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Prova 1 - Segurança e Regulamentação em Biotecnologia - Coggle Diagram
Prova 1 - Segurança e Regulamentação em Biotecnologia
Aula 1
Pirâmide de Maslow
Representa "estágios" das necessidades humanas;
No
trabalho
, a segurança está na segunda parte próxima à base. Ou seja, a segurança é uma das coisas
mais necessárias para os humanos
, inclusive no trabalho.
Biotecnologia:
Atender necessidades da sociedade.
CONHECIMENTO:
gerais na área da biologia;
BENS:
produtos consumidos diariamente pela sociedade (remédios, comida...)
AGENTES BIOLÓGICOS:
microorganismos;
SERVIÇOS:
purificação da água, tratamento de resíduos.
É necessário haver
planejamento das ações
, fazendo que sejam refletidas na
execução do trabalho
.
GERA OTIMIZAÇÕES:
resultados melhores e mais rápidos;
cumprimento de prazos;
otimização de custos;
preservação do meio ambiente;
saúde e segurança
.
"
BIOSSEGURANÇA:
estudo que visa
prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes
às atividades de pesquisa, ensino, desenvolvimento tecnológico e operacional que possam comprometer a saúde humana, animal, vegetal e o meio ambiente."
Princípios de Biossegurança em Laboratórios:
Técnicas e Boas Práticas de Laboratório (BPL);
EPI's e EPC's
Modo dos utensílios estão organizados no laboratório.
Técnicas e Boas Práticas de Laboratório (BPL):
Aplicação de BPL: contenção dos riscos e prevenção de acidades por meio de treinamento e atualizações constantes sobre biossegurança.
Cada laboratório deve desenvolver seu próprio mapa do laboratório.
Equipamentos de Segurança:
São barreiras primárias de contenção, visando proteger o trabalhador, a equipe e o ambiente laboratorial;
Individuais:
luvas descartáveis, máscaras/respiradores, óculos de proteção, aventais e roupas específicas, etc;
Coletivos:
cabines de segurança biológica, sistemas de ventilação e filtração, autoclaves (esterilização), chuveiros de emergência, lava-olhos, recipientes de descartes de resíduos biológicos, sinalização, etc.
Design do Laboratório:
É a proteção do trabalhador dentro do laboratório, o que ajuda na confiabilidade para realizar os experimentos e para proteção do ambiente, e das pessoas que ali trabalham.
Ambiente amplo com chão antiderrapante.
Móveis de fácil limpeza.
Espaço adequado para andar livremente pelo laboratório (sem obstácuos)
Sinalizações -> Ver slide
Como organizar o ambiente de trabalho?
Fazer um levantamento das necessidades (lista);
Evitar aerossóis;
Prepare soluções; antecipadamente.
Durante o trabalho no laboratório:
Usar roupas adequadas ao laboratório.
Manusear adequadamente os produtos e reagentes.
Higienização para evitar contaminações.
-Utilizar vidrarias adequadas.
Guardar corretamente os reagentes.
Segregação, Acondicionamento e Identificação de resíduos:
A: resíduos potencialmente infectantes ->
(sondas, curativos, luvas, etc): lixeiras revestidas com sacos brancos;
B: resíduos químicos ->
(fixadores de raio x, reveladores, etc): galões coletores específicos;
C: resíduos radioativos ->
(cobalto, lítio): caixas blindadas com símbolo de radiação;
D: resíduos comuns ->
(fraldas, frascos e garrafas pets vazias, etc): lixeiras revestidas com sacos pretos;
E: resíduos perfurocortantes ->
(agulhas, lâminas de bisturi, ampolas, etc): coletor específico (caixa com sinalização).
Aula 3
Aula 2:
Riscos no Ambiente de Trabalho
Há uma diferença entre
Risco
e
Perigo
:
Perigo (causa):
situação que tenha o potencial de causar um dano, lesão, avaria ou doença;
Risco (efeito):
exposição ao perigo x gravidade do dano;
"O perigo é a fonte geradora e o risco é a exposição a essa fonte."
Nadar perto de um tubarão: Tubarão é um perigo, e o risco é nadar perto dele.
Curva de Acidentes x Tempo de Serviço:
O gráfico que demonstra o número de acidentes é a alta incidência no começo, por
falta de experiência (A)
, uma diminuição com o passar do tempo, por
equilíbrio profissional (B)
e um aumento na incidência com mais anos de trabalho, devido ao
excesso de confiança (C).
Riscos Ocupacionais:
(ver slide para melhores detalhes)
Dados da Tabela de Riscos Ocupacionais, Portaria do Ministério do Trabalho
1 - Físico:
umidade, vibrações, temperatura;
2 - Químico:
gases, vapores;
3 - Biológico:
organismos;
4 - Ergonômico:
esforços físicos em geral e causadores de stress.
5 - Acidente (mecânico):
manuseio inadequado de máquinas e falhas na arquitetura do laboratório.
Riscos Físicos:
Causados por agentes capazes de
alterar as características físicas do meio ambiente.
