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Entorses e Fratura de Tornozelo - Coggle Diagram
Entorses e Fratura de Tornozelo
Definição
Embora outras fraturas ao redor e incluindo o tornozelo possam ocorrer (como fraturas do “plafond” tibial
distal), o termo "fratura do tornozelo" mais comumente se refere a tipos de fraturas em que um ou mais dos
maléolos medial, lateral ou posterior estão quebrados
Etiologia
A causa mais comum de fraturas do tornozelo é uma queda de baixa energia, e estudos sugerem que
a proporção de fraturas que resultam desse mecanismo possa variar de 38% a 80%. As próximas
causas mais comuns são lesão por inversão do tornozelo (31.5%), lesões esportivas (10.2%) quedas de
escadas (cerca de 8%), quedas de altura (4.5%) e acidentes com veículo automotor (4.2%).
Epidemiologia
Estudos de epidemiologia das fraturas do tornozelo em pacientes com mais de 65 anos de idade e em
mulheres idosas. O padrão de fratura mais comum é uma fratura isolada da fíbula (51% a 58%) e então, em ordem decrescente
de frequência, fratura bimaleolar (cerca de 27%), fratura trimaleolar (cerca de 14%) e fratura isolada do
maléolo medial (cerca de 8%). Fraturas expostas ocorrem com menor frequência.
Exames de imagem
RX: Deve ser requisitada inicialmente em caso de grande suspeita de fratura com vistas a descartar lesões ósseas. Pode ser repetida depois de 2 semanas caso os sintomas não melhorem com o tratamento inicial (por exemplo, para descartar fratura do escafoide na lesão de punho).
RNM: Consegue diferenciar a ruptura completa da incompleta com um grau de certeza razoável. É considerada padrão ouro na identificação de lesões agudas dos ligamentos do tornozelo
USG nas lesões não ligamentares: Confirma a entorse muscular e permite sua classificação. A ultrassonografia pode ser útil caso a RNM não se encontre disponível.
Artroscopia diagnóstica: útil nas lesões de tornozelo e punho. Usada para diferenciar a entorse incompleta da entorse completa do ligamento.
Diagnóstico diferencial
Fratura:
Pode ser facilmente diferenciada da entorse e da distensão de graus 1 e 2, sendo, porém, de difícil diferenciação com relação às lesões de grau 3. A radiografia em 2 planos geralmente pode identificar fratura e luxações
Lesão cartilaginosa:
Difícil de diferenciar clinicamente de entorse articular. Geralmente é necessário realizar ressonância nuclear magnética (RNM). A RNM irá exibir ligamentos intactos, bem como o tamanho e a extensão da lesão cartilaginosa.
Quadro Clínico
A área sobre o ligamento fica edemaciada e dolorida
Pode haver espasmos musculares, contrações involuntarias dos musculos ao redor do tornozelo.
Moderado:
o tornozelo não costuma ter muito edema e dor, mas fica enfraquecido e mais propenso à novas lesões
Grave:
edemas e hematomas; ao caminhar sente muita dor.
Muito grave:
tornozelos edemaciados e com hematoma, instáveis e sem força; os nervos podem ser danificados. Podem fraturar a cartilagem nas extremidades dos ossos na articulação do tornozelo.
Diagnóstico
Exame Físico
Dor á palpação
Na região do osso navicular
Na base do quinto metatarso
Topografia da cabeça da fíbula
Incapacidade de marcha
Edema/Equimose
Exames Complementares
Radiografia
Ressonância
Tomografia
USG
Anatomia do Tornozelo
Articulação talocrural:
Sindesmose tibiofibular
Ligamentos importantes para estabilização articular:
Deltoide
Talofibular anterior
Calcaneofibular
Talofibular posterior
Tratamento
Fratura aberta
cirurgia de emergência
Fraturas expostas requerem tratamento de emergência realizado por cirurgiões experientes, com irrigação com soro fisiológico e desbridamento da ferida exposta e remoção de todo o tecido desvitalizado.
Antibióticos devem ser administrados de acordo com o tipo de lesão aberta e com a gravidade da contaminação no momento do diagnóstico.
Comprometimento
vascular
Tratamento de emergência é necessário naqueles com comprometimento vascular com encaminhamento de urgência ao cirurgião vascular ou ao cirurgião plástico para consideração do dano arterial.
Fratura fechada + luxação
Redução fechada + tala
O manejo de fratura de emergência inclui a imobilização do membro afetado.
Redução aberta + fixação
Necessária se a redução fechada não for bem-sucedida
Fratura maleolar
Sem desvio/desvio mínimo + sem deslocamento do tálus
Gesso suropodálico
Um gesso suropodálico pode ser aplicado por 6 semanas, com apoio nas últimas 3 semanas.
Tipo/Classificação
Weber
Baseado no tipo e na localização do traço de fratura da fíbula com relação a sindesmose
Tipo A
Infrasseindesmais
Tipo B
Trans-sindesmais
Tipo C
Suprassindesmal
Lauge-Hansen
Relaciona o traço de fratura com o mecanismo do trauma, tomando como referência a posição do pé e a direção da força aplicada
AO
Alfanumérica que mantém as subdivisões de Weber e permite inferir o prognóstico e planejar a abordagem terapêutica
A1
A2
A3
B1
B2
B3
C1
C2
C3
Fatores extrínsecos p/torções
Saltos
Calçadas esburacadas
Rampas
Terrenos acidentados
Escadas
Esportes de alta performance (futebol, tenis, futvolei, crossfit...)