Um homem de 61 anos foi internado em hospital depois de apresentar falta de ar progressiva, tosse produtiva, dor torácica e mal-estar por 3 meses, sem febre. O paciente não apresentou febre, edema, anormalidades articulares, erupções cutâneas, nem icterícia. A família do paciente relatou que, durante dois anos, ele tinha apresentado tosse produtiva, hemoptise ocasional, rouquidão e perda progressiva do peso (20 kg). Uma tomografia computadorizada do tórax realizada há 1 ano tinha exibido uma lesão nodular no lobo superior esquerdo do pulmão. Na época o paciente se recusou a ser submetido a investigação, tendo assinado uma diretiva antecipada de vontade que incluía o desejo de não ser submetido a qualquer tipo de tratamento. O paciente tinha parado de fumar 17 anos antes, depois de ter fumado por 30 anos. Não houve relato de outras doenças. Ao dar entrada no pronto-socorro, o paciente encontrava-se em desconforto respiratório grave. Estava intensamente taquipnéico e o exame físico revelou cianose periférica. A ausculta torácica revelou diminuição dos sons pulmonares e som maciço à percussão no nível médio-torácico do lado esquerdo. Apresenta um gânglio supraclavicular aumentado à esquerda. Um exame do coração e abdômen não revelou anormalidades. Uma nova TC de tórax, realizada na chegada ao hospital, ainda no PS, confirmou a lesão nodular e derrame pleural extenso à esquerda. Exames laboratoriais revelaram que o número de leucócitos era de 12.240/mm3, o nível de hemoglobina era de 8,6 g/dl e a saturação de oxigênio era de 70% em ar ambiente. A família solicita a internação e o início do tratamento contra a vontade do paciente
EPIDEMIOLOGIA
- MAIS COMUM EM HOMENS -> 2º MAIOR EM HOMENS
- QUANDO FEITO DIAGNOSTICO, NORMALMENTE JA ESTA EM FASE AVANÇADA
- NEOPLASIAS MAIS COMUNS NO MUNDO E NO BRASIL
FATORES DE RISCO
- TABAGISMO - 20X MAIOR RISCO
- OCUPACIONAL - EXPOSIÇÃO A CARCINOGÊNICOS
- AMBIENTAL - LOCAIS POLUÍDOS
- GENÉTICO - RISCO FAMILIAR
- DOENÇAS DE BASE (HIV, FIBROSE E PULMONAR IDIOPATICA)
- IDADE AVANÇADA
- RADIOTERAPIA
CLASSIFICAÇÃO
- CARCINOMA PULMONAR DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS
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- CARCINOMA PULMONAR DE PEQUENAS CÉLULAS
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICA
- TOSSE SECA
- PERDA PONDERAL
- DISPNEIA
- DOR TORÁCICA
- HEMOPTISE
- DOR OSSÉA
- ROUQUIDAO -> ACOMETIMENTO DO NERVO LARÍNGEO RECORRENTE
INVESTIGAÇÃO
SINTOMÁTICOS
- 55-74 ANOS
- +30 MAÇOS/ANO
- <15 ANOS DE CESSAÇÃO DO TABAGISMO
- EM PACIENTES COM ESSAS MANIFESTAÇÕES, DEVE-SE FAZER O RASTREIO EM PACIENTES UTILIZANDO TOMOGRAFIA EM BAIXA DOSAGEM ANUAL, COM OBJETIVO DE ENCONTRAR CA DE FORMA PRECOCE;
EXAMES COMPLEMENTARES
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
- BAIXA EFICÁCIA
- COMPLEMENTAR COM OUTRO EXAME (normalmente TC)
TOMOGRAFIA DE TORAX
- GERALMENTE OBSERVA-SE LINFONODOMEGALIA
- AVALIA COM EFICÁCIA TODOS OS COMPONENTES
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DIAGNÓSTICO
- AMOSTRA DE TECIDO
- BIOPSIA (Bx) TRANSBRÔNQUICA
- BIOPSIA (Bx) ENDOBRÔNQUICA
- ASPIRAÇÃO POR AGULHA
- PODE SER GUIADO POR RADIOSCOPIA
- PREFERIR SEMPRE O MÉTODO MENOS INVASIVO
- GÂNGLIOS CENTRAIS/MEDIASTINAIS -> US ENDOBRÔNQUICA
- LESÕES PERIFÉRICAS - BIÓPSIA (Bx) TRANSPARIETAL OU PERCUTÂNEA -> AUMENTA RISCO DE PNEUMOTÓRAX - 95% DE ACURÁCIA
- DERRAME PLEURAL -> TORACOCENTESE -> COM OU SEM -> BIÓPSIA PLEURAL
- CIRURGIA -> QUANDO TODOS OS OUTROS MÉTODOS FALHAREM;
SINAIS DE METÁSTASE
LOCAIS COMUNS
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TIPOS HISTOLOGICOS
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