Tipo de Uso
a) Uso Experimental - Os primeiros poucos episódios de uso de uma droga específica - algumas vezes incluindo tabaco ou álcool -, extremamente infrequentes ou não persistentes.
b) Uso Recreativo - Uso de uma droga, em geral ilícita, em
circunstâncias sociais ou relaxantes, sem implicações de dependência e outros problemas associados, embora haja os que divirjam, opinando que, no caso de droga ilícita, não seja possível este padrão devido às implicações legais relacionadas.
c) Uso Controlado - Refere-se à manutenção de um uso
regular, não compulsivo e que não intervém com o funcionamento habitual do indivíduo. Termo também controverso, pois se questiona se determinadas substâncias permitem tal padrão.
d) Uso Social - Pode ser entendido, de forma literal, como uso
em companhia de outras pessoas e de modo socialmente
aceitável, mas também é usado de forma ambígua querendo
indicar os padrões acima definidos.
PREVENÇÃO: visa a adoção de uma atitude responsável com relação ao uso de psicotrópicos, levando em consideração as condições em que ocorre o uso, com que objetivo e qual o tipo de relação que o indivíduo mantém com a substância, seja lícita ou ilícita.
Prevenção: primária
Tratamento: secundário
Redução de danos (RD): terciário
Prevenção Primária: evitar o uso experimental e diminuir o uso esporádico.
Prevenção Secundária: diminuir o uso regular e evitar o uso abusivo.
Prevenção Terciária: tratamento para abuso e dependência.
Fatores individuais
- De proteção: cooperação, habilidades para resolver problemas, vínculos positivos com pessoas, instituições e valores, auto-estima desenvolvida, autonomia e habilidades sociais.
- De risco: insegurança, insatisfação com a vida, sintomas depressivos, curiosidade e busca de prazer.
Fatores familiares
- De proteção: pais que acompanham as atividades dos filhos, que estabelecem regras de condutas claras, envolvimento afetivo com a vida do filho, respeito aos ritos familiares e famílias que estabelecem hierarquia familiar. A promoção da saúde deve contar com o envolvimento de diversos grupos da sociedade, sendo um deles a família, uma vez que esta pode constituir-se como o primeiro agente educativo e preventivo. Em um enfoque sistêmico, as abordagens ao uso de drogas compreendem ações em parcerias direcionadas ao fortalecimento da rede de apoio, bem como à viabilização das potencialidades do sujeito e do atendimento às demandas do
sistema familiar.
- De risco: famílias nas quais os pais fazem uso abusivo de drogas, sofrem de transtornos mentais, que são muito
rigorosos ou autoritários, e que mantém uma “cultura aditiva” podem favorecer a dependência dos seus filhos.
Fatores escolares
- De proteção: bom desempenho escolar, boa inserção e adaptação no ambiente escolar, ligações fortes com a escola, oportunidades de participação e decisão, realização pessoal, possibilidades de desafios e expansão da mente, descoberta de possibilidades (e “talentos”) pessoais, prazer em aprender e descoberta e construção de projeto de vida.
- De risco: baixo desempenho escolar, falta de regras claras, baixas expectativas em relação às crianças, exclusão social, vínculos afetivos negativos com professores e colegas, falta de vínculos com as pessoas ou com a aprendizagem.
Fatores sociais de proteção Respeito às leis sociais:
- De proteção: credibilidade da mídia, informações adequadas sobre drogas e seus efeitos, clima comunitário afetivo, consciência comunitária e mobilização social.
- De risco são: violência, desvalorização das autoridades sociais, descrenças nas instituições, faltas de recursos para prevenção e atendimento e falta de oportunidades de lazer.
Fatores relacionados a própria droga
- De proteção: informações contextualizadas sobre o efeito, regras de controle adequado.
- De risco: disponibilidade para compra, propaganda que incentiva e mostra apenas o prazer associado ao uso de drogas, prazer intenso que leva o indivíduo a desejar repetir o uso.
TRATAMENTO: assunto relativamente recente na história da humanidade. Até meados do século XX, o termo dava ênfase mais as complicações clínicas do consumo do que o comportamento em si. Não há um tratamento único, que seja apropriado para todos. É importante que haja uma combinação adequada entre tipo de ambiente, intervenções e serviços para cada problema e necessidade da pessoa, contribuindo para o sucesso do tratamento e para o retorno a uma vida produtiva na família, trabalho e sociedade. O tratamento deve estar sempre disponível e contemplar as várias necessidades da pessoa (qualquer outro problema médico, psicológico, social, profissional e jurídico), não somente o seu uso de drogas. O plano de tratamento deve ser continuamente avaliado e, se for o caso ajustado. Um paciente pode necessitar de combinações de serviços que variam durante o tratamento e recuperação.
Intervenção Universal: programas destinados à população geral, sem fator de risco associado.
Intervenção Seletiva: ações voltadas para populações com um ou mais fatores associados ao risco de substâncias.
Intervenção Indicada: população de risco, relacionada ao uso direto ou
indireto da substância.
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