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VULVOVAGINITES NA INFÂNCIA, Corrimento sem sintomas geralmente não exige…
VULVOVAGINITES NA INFÂNCIA
A Vulva e Vagina na Criança Pré-Puberal
Epitélio fino, frágil e hipoestrogênico.
Maior colonização por organismos entéricos.
Vestíbulo comummente eritematoso.
Hímen varia em tamanho e aparência.
Vagina mede cerca de 4cm ao nascimento e cresce para 8cm na infância.
Exame Ginecológico em Crianças
Ambiente acolhedor e não ameaçador.
Explicar à criança sobre o exame.
Posições recomendadas: joelhos dobrados ou "posição da perna de sapo".
Anestesia geral em casos específicos.
Testes para Infecções
Swab molhado com solução salina para infecções estreptocócicas ou por H. influenzae.
Amostra vaginal para suspeita de abuso sexual ou corrimento verde.
Amostra vaginal é necessária para excluir Neisseria
gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis e Trichomonas vaginalis.
PCR da urina como alternativa.
Corrimento Vaginal
Vaginite Bacteriana
Mais comum por má higiene, limpeza incorreta, corpo estranho ou abuso sexual.
Sintomas incluem coceira, dor, odor e disúria.
Diagnóstico geralmente é clínico.
Cultura isoladamente não é recomendada;
Um crescimento isolado é mais sugestivo de infecção do que o achado de flora mista;
Maioria vai ter cultura negativa → vaginite inespecífica;
S. pyogenes é o agente mais comum, geralmente
acompanha ou segue uma faringite estreptocócica;
Tratamento com antibióticos orais e cuidados locais.
Verminoses
Enterobius vermicularis pode migrar para a vagina.
Sintomas incluem coceira, vermelhidão e dor abdominal.
Tratamento com mebendazol ou albendazol.
Candidíase
Rara em crianças.
Tratamento com fluconazol ou nistatina local.
Vagina hipoestrogenizada é um ambiente hostil;
Pensar talvez em crianças obesas, com fraldas, diabéticas, imunossuprimidas, após uso de ATBs;
Quadro pode ocorrer meses a semanas antes da menarca pelo aumento de E;
Vaginose Bacteriana
Investigar abuso sexual em casos confirmados.
Cuidado com falsos diagnósticos → redução de lactobacilos e aumento de pH são normais em crianças;
Tratamento com metronidazol ou clindamicina oral.
14% meninas assintomáticas com Garnerella spp;
Corpo Estranho Vaginal
Causa clássica de corrimento e sangramento.
Causa mais comum – papel higiênico; Retirar com irrigação com soro fisiológico;
Retirada com irrigação ou intervenção cirúrgica.
Dermatites e Dermatoses
Dermatose
Líquen Escleroso
Características
Prurido vulvar crônico.
Possível caráter autoimune.
Comum na pós-menopausa (50-60 anos) e pré-menarca.
Sintomas
Ardência, dor, sangramento, constipação, dispareunia, disúria.
15% a 40% de casos podem ser assintomáticos.
Apresentação Clínica
Manchas hipocrômicas, formando figura de “oito”.
Redução dos pequenos lábios e encarceramento do clitóris.
Petéquias e equimoses em casos de atrofia epitelial.
Tratamento
Corticóides de alta potência.
Evitar biópsia em crianças.
Dermatites
Dermatite Atópica
Hipersensibilidade imediata (tipo I).
Manchas ou placas avermelhadas na vulva.
Dermatite de Contato Irritativa
Sem reação imunológica.
Causada por contato prolongado com urina, fezes, menstruação.
Dermatite de Contato Alérgica
Hipersensibilidade tardia (tipo IV).
Reação a substâncias alergênicas como cremes, esmaltes, sabonetes.
Irritantes e Alérgenos Vulvares
Sabonetes, amaciantes, anestésicos tópicos. Lenços umedecidos, perfumes, preservativos, cremes, látex.
Tratamento
Eliminação de irritantes e alergênicos.
Uso de corticóides tópicos de baixa ou média potência.
Corrimento sem sintomas geralmente não exige investigação imediata.