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Encefalopatia Espongiforme Bovina (Vaca Louca) - Coggle Diagram
Encefalopatia Espongiforme Bovina
(Vaca Louca)
Doença que afeta o sistema nervoso dos bovinos alterando seu comportamento. Não tem cura e é 100% letal.
Causada por uma
proteína anormal chamada de príon
no tecido nervoso. Transmitido através do consumo de subprodutos animais (farinha de carne, ossos, vísceras). O príon no SNC causa uma deterioração gradual do encéfalo causando lesões com aspectos esponjosos.
O príon é altamente resistente e estável, não é destruído facilmente pelo calor ou desinfetantes, podendo permanecer no solo por 3 anos.
Espécies susceptíveis:
ruminantes, camudongos, macacos e humanos.
Não
acomete suínos e aves. É de
notificação obrigatória.
Apresentação:
animais adultos pois é uma doença crônica (possui longo período de incubação, meses a anos, em média 5 anos). Bovinos leiteiros são mais afetados pelo consumo de rações ou pela cama com restos de aviário.
O desenvolvimento da EEB está associada ao uso de farinha de carne e ossos na alimentação do gado, por isso foi proibida o uso de alimentos de origem animal na alimentação dos bovinos.
Os príons não induzem resposta imune capaz de ser detectada por algum teste, portanto não existe diagnóstico em vida.
Formas
Forma típica:
ocorre pela
ingestão do príon
e falha do sistema imune. Vai virar forma atípica depois de um tempo pois irá transformar outras proteínas em príons "naturalmente".
Patogenia:
ingestão do alimento contaminado > agente se dissemina por rota neural até SNC > replicação e acúmulo de príon no SNC > morte gradual do tecido cerebral.
Forma atípica:
acontecem naturalmente pela
mutação da proteína se transformando em príon no SNC
. Não tem uma causa específica. Proteína normal da musculatura do bovino se modifica e vai para o SNC onde causa a doença.
Patogenia:
mutação espontânea da proteína normal.
A EEB não é contagiosa. Não há transmissão horizontal e muito raramente ocorre transmissão vertical (mãe-filho).
Cadeia Epidemiológica
Fonte de infecção:
carcaça de bovinos contaminados na alimentação de outros bovinos e humanos.
Via de eliminação:
contaminação do ambiente através da carcaça/apodrecimento.
Via de transmissão:
alimentos contaminados, produtos veterinários, suplementos vegetais contaminados.
Via de penetração:
digestória (ingestão).
Hospedeiros suscetíveis:
mamíferos.
Diagnóstico: post mortem.
Sinais clínicos:
comportamento anormal (nervosismo, ranger de dentes, hipersensibilidade ao toque/luz/som, hipermetria, ataxia.
Laboratorial:
necropsia. Exame macroscópico (cérebro esponjoso) e microscópico (vacuolização, espaços sem células) do cérebro.
Diferencial:
raiva, babesiose, listeriose, febre catarral maligna.
Profilaxia
Não há vacina contra.
Proibido uso de cama de frango, alimentação com proteína animal ou outra fonte de proteína. Análise da ração animal utilizada na alimentação de rebanhos.
Análise de cérebro de ruminantes nos abatedouros (aspecto de esponja). Descarte de órgãos do SNC de ruminantes em frigoríficos.
Importância ecônomica:
fechamento de mercado da carne quando há caso confirmado gerando perdas econômicas gigantescas ao país.
No Brasil já ocorreu casos (nenhum no RS) e todos foram de formas
atípicas
(mutação da proteína).