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Era de Vargas - Coggle Diagram
Era de Vargas
Primeira etapa
Golpe de 1930
A "Revolução" ou "Golpe" de 1930 foi um golpe de Estado que depôs o presidente Washington Luís, no dia 24 de outubro de 1930.
Governo Provisório
Nesse período, Vargas governou o Brasil por meio de decreto-lei, já que o Congresso Nacional estava fechado desde outubro de 1930 e a Constituição de 1891 havia sido cancelada.
Os paulistas foram os primeiros a acusarem Vargas de ser ditador e pegaram em armas, em 1932, para exigir uma nova Constituição para o Brasil.
Apesar da derrota para as tropas federais, os paulistas conseguiram o que queriam: em 1934, o Congresso Nacional promulgava uma nova Constituição que trazia algumas novidades, como o voto feminino, o voto secreto e as primeiras leis trabalhistas.
A Revolução de 1930 foi chamada desta maneira pelos seus membros. No entanto, trata-se de um golpe de estado e não uma revolução.
Uma revolução possui amplo apoio popular, propõe e causa drásticas mudanças quando instalada no poder.
Já o golpe de Estado, é a retirada do poder por meio da violência de um político constitucionalmente eleito ou consagrado para aquele cargo.
O movimento foi articulado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul.
Contexto
A política no Brasil era conduzida pelas oligarquias de Minas Gerais e São Paulo, por meio de eleições fraudulentas e que mantinham o país sob um regime econômico agroexportador.
As elites paulista e mineira alternavam a presidência da República elegendo candidatos que defendiam seus interesses. Este sistema político ficou conhecido como "política do café com leite" ou política dos governadores.
Crise de 1929
O fato do Brasil ser um país de monocultura cafeeira fez que a crise fosse profunda, pois as exportações do produto caíram vertiginosamente. A crise econômica contribuiu para o clima de insatisfação popular com o governo de Washington Luís.
Eleições
Washington Luís nomeou o presidente de São Paulo, Júlio Prestes, como seu sucessor. Esta medida foi apoiada por presidentes de 17 províncias.
A indicação de Júlio Prestes rompia com a alternância de poderes entre Minas e São Paulo, por isso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, não deram suporte à Prestes.
Aliança Liberal
Estas províncias se aliaram aos políticos de oposição e criaram a Aliança Liberal. Desta maneira, os candidatos desta agrupação foram o presidente do Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas e, para vice, o presidente da Paraíba, João Pessoa.
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Segunda etapa
Governo Constitucional
Constituição de 1934
A Constituição de 1934 garantiu o voto feminino, eleições diretas e existência de partidos políticos.
O Senado, passaria a ser uma instituição colaborativa do Congresso dos Deputados, o chamado "unicameralismo imperfeito".
A Câmara dos Deputados passou a ser eleita tanto por voto direto e universal, como por organizações profissionais. Estes legisladores ficaram conhecidos como "deputados classistas".
Intentona Comunista
Grupos de oposição se unem para derrubar Getúlio Vargas no episódio conhecido como Revolta Comunista, liderada pela ANL (Aliança Nacional Libertadora), em 1935.
A ANL criticava o nazi-fascismo e o imperialismo, ao mesmo tempo em que desejava liberdades democráticas, o fim latifúndio e a suspensão do pagamento da dívida externa.
Em 1936, criou a Comissão Nacional de Repressão ao Comunismo, cujo objetivo era investigar atos de funcionários públicos em atos considerados de esquerda.
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Suicídio de Vargas
Getúlio Vargas, cometeu suicídio na madrugada de 24 de agosto de 1954.
Ele retornou à presidência da República em 1950 através da aprovação pelo voto direto. Durante seu mandato, Vargas enfrentou intensa oposição política, principalmente da União Democrática Nacional (UDN), e do jornalista e político Carlos Lacerda.
A oposição se intensificou após o evento conhecido como “Atentado da Rua Tonelero”, onde Carlos Lacerda sofreu um atentado e seu segurança, um Major da Aeronáutica, morreu.
Lacerda acusou Vargas de ser o mandante do atentado, e a situação se agravou quando a polícia encontrou indícios de que Gregório Fortunato, homem de confiança de Vargas, esteve na cena do crime.
Diante da crescente pressão política e das exigências dos Altos Comandos Militares para que renunciasse ao cargo de presidente, Vargas decidiu tirar a própria vida.
Ele foi encontrado morto com um tiro no peito que atingiu seu coração. Antes de cometer suicídio, Vargas escreveu uma carta explicando os motivos de seu ato.
Vargas ofereceu sua vida em sacrifício, dizendo: "Nada mais vos posso dar a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida"