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4º Mapa Mental — Medo, Guilherme Santana de Mendonça (RA00340667) - Turma:…

- - - - Estímulo — Tálamo — Amígdala — Hipotálamo
        
        Exemplo: Um estímulo visual é processado no Tálamo, onde informação é transmitida para a Amigdala e para o Córtex Cerebral Visual para que haja a produção de hormônios de estresse (cortisol e adrenalina, por exemplo) e a produção de respostas fisiológicas (portanto, autônomas) no Hipotálamo (via Sistema Nervoso Simpático e Sistema Nervoso Adrenocortical).
        
        A Amígdala (componente central da via curta) recebe uma informação grosseira, rápida, que permite que se inicie a resposta do comportamento de luta ou fuga. Ocorre a emoção do medo, depois alterações vegetativas (↑FC; ↑FR; ↑PA etc.) e, ao fim, alterações motoras (contração dos músculos para fugir).
        
        O Córtex visual realiza o melhor processamento da informação e, assim, necessita de mais tempo. Ele Identifica detalhadamente o estimulo. Essa informação é levada para a Amígdala causando ajustes adicionais nas alterações motoras e vegetativas
  - - - Estímulo — Tálamo — Amígdala — Hipocampo
        
        A diferença aqui está na presença do Hipocampo, ou seja, na interpretação e percepção do estímulo e, consequentemente, na necessidade de maior tempo para a reação, o que é muito vantajoso também.
        
        Para estímulos que precisam de um curtíssimo tempo de reação, a via subcortical é mais adequada (exemplo: se dar conta que um escorpião está no seu colo, mesmo ele sendo real ou não). Entretanto, a via cortical é muito adequada também em várias situações (exemplo: enxergar uma forma de escorpião de longe, mas ao olhar com mais foco, ver que é um pedaço de papelão, não necessitando ativar o sistema de luta/fuga).
        
        1) Córtex Sensorial: A informação sensorial inicial sobre a ameaça é recebida e processada pelo córtex sensorial primário, que inclui áreas como o córtex visual, auditivo e somatossensorial, dependendo do tipo de estímulo percebido.
        
        2) Córtex Pré-Frontal: Após o processamento inicial no córtex sensorial, a informação é encaminhada para o córtex pré-frontal, que desempenha um papel importante na tomada de decisões, na avaliação de riscos e na interpretação da ameaça. O córtex pré-frontal é uma parte chave na via longa, onde a interpretação e avaliação cognitiva da situação ocorrem.
        
        3) Amígdala: Assim como na via curta, a amígdala também desempenha um papel crítico na via longa. Após a análise no córtex pré-frontal, as informações sobre a ameaça são encaminhadas para a amígdala. A amígdala integra as informações emocionais e ajuda a determinar a resposta emocional apropriada.
        
        4) Hipocampo: O hipocampo, outra estrutura cerebral, está envolvido na consolidação da memória e na contextualização das experiências emocionais. Ele também desempenha um papel na via longa, ajudando a avaliar o contexto da ameaça e contribuindo para a resposta emocional final.
- - - - A amígdala é uma das estruturas mais importantes no processamento do medo. Ela desempenha um papel crucial na avaliação de ameaças e na geração de respostas emocionais ao medo. A amígdala é responsável por identificar estímulos ameaçadores e desencadear uma resposta de luta ou fuga. Essa estrutura é a central de alerta, do perigo e da ameaça. Ela decodifica as emoções, determina as possíveis ameaças e armazena memórias de medo.
        
        Ela é considerada o “Cérebro social”, participando da geração de comportamentos sociais, justamente por sua ativação, que se dá diante de expressões faciais de medo, sendo responsável por coordenar respostas à ameaça e ao perigo.
      - Sua localização: se localiza no lobo temporal medial e fica do ladinho do hipocampo, do ladinho da glândula pituitária (ou hipófise) e abaixo do corpo mamilar. Além disso, tem um formato de amêndoa e é uma massa não uniforme de tecido nervoso
      - Lesões nessa área: (1) ocorre o empobrecimento do comportamento social e (2) há o prejuízo da capacidade de inferir emoções a partir das expressões faciais, de fazer julgamentos sociais e de direcionar comportamentos sociais adequados
        
        O aprofundamento sobre lesões nessa área está no item 5 deste mapa mental.
      - 5 - O QUE ACONTECE QUANDO HÁ UMA LESÃO NA AMÍGDALA?
        
        Visto que a Amígdala discrimina estímulos associados ao medo e alerta o organismo, sendo um disparador do medo e ansiedade, lesões nessa estrutura podem consequenciar, por exemplo, a acentuação do estado de vigilância ou atenção aumentada, ansiedade e medo; não sentir medo ou ansiedade como antes; a diminuição ou aumento da agressividade; etc. Para esquematizar um pouco melhor, organiza-se consequências de lesões na amígdala em cinco pontos:
        
        (1) Alterações nas emoções. Ansiedade, irritabilidade, depressão e dificuldade em reconhecer e responder adequadamente às expressões faciais de outras pessoas podem ser comuns quando essa estrutura está lesionada.
        
        (2) Problemas de memória emocional. A capacidade de uma pessoa lembrar e processar eventos emocionais passados é prejudicada.
        
        (3) Respostas emocionais atenuadas. Em alguns casos, uma lesão na amígdala pode resultar em respostas emocionais reduzidas a estímulos emocionais, tornando a pessoa menos reativa a situações emocionais, como medo ou perigo.
        
        (5) Dificuldade de reconhecimento de expressões faciais. Lesões na amígdala podem resultar em dificuldades em perceber e interpretar adequadamente as emoções de outras pessoas a partir de suas expressões faciais.
        
        (6) Outros efeitos são possíveis também!!!
        
        (4) Comportamento impulsivo. Lesões nessa área podem levar a um aumento do comportamento impulsivo, uma vez que a capacidade de inibir respostas impulsivas pode ser prejudicada.
    - - O tálamo atua como uma espécie de estação de retransmissão para informações sensoriais que são recebidas dos sentidos (visão, audição, tato, etc.) e as encaminha para regiões específicas do cérebro ativando ou não o complexo circuito do medo. Ele recebe informações sensoriais relacionadas a estímulos que possam representar uma ameaça. Isso pode incluir, por exemplo, sinais visuais, auditivos ou táteis que são percebidos como potencialmente perigosos.
    - - O córtex sensorial é uma parte do córtex cerebral que está envolvida na interpretação e percepção de estímulos sensoriais, como informações visuais, auditivas, táteis, gustativas e olfativas. Quando se trata de processar o medo, o córtex sensorial é responsável por captar as informações sensoriais que podem representar uma ameaça e transmiti-las para outras regiões do cérebro.
    - - Ele funciona como regulador das reações automáticas e integra todas as informações sensoriais, emocionas, culturais e subjetivas para formular um plano de ação adequado às necessidades e ao contexto da situação. Além disso, ele está presente na extinção do medo, na avaliação cognitiva do medo, na inibição de respostas automáticas ao medo e no processamento de informações sociais.
    - - Ele é a “sede cerebral das memórias”. Ele armazena, procura memórias conscientes e compara com nossas experiências considerando o contexto que envolve o objeto do medo. Ademais, essa estrutura trabalha em conjunto com a Amígdala para processar e contextualizar informações relacionadas ao medo.
        
        Localização: ele limita-se com a amígdala e se localiza na região medial ao lobo temporal.
    - - O hipotálamo desempenha um papel central na regulação das respostas fisiológicas ao medo. Ele controla funções autônomas, como a frequência cardíaca, a pressão arterial e a liberação de hormônios (Sistema Endócrino) do estresse, como o cortisol e a adrenalina.
        
        Ele regula funções básicas como, por exemplo, as do apetite, sede, balanço hídrico e eletrolítico. Ademais, ele é o centro coordenador da expressão emocional e faz a manutenção do ciclo sono vigília, regulando a temperatura e outras respostas que envolvam o comportamento (como já citado).
- - - - Sua função se deve principalmente na proteção diante de situações de risco, situações onde evidentemente o Sistema Nervoso Simpático é ativado. Ele é acionado quando detecta uma ameaça (1) à integridade física, (2) à reputação, (3) à autoestima e (4) à segurança. Logo, é visível que o medo também se relaciona a comportamentos aprendidos, comportamentos que incluem crenças e valores construídos culturalmente que ainda fazem sentido historicamente no âmbito social e individual.
        
        E, por fim, é importante ressaltar que seres vivos atuariam de forma imprudente, colocando suas vidas em constante risco sem a presença do medo. Ou, para resumir, aqueles que não possuem medo não estão mais entre nós.
        
        E DE ONDE VEM O MEDO?
        
        1) Fatores genéticos
        
        A primeira origem do medo está nos fatores genéticos, inatos, fatores variados e selecionados pela seleção natural, em que aqueles que o possuíam garantiram com maior probabilidade sua sobrevivência e suas chances de reprodução.
        
        2) Fatores ambientais
        
        A segunda origem do medo está nos fatores ambientais, presente na ontogenia do sujeito que vive, oriundo de pressões ambientais, traumas vividos, experiências passadas, etc. Engloba tudo do medo que se estruturou de acordo com o desenvolvimento do sujeito, e não apenas de sua espécie.
- - - - Ele (1) recebe informações dos órgãos dos sentidos (som mais estudado); (2) reconhece expressões faciais de medo; e (3) filtra as informações
    - - Ele (1) recebe informação do bulbo e córtex olfatório; e (2) transmite essa informação olfatória para os núcleos hipotalâmicos, relacionados à reprodução e defesa.
    - - Ele (1) emite as respostas necessárias; (2) se conecta com tronco cerebral, controlando a expressão de respostas de medo, principalmente a imobilização e reações endócrinas e autonômicas; e (3) controla os níveis hormonais, especificamente o eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HHA)
  - - - Funções: realiza a evocação de memórias e aprendizagem, além de coordenar odores e visões agradáveis de emoções anteriores.
      - O Giro do Cíngulo é uma estrutura do córtex cerebral localizada na região do cíngulo, que é uma parte do lobo frontal do cérebro. Ela desempenha um papel na regulação das emoções e no processamento do medo. O giro do cíngulo está envolvido na avaliação cognitiva das emoções, ajudando o sujeito a interpretar e contextualizar estímulos emocionais, incluindo aqueles relacionados ao medo. Além disso, desempenha um papel na regulação das respostas emocionais.
- - - - É um medo incondicionado, originado da espécie (filogenia) e relacionado às respostas de fuga ou ataque. Exemplo: sons intensos, predisposição para ter medo de altura e predisposição ao medo de animais selvagens.
    - - É um medo condicionado, originado da experiência de vida do sujeito (ontogenia) e relacionado às respostas aprendidas. É um medo desencadeado por estímulos que indicam previamente eventos ameaçadores decorrentes de experiências passadas. Exemplo: ter medo de prova ou de receber um "não" de alguma figura parental.