tecidos, portanto o fármaco está pouco distribuído.
Concentração de equilíbrio (Css)
Quando um fármaco é administrado a uma taxa constante é atingido um estado de equilíbrio.
Concentração plasmática platô: Concentração plasmática alvo = Concentração de equilíbrio
Depuração/Clearance
Medida da eficiência do nosso organismo para eliminar o fármaco da circulação sistêmica, dos tecidos e plasma para o órgão excretor.
Volume do plasma que seria necessário para que o fármaco fosse removido por minuto por unidade de peso corporal (ml/min/kg)
Taxa de eliminação: Quantidade de fármaco eliminada (saída do órgão excretor) por minuto.
Taxa de administração (Frequência de administração) =
CL x Cp
No equilíbrio, a taxa de eliminação se iguala a taxa de administração, portanto, Taxa de eliminação = CL x Cp
Um mesmo órgão pode ser capaz de depurar e excretar ao mesmo tempo. Ex: Via hepatobiliar - fígado: Depuração do fígado - Retira fármaco dele para juntar a bile. Eliminação do fármaco: Bile+fármaco armazenados na vesícula.
O Clearance sistêmico é aditivo: Cl sistêmico= Cl renal + Cl fígado + Cl pulmões ...
Quanto maior o clearance, menor o tempo de ação do fármaco, ou seja, terá que administrar mais vezes.
Tempo de meia-vida
Tempo necessário para que a Cp seja reduzida a 50%
Junto com a depuração determina qual dose deve ser administrada e em que frequência, para manter a Css
T1/2 = 0,695 x Vd / CL
Vd Alto: + Fármaco fora do plasma e consequentemente mais fármaco indisponível para os órgãos excretores, ou seja, maior o tempo de meia-vida.
CL alto: Faz com que o tempo de meia-vida seja menor.
Doença Hepática: Depuração reduz, meia vida aumenta, Vd é constante
Envelhecimento: Meia vida do diazepam aumenta, pq o Vd se altera.
Afeta tanto Vd quanto CL, portanto, fica difícil de prever a alteração da meia vida.
Planejamento de esquemas terapêuticos
É necessário que haja um equilíbrio entre a taxa de administração e a taxa de eliminação, para que a concentração dentro do compartimento central se mantenha constante.
Momento 1
Cp aumenta + do que diminui
A taxa de entrada é maior que a de saída.
1°, 2°, 3° doses
Momento 2
Taxa de equilíbrio é igual a taxa de saída
A partir da 4° dose
Em cada dose administrada a Cp decai pela metade para que outra dose seja administrada, ou seja, a cada meia-vida administramos uma nova dose para manter a Cp de equilíbrio.
Em nenhum esquema posológico esperamos a eliminação completa de uma dose para administrar a outra
Tipos de dosagem
Dosagem Terapêutica
Dosagem Terapêutica com dose de ataque
Dosagem tóxica
Possível causa: Janela terapêutica estreita
Dosagem subterapêutica
Possíveis causas: Dose baixa ou administração espaçada dms
Dose de manutenção
Dose que precisamos administrar para conseguir manter a Cp de equilíbrio. A cp de equilíbrio também é chamada de Cp-alvo.
Dose de manutenção: CL x Cp-alvo / F
Onde F é o fator de biodisponibilidade e CL a depuração.
Dose de ataque
Dose ou uma série de doses no início da terapia, que tem como objetivo alcançar a Cp-alvo mais rapidamente.
Dose de Ataque = Vd x Cp-alvo / F
Onde Vd é o volume de distribuição e F o fator de biodisponibilidade