Ex.: o ruído de um tear altera a pressão acústica que incide sobre os ouvidos dos operários.
Caracterizam-se por:
Exigir um meio de transmissão (em geral, o ar) para propagar a nocividade;
Agir mesmo em pessoas que não têm contato direto com a fonte de risco;
Ocasionar, em geral, lesões crônicas.
No laboratório:
frio extremo (nitrogênio líquido, que chega a -196ºC), radiação UV e calor extremo (autoclave e estufa de secagem).
Riscos Químicos:
Causados por agentes capazes de
alterar as características químicas do meio ambiente
. Perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos (ácidos, agentes oxidantes, agentes inflamáveis, etc.) que podem prejudicar a saúde.
Caracterizam-se por:
Os riscos químicos também podem agir em pessoas que não estejam em contato direto com a fonte;
Não demandam necessariamente um meio de transmissão, uma vez que algumas substâncias são nocivas por contato direto;
Classificação dos riscos químicos:
Poeiras (minerais (sílica, etc), vegetais (algodão, etc), alcalinas (calcário, etc) e incômodas);
Fumos (produzidas por condensação de vapores metálicos. Ex.: óxido de zinco nas operações de soldagem com ferro);
Névoas (partículas líquidas resultantes de condensação de vapores ou da dispersão mecânica de líquidos. Ex. pintura a revólver);
Gases (estado natural das substâncias nas condições usuais de temperatura e pressão. Ex.: GLP, hidrogênio, etc).
Produtos químicos em geral:
inflamáveis (gasolina), explosivos (TNT), comburentes ou oxidantes (O2), corrosivos ou irritantes (soda cáustica), tóxicos ou muito tóxicos (benzeno), nocivos (tolueno), cancerígenos e mutagênicos (actidiona), persistentes no meio ambiente (CFC).
Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ):
fornece informações sobre vários aspectos de produtos químicos (substâncias ou misturas) quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente.
Identificação, composição, perigos, medidas de primeiros-socorros, combate a incêncio, controle de vazamento e derramamento, manuseio, armazenamento, transporte, estabilidade, reatividade, informações ecológicas e toxicológicas;
Pictogramas e/ou diagrama de HOMMEL;
Diagrama de Hommel:
VERMELHO:
Risco de fogo;
AZUL:
Risco de Vida;
AMARELO:
Reação;
BRANCO:
Símbolo de algum risco específico.
Risco de Fogo (VERMELHO):
4:
abaixo de 22ºC;
3:
abaixo de 38ºC;
2:
abaixo de 94ºC;
1:
acima de 94ºC;
0:
não é inflamável.
Risco de Vida (AZUL):
4:
Mortal;
3:
Extremamente Perigoso;
2:
Perigoso;
1:
Pequeno Risco;
0:
Material normal.
Risco de Reação (AMARELO):
4:
Pode detonar;
3:
Choque e calor podem detonar;
2:
Reação química violenta;
1:
Instável quando aquecido;
0:
Estável.
Riscos Específicos (BRANCO):
Oxidante
(OXX)
;
Ácidos
(ACID)
,
Álcalis
(ALK)
;
Corrosivo
(CRO)
;
Não use água
(-W-)
;
Radioativo
(símbolo de radiação)
.
Riscos de Acidentes:
São aqueles provocados pelos agentes que
demandam contato físico direto
com a vítima para manifestar sua nocividade
Caracterizam-se:
Atuar em pontos específicos do ambiente de trabalho;
Agir, em geral, sobre usuários diretos do agente gerador de risco;
Ocasionar, algumas vezes, lesões agudas e imediatas.
Estão incluídos:
Arranjo físico inadequado - posição incorreta de máquinas e equipamentos;
Máquinas e equipamentos - sem proteção, defeituosos e sem sinalização;
Ferramentas - inadequadas, defeituosas, impróprias;
Eletricidade - contato com linha viva, falta de aterramento e improvisações;
Sinalização - ausência de indicação de risco;
Probabilidade de incêndio e explosão - Riscos com produtos inflamáveis, armazenagem, sobrecarga elétrica, etc;
Transporte e movimento de materiais - batida contra, batida por, choque contra, queda de objetos, esmagamento, etc;
Edificações - Pisos inadequados, canaletas, rampas, escadas impróprias, ausência de espaço físico, etc;
Iluminação - A falta ou excesso de iluminação além de interferir na qualidade final do serviço.
Riscos Ergonômicos:
São aqueles
introduzidos nos processos de trabalho por agentes (máquinas, métodos) inadequados
às limitações de seus usuários.
Caracterizam-se:
Ação em pontos específicos do ambiente, e pela atuação somente sobre quem utiliza o agente gerador do risco (isto é, exercendo sua atividade);
Em geral, esses riscos provocam lesões crônicas que podem ter origem psicofisiológica;
Fatores de Risco Ergonômico:
Posturas adotadas (sentado, em pé);
Esforço físico requerido ("quantidade" de esforço, tempo);
Manipulação de cargas (movimentação e elevação) (peso, forma e volume, posturas adotadas, frequência, distância);
Movimentos repetitivos (ler/dort);
Atividades monótonas.
