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DISFUNÇÃO ERÉTIL - Coggle Diagram
DISFUNÇÃO ERÉTIL
FATORES DE RISCO
cardiovascular
diabetes
depressão
obesidade
uso de álcool e outras drogas
alguns medicamentos (anti-hipertensivo, antidepressivo, antiandrogenicos)
cirurgia pélvica / radiação
endocrinopatias
DIAGNÓSTICO
Triagem para depressão
Escala de depressão de Beck ou escala de depressão geriátrica de Yesavage
Nível de testosterona
Dosagem pela manhã. Se o nível é baixo ou normal, prolactina e hormônio luteinizante (LH) devem ser medidos.
Avaliação clínica
Pesquisar sobre utilização de drogas e abuso de álcool, cirurgia e trauma pélvicos, tabagismo, hipertensão, diabetes e aterosclerose, sintomas de doenças vasculares, hormonais, neurológicas e psicológicas
Fármacos que podem causar disfunção erétil: Anti-hipertensivos, drogas que atuam no sistema nervoso central, anfetaminas, inibidores de 5-alfa-redutase e outros
EXAME FÍSICO: os genitais são examinados para pesquisa de anomalias, sinais de hipogonadismo e placas ou faixas fibrosas. Baixo tônus retal, sensibilidade do períneo diminuída ou reflexos bulbocavernosos anormais podem indicar disfunção neurológica. A diminuição dos pulsos periféricos sugere disfunção vascular.
Ultrassonografia com Doppler
Realizada após injeção intracavernosa de um fármaco vasodilatador e usada para avaliar a vasculatura peniana
Os valores normais incluem uma velocidade de pico do fluxo sistólico > 25 cm/segundo e um índice de resistência > 0,8
Arteriografia
Raro. Em casos de cirurgia de revascularização peniana
Monitores noturnos de tumescência peniana
Para diferenciar a etiologia orgânica e psicogênica da disfunção erétil
ETIOLOGIA
Causas orgânicas
Causas relacionais
Causas psicológicas
a principal causa, que se relaciona com as demais, é a aterosclerose que compromete a resposta de estimulação neurovascular.
induzidas por fármacos
multifatorial
CASO CLÍNICO
Homem de 72 anos
Diabético, hipertenso, portador de glaucoma, de distimia e encontra-se de luto pela perda da esposa, há 9 meses
Relata sintomas de disfunção erétil, incluindo ereções inadequadas para penetração e diminuição do desejo sexual
Indica satisfação com masturbação, embora tenha um orgasmo tardio e breve
Acrescenta uma tentativa de ter relações sexuais após o falecimento de sua esposa, sem sucesso
PTS
Controle de diabetes, hipertensão, glaucoma e distimia
Oriento perda de peso, atividade física e outras medidas, se necessário
Prescrevo Tadalafila 5mg, uma vez ao dia, aproximadamente no mesmo horário
FISIOPATOLOGIA
a ereção depende do relaxamento do músculo liso cavernoso, permitindo o aumento do fluxo sanguíneo arterial sinusoidal, oclusão do fluxo venoso e consequente rigidez.
com o estímulo do nervo cavernoso, o óxido nítrico neuronal é liberado e inicia o processo de ereção porque auxilia no relaxamento da musculatura, enquanto o óxido nítrico endotelial ajuda a manter a ereção.
os sinusoides relaxados ficam cheios de sangue arterial, comprimem o plexo venoso e o sangue fica retido no corpo cavernoso, ocorrenddo a ereção.
o oxido nitrico induz a formação de GMP cíclico que favorece a saída de cálcio da célula e consequente relaxamento.
TRATAMENTO
Tratamento das causas subjacentes
Associar a educação para o paciente para a parceira ou parceiro e modificações comportamentais (perda de peso, etc)
Fármacos
1ª linha
Os
inibidores orais da fosfodiesterase
inibem seletivamente a guanosina monofosfato cíclica (cGMP) específica para fosfodiesterase tipo 5 (PDE5)
Sildenafila, vardenafila, avanafila e tadalafila
Alprostadil
(prostaglandina PGE1), autoadministrada via inserção intrauretral ou injeção intracavernosa, pode causar ereções com duração média de 30 a 60 minutos. Pode-se associar aos inibidores de PDE5. Tto de 2ª linha!
Dispositivo de ereção a vácuo ou anel de constrição
2ª linha
Implantação cirúrgica de próteses penianas
Somente em casos de ineficácia (fármacos e dispositivos com ≥ 5 tentativas)
Próteses incluem hastes de silicone semirrígidas ou dispositivos infláveis multicomponentes preenchidos com soro fisiológico
TIPOS DE EREÇÕES
PSICOGÊNCIAS: ocorrem em resposta à estimulação sensitiva aferente (T11-L2 e B2-B4) para
desencadear a ereção dopaminérgica central na área pré-óptica.
REFLEXOGÊNCIAS: geralmente são preservadas em homens com lesão na medula espinhal acima do nível sacral, ocorrem com a estimulação genital e são mediadas na medula espinhal e no núcleo autonômico.
NOTURNAS: ocorrem durante o sono REM, provavelmente resultam da supressão do fluxo simpático inibitório pela formação pontina e amígdala.
CLASSIFICAÇÃO
ORGÂNICA - vasculogênica, arteriogênica, cavernosa, mista, neurogênica, anatômica e endócrina, secundárias a traumas e cirurgias, doença de Peyronie.
PSICOGÊNICA
GENERALIZADA - falta de excitação sexual primária, declínico da libido relacionado à idade.
SITUACIONAL - relacionada ao parceiro (a), ao próprio desempenho, ansiedade, sofrimento psiquico, humor deprimido
DIFERENCIAÇÃO
ORGÂNICA - inicio gradual, progressão incremental, disfunção global, ereções ao acordar ausentes ou incompletas.
PSICOGÊNICA - inicio repentino, perda imediata completa, disfunção situacional, ereções presentes ao acordar.
DEFINIÇÃO
é a incapacidade de obter e/ou manter uma ereção peniana tempo suficiente para um desempenho sexual satisfatório
REFERÊNCIA
BMJ Best Pratice. Disfunção Erétil. Última atualização: 21 de fevereiro de 2023. Acesso em 31 de out de 2023.
GRUPO 3: Emília Victoria Simões Cabral Coimbra (coordenadora), Isabella Maria Cavalcante Souza (secretária), Ana Ellen dos Santos Fontinele, Daniel Mendes Lopes, Gustavo Sousa Monteiro, Marilia Mendes Vasconcelos, Mateus Ferro Barros e Emanuelle Lima Vale de Moura.