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Meningite e epilepsia - Coggle Diagram
Meningite e epilepsia
Meningite (infecção no SNC)
Objetivos da aula
Saber reconhecer os sintomas clinicos de um paciente com meningite
Como fazer o diagnostico de meningite e diferenciar meningite viral e bacteriana através do LCR
Quais as indicações para exame de imagem em paciente com meningite aguda
Como tratar paciente com meningite bacteriana aguda
Como diferenciar meningite e encefalite
Etiologia
Bacterias
Neisseria meningitidis
Streptococcus pneumoniae
Haemophylus influenzae
Micobacterium tuberculosis
Patologias que podem simular infecção no SNC
Neoplasias, cistos, medicamentos, doenças do tecido conjuntivo
Fungos
Cryptococcus neoformans
Histoplasma capsulatum
Parasitas
Toxoplasma gondii
Cysticercus cellulosae
Virus
Infiltração neoplasica
Sarcoidose
Doenças autoimunes
Meningite química/medicamentosa
Meningite pos infecciosa
Etiologia das encefalites
Pode ser infecciosa, pos infecciosa ou imunomediadas, sendo que 50 a 60% anos possuem causa definida
Infecciosa
Viral
Herpes simples, varicela zoster, CMG, HIV, West nile, enterovirus, virus da raiva
Bacteriana
Treponema pallidum, borralla burgdorferi, mycobacterium tuberculosis
Fungica
Histoplasma capsulam, cryptococcus neoformans
Protozoarios
Toxoplasma condi, tripanossoma cruzi
Tipos de infecção do SNC
Meningites, encefalites, abscessos, mielites
Quadro clinico
Triade classica
Sindrome meningea
Cefaleia, dor cervical, dor lombar, fotofobia, rigidez de nuca
Sinais de Kernig, Lasegue, Brudzinski, opistotono
Crianças de ate 9 meses podem nao apresentar sinais clássicos de irritação meninges
Sindrome de hipertensao intracraniana
Cefaleia, vomitos, papiledema, comprometimento de nervos cranianos
O nervo oculomotor (VI) par craniano é o mais acometido, podendo resultar em diplopia
Sindrome infecciosa/toxemia
Febre, adinamia, hiporexia, mal estar, fadiga, palidez, taquicardia, taquipneia
Sintomas associados
Rash e petequias pode aparecer em qualquer meningite bacteriana
Meningite x encefalite
Meningite = cefaleia, vômitos, rigidez de nuca
Encefalite = rebaixamento do nivel de consciencia, comportamento, personalidade, crises epilépticas, sinais neurológicos focais
Sinais neurológicos focais
Afasia, hemiparesia, ataxia, paralisia do nervo craniano
Sempre suspeitar se:
febre alta e vômito, sem foco de infecção aparente, acompanhado de cefaléia intensa, rigidez de nuca, sonolência, torpor, irritação, diminuição da sucção em lactentes, abaulamento de fontanela e convulsões
Tempo de evolução
Aguda (menos de 2 semanas de evolução)
Bacteriana piogenica
Viral
Subaguda (2 a 4 semanas de evolução)
TB, fúngica, bacteriana piogênico complicada, viral, sifilítica, protozootica
Cronica (tempo de evolução maior que 4 semanas)
TB, fúngica, helmintica, sifilitica
Diagnostico
Clinica
Exames complementares
LCR
Objetivo = Identificar a causa da meningite (bacteriana, viral, ...)
Características analizadas
Pressao de abertura
Aspecto
Cor
Citometria
Glicorraquia
Proteinorraquia
Interpretação
Viral
Celularidade = 50 a 1000 leuco
Células predominantes = mononuclear
Glicose > 45 (alta)
Proteina < 200
Bacteriana
Celularidade = 1000 a 5000
Existe algumas meningites bacterianas com LCR com poucos leucocitos, como
Meninigite meningocócica fulminante
Punção na fase hiperaguda
Imunodepressao
Uso previo de ATB
Infecções parameningeas
Infecções circunscritas
Analise do LCR
Tbm existe meningites bacterianas com predomínio linfocitico
Punção na fase hiperaguda
Imunodepressão
Uso prévio de antibióticos
Infecções parameníngeas (mastoidite, otite, trombose séptica)
Infecções “circunscritas” (empiema, cerebrite, abscesso)
Células predominantes = neutrofilos
Em resumo bacteriana
Glicose LCR / serica ≤ 0,4
Coloração GGRAM positiva em 60 a 90%
Cultura positiva em 70 a 85% dos casos
Pressao de abertura de 200 a 500 mmH2O
Glicose < 40
Proteina 100 a 500
TB
Celularidade 50 a 300
Células predominantes = mononuclear
Glicose < 45
Proteina 50 a 300
Criptococica
Celularidade = 20 a 500
Células predominantes = mononuclear
Glicose < 40
Proteina > 45
Técnicas complementares
Bacterias piogenicas
Bacterioscopia (GRAM), latex, cultura, hemocultura, PCR
Diplococos GRAM + = stretococcus pneumoniae
Diplococos GRAM - = Neisseria meningitidis
Mycobacterium TB
Baciloscopia, TRM (PCR), cultura
Treponema pallidum
VDRL, FTA-ABS
Fungos
Exame direto (tinta da China), CRAG, cultura (AS), hemocultura
Virus
ELISA (IgG/IgM), inibição da hemaglutinação, PCR, RT-PCR, Isolamento (cultivo)
Exame de imagem
Indicações
Persistencia da febre
Sinais de hipertensão intracraniana
Sinais focais
Convulsoes
Aumento da circunferencia craniana
Fratura de base de cranio
Nao é necessario em todo paciente com meningite
É usado para avaliar complicações como:,
nao sendo útil para o diagnostico
Hidrocefalia, abcesso
Empiema
Quando fazer exame de imagem antes da punção:
Convulsoes,
imunossupressão
, papiledema, sinais neurológicos focais, comprometimento do nivel de consciencia
Diagnostico de encefalite
Exame de imagem
TC ou RM
Rm é melhor para encefalite herpética, anormalidades nos lobos temporais e regiao orbitofrontal
LCR
Pleocitose
50 a 500 células com predomínio linfocitario
Glicorraquia normal
Proteina elevada
PCR
Tratamento
Principios gerais
Meninigite bacteriana é Emergencia medica, nao devendo o tratamento ser protelado
Meningite viral geralmente possui resolução espontanea
Meningite bacteriana
Trat especifico
Haemo. influenza
cefalosporina de terceira geração
Neisseria meningitidis =
Penicilina G ou ampicilina
Streptococchi pneumonia
Listeria monocytogenes
Escherichia coli
Streptococchi agalactiae
Trat empirico
Menor de 1 mes de idade
Ampicilina + cefataxima
ou
Ampicilina + aminoglicosideo
Entre 1 a 23 meses
Cefalosporina de terceira geração (ceftriaxona)
Entre 2 a 50 anos
Maior que 50 anos
Cefalosporina de teceira geração + ampicilina
De acordo com condições clinicas
Imunossuprimido
Ampicilina + cefepime
Fratura de base de cranio
Cefalosporina de terceira
TCE ou pos operatorio de neurocirurgia
Vancomicina + ceftazidima ou cefepime
Uso de corticoide
Possui mais eficacia em pacientes com
meningite pneumocócica
e naqueles com doença moderada ou grave
Nao se recomenda uso em adultos que ja iniciaram ATB e naqueles que nao possuem meningite pneumococo
Dose de 0,15 mg/kg a cada 6 horas por 2 a 4 dias
Prevenção
Neisseria meningitidis
Adulto = 600 mg/dose de 12/12 horas
Duração de 2 dias
Criança entre 1 mes e 10 anos = 10 mg/kg/dose de 12/12 horas sem passar de 600 mg
Criança menor que 1 mes = 5 mg/kg/dose de 12/12 horas sem passar de 600 mg
haemophilus influenza
Adulto = 600 mg/dose de 24/24 horas
Criança entre 1 mes e 10 anos = 20 mg/kg/dose de 24/24 horas sem passar de 600 mg
Criança menor que 1 mes = 10 mg/kg/dose de 24/24 horas sem passar de 600 mg
Duração de 4 dias
Encefalites
Regra = iniciar terapia antiviral em suspeita de encefalite = aciclovir 10 mg/kg de 8/8 h por 14 a 21 dias
Suporte clinico intensivo
Corticoide
Usado se edema cerebral
Anticonvulsivante
Epilepsia
Epidemiologia
Estima-se que 8 a 10% da população vai ter uma crise convulsiva ao longo da vida
Crise convulsiva representa ate cerca de 1 a 2% dos atendimentos em emergencia
Cerca de 50 milhões de pessoas tem epilepsia ao redor do mundo
80% dos paciente com epilepsia vivem em países subdesenvolvidos
Estado de mal epiléptico
Inocência 18 a 41 por 100 mil/ano
Letalidade 19 a 26%
Definição
Crise epileptica
Sinais e sintomas transitorios que ocorrem por atividade anormal excessiva ou hipersincrona no cerebro
Epilepsia
Condição que predispões a ter crises epilépticas recorrentes nao provocadas
Paciente com duas crise convulsivas tem cerca de 70% de recorrência do quadro, ja pacientes com 1 crise convulsiva tem cerca de 30% de recorrência
Estado de mal epileptico
Crise com duração de > 5 min
Possui consequências a longo prazo como morte, dano neuronal e alteração das redes neuronais
Tipos de epilepsia
Focal (60%)
Perceptivas ou disperceptivas
Inicio motor x inicio nao motor
Pode evoluir para tonico clonica generalizada
Generalizada (30%)
Motora
Tonico clonica
Outras motoras
Nao motora
Ausencia
Combinação entre focal e generalizada
Desconhecida (10%)
Motora
Tonico clonica
Outras motoras
Nao motora
Parada comportamental
Etiologia
Estrutural, genetica, infecciosa, metabolica, imune, desconhecida
Diagnostico
Criterios
2 crises nao provocadas com intervalo > 24 horas
Uma crise nao provocada, com probabilidade de mais crises
Diagnostico de sindrome epileptica
Investigação
Primeira crise epileptica
Pode ser uma crise aguda sintomática ou uma crise nao provocada
Crise aguda sintomatica
25% das crise possuem fator causal identificável como:
Distúrbio hidroeletrolítico
Quadro infeccioso
Hipoglicemia
Insulto vascular
Intoxicação
Abstinência
Neoplasia
Drogas
Conduta inicial
Glicemia capilar
Exames laboratoriais gerais
Neuroimagem
EEG
Abordagem
Durante a crise
Proteger o paciente para evitar traumas
Posicionar o
paciente de lado
Nao introduzir nada na boca
Chamar ambulancia se:
Primeira crise
Duração maior que 5 min
Se houver duvida sobre o quadro
Periodo pos ictal prolongado
No hospital
Tratar crise e investigar etiologia
Se paciente chegar em crise =
diazepam IV 10 mg, repete ate 4 vezes
Se + de 2 crises =
fenitoína 15 mg/kg IV
(necessario completar para 30 mg/kg)
Nao funcionou = estado de mal epiléptico
Midazolam
IV
Propofol
IV
Tiopental
IV
Associar Ketamina IV
EEG continuo
Estabilização clinica
ABC + MOV
O2
Glicemia capilar
Se
hipoglicemia = tiamina 100 mg + glicose 50%
(50 ml EV)
Colher exames laboratoriais
Hemograma, eletrólitos, função renal, enzimas hepáticas e cardíacas, BHCG em mulheres
Imagem
TC ou RM
LCR quando suspeita de meningite e encefalite
Outros
PCR, nivel serico DAE, painel encefalites autoimunes