No laboratório:
procedimentos repetitivos em pipetagem ou postura e apoio de pés incorreto, pra quem passa muito tempo sentado.
Riscos Biológicos:
São aqueles introduzidos nos processos de trabalho pela
utilização de seres vivos como parte integrante do processo
produtivo.
Decorrem da exposição a agentes do reino animal, vegetal e de microrganismos ou de seus subprodutos. Se referem à probabilidade de
exposição ocupacional a agentes biológicos.
Exemplos:
cortes, infecções, alergias...
Caracterizam-se:
Decorrer da falta de higienização, o que pode viabilizar a presença de animais transmissores ou de animais peçonhentos;
Serem frequentes na indústria farmacêutica e de alimentos, unidades de prestação de serviços hospitalares e laboratórios de análises clínicas.
Agentes biológicos:
Vírus;
Bactérias;
Rockétsias;
Fungos;
Protozoários.
Tipos de Danos:
Infecções: microbactérias;
Parasitoses: esquistossomo, tripanossomo;
Intoxicação: toxina botulínica, venenos de cobras;
Alergias: pólen, fungos, fezes de ácaros;
Doenças autoimunes: estreptococo do grupo A;
Carcinogênicos: HPV, vírus das hepatites B e C;
Teratogênicos: rubéola.
Vias de transmissão dos agentes biológicos:
Direta:
transmissão do agente biológico sem a intermediação de veículos ou vetores.
Exemplo:
transmissão por contato do indivíduo infectado com o indivíduo são
;
Indireta:
transmissão do agente biológico por meio de veículos ou vetores.
Exemplo:
transmissão através de instrumentos, agulhas, vestuários, lençóis, água, alimentos e superfícies contaminadas.
Formas de veiculação dos agentes biológicos:
Aerossóis;
Cultura celular;
Instrumentos de laboratório;
Água;
Poeira;
Alimentos;
Amostras biológicas.
Classificação dos agentes biológicos:
Classe 1:
Conhecidos por
não causarem doenças
em pessoas ou animais.
Exemplo:
Lactobacillus sp
;
Classe 2:
Provocam infecções em homens e animais
, têm limitado potencial de propagação, com medidas profiláticas e tratamento eficazes.
Exemplo:
Shistosoma mansoni
;
Classe 3:
Capacidade de
transmissão por via respiratória
e que
causam patologias em humanos e animais
. São
potencialmente letais
, mas existem, em geral, medidas preventivas e tratamento.
Exemplo:
HIV, vírus da raiva
;
Grupo 4:
Grande poder de
transmissão por via respiratória
ou transmissão desconhecida.
Causam doenças em humanos e animais
de alta gravidade e com alta capacidade de disseminação.
Ainda sem medidas profiláticas e terapêuticas
eficazes.
Exemplo:
vírus do Ebola
.
Fatores que influenciam a agressividade do agente:
Natureza do risco;
Concentração;
Intensidade;
Tempo de exposição;
Sensibilidade individual.
Vias de penetração do agente agressor:
Respiratória:
bactérias estão contidas em escamas de pele ou em gotículas liberadas (aerossóis);
Cutânea:
inclui acidentes com os equipamentos perfurocortantes, as picadas de insetos e outros. Envolve alterações da integridade da pele;
Digestiva:
via pouco comum. Pode ocorrer em função da ingestão de material contaminado por acidente.
Critérios para classificação de risco biológico:
Objetivo:
padronização e categorização dos agentes biológicos que são manipulados por diferentes instituições.
Virulência;
Estabilidade e Eliminação do Agente;
Concentração;
Origem;
Dose e Manipulação;
Medidas Profiláticas e Tratamento;
Fatores do Trabalhor.
Virulência:
taxa de letalidade causada pelo agente patogênico.
Quanto maior a
virulência
, maior é o
risco
. E vice-versa.
Modo de transmissão:
percurso feito pelo agente biológico a partir da fonte de exposição até o hospedeiro.
Ar:
maior risco;
Sangue:
menor risco.
Estabilidade:
capacidade de sobrevivência do agente biológico no meio ambiente, associado à natureza do organismo.
Quanto maior a
estabilidade
do agente biológico, maior é o
risco
.
Eliminação do Agente:
conhecimento das vias de eliminação do agente, as quais são importantes para a adoção de medidas de contingenciamento.
Exemplo:
luz UV
.
Concentração do agente:
quanto
maior o volume
e a concentração,
maior o risco.
Dose infectante:
quantidade necessária do agente biológico para causar a infecção. Quanto
menor a dose
,
maior o risco
.
Manipulação do agente patogênico:
a forma de manipulação do agente biológico pode potencializar o risco.
Disponibilidade de medidas profiláticas e de tratamento eficaz:
capazes de proporcionar a concentração do agravamento ou a cura da doença provocada. Quanto
mais medidas profiláticas e possibilidades de tratamento
,
menor o risco
.
Fatores referentes ao trabalhador/pesquisador:
estado de saúde do indivíduo, idade, sexo, fatores genéticos, suscetibilidade individual.