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ARBOVIROSES, Monitoramento dos casos de arboviroses urbanas causados por…
ARBOVIROSES
Epdemiologia
Período de Análise
As informações sobre dengue e chikungunya referem-se a notificações entre as semanas epidemiológicas 1 e 53 de 2019 a 1 e 53 de 2020.
Os dados de zika foram consultados até a semana epidemiológica 51 de 2019 a 51 de 2020.
Enfoque na Sazonalidade
As informações mantêm o foco na sazonalidade das arboviroses urbanas, correspondendo ao período de alta pluviosidade e temperatura na maior parte do país.
Os dados foram analisados em dois recortes temporais: janeiro a junho de 2020 (SE 1 a 26) e julho a novembro de 2020 (SE 27 a 53).
Objetivo do Recorte
O objetivo do recorte é mostrar que a transmissão dos arbovírus (dengue, chikungunya e zika) aumenta no período entre as semanas epidemiológicas 1 a 26.
Isso destaca a importância da intensificação do controle de criadouros do mosquito Aedes aegypti, alertas à população e organização dos serviços de saúde nos meses que antecedem esse período.
Zika
Até a semana epidemiológica 51, foram notificados 7.387 casos prováveis de zika no país, com maior incidência na região Nordeste.
O estado da Bahia concentra a maior parte dos casos de zika.
Observou-se uma tendência de redução dos casos de zika a partir da semana epidemiológica 27.
Casos Graves e Óbitos
Foram confirmados 826 casos de dengue grave (DG) e 9.072 casos de dengue com sinais de alarme (DSA).
Confirmados 554 óbitos por dengue, com maior ocorrência entre as semanas 1 a 26.
Até a semana epidemiológica 53, foram confirmados 30 óbitos por chikungunya, com a maioria ocorrendo nas regiões Nordeste e Sudeste.
Até a semana 26, ocorreram 21 óbitos por chikungunya, com destaque para os estados da Bahia, Paraíba, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.
Situação Epidemiológica 2020
Até a semana epidemiológica 53, foram notificados 987.173 casos prováveis de dengue no país, com maiores incidências nas regiões Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Nordeste e Norte.
No período de janeiro a junho de 2020, ocorreram 89,8% dos casos de dengue (886.654), com destaque para os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Mato Grosso, Espírito Santo e Goiás.
Entre as semanas 27 a 53, foram notificados 10,2% dos casos de dengue, com maior incidência no Distrito Federal e Goiás.
Chikungunya
Até a semana epidemiológica 53, foram notificados 82.419 casos prováveis de chikungunya no país, com as maiores taxas de incidência nas regiões Nordeste e Sudeste.
No período de janeiro a junho de 2020, ocorreram 71,8% dos casos de chikungunya, com destaque para os estados do Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Norte.
Entre as semanas 27 a 53, foram notificados 28,2% dos casos de chikungunya, com apenas Sergipe apresentando uma taxa de incidência acima de 100 casos por 100 mil habitantes.
Etiologia
Dengue
Etiologia: Vírus da Dengue (DENV), que pertence ao gênero Flavivirus.
Febre Amarela
Etiologia: Vírus da Febre Amarela (YFV), também um Flavivirus.
Zika
Etiologia: Vírus Zika (ZIKV), que também é um Flavivirus.
Chikungunya
Etiologia: Vírus Chikungunya (CHIKV), pertencente ao gênero Alphavirus.
Encefalite Transmitida por Carrapatos (TBE)
Etiologia: Vírus da Encefalite Transmitida por Carrapatos, como o vírus TBEV (Tick-borne encephalitis virus), que pertence ao gênero Flavivirus.
Febre do Nilo Ocidental
Etiologia: Vírus do Nilo Ocidental (WNV), também da família Flaviviridae.
Encefalite Japonesa
Etiologia: Vírus da Encefalite Japonesa (JEV), outro vírus do gênero Flavivirus.
Fisiopatologia
Infecção pelo vírus
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O vírus da dengue é introduzido no corpo humano através da picada de um mosquito Aedes aegypti infectado.
Replicação viral
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O vírus se replica dentro das células do sistema imunológico, como macrófagos e células dendríticas.
Resposta imunológica inicial
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O sistema imunológico responde à infecção, produzindo anticorpos e ativando células de defesa.
Fase febril
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Sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações, devido à disseminação viral e resposta inflamatória.
Agravamento da infecção
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Em casos graves, a resposta imunológica exagerada pode causar danos nos vasos sanguíneos e queda na contagem de plaquetas.
Dano vascular
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O vírus e a resposta imunológica danificam os vasos sanguíneos, causando vazamento de plasma, hemorragias e petéquias.
Recuperação
A maioria dos pacientes se recupera após a fase aguda da infecção, à medida que o sistema imunológico elimina o vírus.
Tratamento
Hidratação
Manter uma hidratação adequada é fundamental.
Beber água e soluções de reidratação oral é importante para combater a desidratação.
Controle da Febre e da Dor
Para aliviar febre e dores, utilizar medicamentos como paracetamol.
Evitar o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).
Repouso
Descansar e evitar atividades extenuantes ajuda na recuperação.
Monitoramento Médico
Acompanhamento médico é essencial para detectar agravamentos.
Particularmente importante nos casos de dengue grave.
Transfusão de Plaquetas
Em casos graves com queda acentuada na contagem de plaquetas, a transfusão pode ser necessária.
Tratamento de Apoio
Administração de tratamento de apoio conforme os sintomas e necessidades do paciente.
Transmissão
Transmissão por Mosquitos
A maioria das arboviroses é transmitida por mosquitos, como o Aedes aegypti.
Os mosquitos atuam como vetores, picando uma pessoa ou animal infectado e, em seguida, uma pessoa saudável, transmitindo o vírus.
Transmissão por Carrapatos
Algumas arboviroses, como a encefalite transmitida por carrapatos (TBE), são transmitidas por carrapatos infectados.
Os carrapatos se alimentam de hospedeiros vertebrados, transmitindo o vírus durante a alimentação.
Transmissão por Moscas
Alguns arbovírus são transmitidos por moscas, como as moscas de areia, que podem transmitir o vírus da febre de O'nyong-nyong.
Transmissão Vertical
Transmissão de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação, como no caso do vírus da Zika.
Transmissão por Transfusão de Sangue e Transplante de Órgãos
Em casos raros, arbovírus podem ser transmitidos através de transfusões de sangue ou transplantes de órgãos de doadores infectados.
Complicações
Dengue Clássica
Caracterizada por febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, erupção cutânea e dor nos olhos.
Dengue Hemorrágica (DH)
Forma grave com hemorragias, queda nas contagens de plaquetas, aumento da permeabilidade vascular e instabilidade hemodinâmica.
Síndrome de Choque da Dengue (SCD)
Emergência médica com resposta inflamatória intensa, queda acentuada na pressão arterial e falência de órgãos.
AINES
O uso de AINEs como ibuprofeno e ácido acetilsalicílico (AAS) para aliviar sintomas como dor e febre na dengue é controverso.
AINEs podem aumentar o risco de sangramento, especialmente em casos de dengue grave.
Organizações de saúde recomendam evitar AINEs e usar paracetamol para controle da febre e dor na dengue.
Sorotipos
xistem quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
A infecção por um sorotipo confere imunidade contra o mesmo sorotipo, mas não contra os outros.
Infecção subsequente por um sorotipo diferente aumenta o risco de complicações, devido a uma resposta imunológica inadequada.
Monitoramento dos casos de arboviroses urbanas causados por vírus transmitidospor Aedes (dengue, chikungunya e zika),semanas epidemiológicas 1 a 53, 2020