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SÍNDROMES PANCREATICAS COM ABORDAGEM CIRÚRGICA, Alunos - P15: Carolina…

- - - - Sinais e sintomas típicos:
        
        dor epigástrica aguda ou abdominal no quadrante superior esquerdo
        
        dor que pode piorar na posição supina ou irradiar para as costas
        
        náuseas e vômitos associados
      - Diagnosticar pancreatite aguda se ≥ 2 de:
        
        dor abdominal consistente com pancreatite
        
        amilase e/ou lipase séricas > 3 vezes o limite superior da normalidade
        
        achados característicos de exames de imagem abdominais
        
        Local de tratamento:
        
        A maioria dos episódios de pancreatite aguda é leve e pode precisar apenas de uma breve internação em uma unidade de medicina geral
        
        Internar o paciente em uma unidade de terapia intensiva se houver falência de órgãos ou outros sinais e sintomas de uma doença grave, incluindo hipóxia, taquipnéia, delírio, sangramento gastrointestinal significativo, hipotensão ou síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS).
      - Os exames de imagem não são necessários em pacientes que preenchem os critérios clínicos de pancreatite aguda.
        
        diagnóstico incerto
        
        falha em melhorar clinicamente dentro de 48-72 horas
        -> obter tomografia computadorizada com contraste (CECT) ou ressonância magnética (RM)
        para confirmar o diagnóstico e avaliar complicações, como coleções líquidas de necrose.
        
        Se houver suspeita de necrose infectada, realizar uma punção aspirativa com agulha fina guiada por TC para coloração de Gram e cultura e fornecer antibióticos empíricos
  - - - Não dê antibióticos profiláticos, inclusive para pacientes com necrose estéril
      - Prescrever antibióticos para infecção extrapancreática
      - A insulina pode ser necessária temporariamente.
      - Realizar colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) dentro de 24 horas para pacientes com pancreatite biliar com colangite e dentro de 72 horas em pacientes com alta suspeita de cálculo persistente no ducto biliar comum
      - Não realizar drenagem ou desbridamento para pseudocistos pancreáticos assintomáticos ou necrose (independentemente do tamanho ou localização)
      - antibióticos empíricos quando indicada atbterapia, enquanto aguarda culturas.
      - Se estiver realizando necrosectomia para necrose infectada sintomática, use métodos minimamente invasivos se possível, começando com terapia endoscópica (guiada por EUS) quando disponível, considere a drenagem percutânea como segunda linha e reserve a cirurgia minimamente invasiva ou aberta se outras opções não estiverem disponíveis.
  - - - Pancreatite aguda biliar
        
        Admissão
        
        Idade > 55 anos
        
        Leucócitos > 16000
        
        Glicemia > 200
        
        LDH >350
        
        AST > 250
        Após 48h
        
        Diminuição do hematócrito > 10%
        
        Aumento de Nitrogênio Ureico > 5
        
        Ca sérico < 8
        
        PaO2 <60
        
        Défcit de base > 4
        
        Sequestro de líquido > 6L
      - pancreatite aguda não biliar
        
        Admissão
        
        Idade > 70 anos
        
        Leucócitos > 18000
        
        Glicemia > 220
        
        LDH >400
        
        AST >250
        Após 48h
        
        Diminuição do hematócrito >10%
        
        Aumento de Nitrogênio Ureico >2
        
        Ca sérico <8
        
        PaO2 -
        
        Défcit de base > 5 mEq/L
        
        Sequestro de líquido > 4L
- - - - Complicações
        
        diabetes mellitus, insuficiência pancreática exócrina com deficiências de vitaminas lipossolúveis e micronutrientes, osteoporose ou osteopenia, fratura por baixo trauma, câncer pancreático, formação de pseudocisto, má digestão, estenoses pancreáticas ou biliares e estenose duodenal.
  - - - :warning: Excluir fibrose cística em pacientes < 20 anos e em pacientes de qualquer idade sem etiologia identificável.
      - Avaliar pancreatite autoimune em pacientes sem etiologia identificável
      - Teste de painel multigênico naqueles sem etiologia identificável.
      - Se a pancreatite crônica for confirmada: exames de sangue e outros testes para avaliar minuciosamente as complicações pancreáticas e extrapancreáticas, incluindo insuficiência pancreática exócrina e diabetes mellitus
    - - Opções de terapia endoscópica
        
        Para tratar cálculos intraductais ou hipertensão ductal
        
        Para estenoses do ducto pancreático principal ou do ducto biliar comum
        
        Para pseudocistos pancreático
        
        As terapias cirúrgicas visam aumentar a drenagem ou ressecção de porções do pâncreas para alcançar a descompressão.
        
        As opções comumente usadas incluem pancreaticojejunostomia lateral (procedimento de Puestow modificado) e o procedimento de Frey (técnica mista de drenagem e ressecção).
        
        As opções de ressecção incluem excisão longitudinal em forma de V do pâncreas ventral combinada com pancreaticojejunostomia longitudinal. pancreatectomia distal se doença confinada à cauda do pâncreas. ressecção da cabeça pancreática com preservação do duodeno (RPPD) (incluindo procedimentos de Beger, Berna e Frey) duodenopancreatectomia (procedimento de Whipple). pancreatectomia total. pancreatectomia total com autotransplante de ilhotas celulares (TPIAT)
        
        Seguimento
        Obter testes de função pancreática para avaliar a insuficiência pancreática exócrina anualmente (para detectar má digestão antes dos sintomas clínicos) ou se os sintomas se desenvolvem ou se há suspeita de insuficiência exócrina
        
        pacientes com pancreatite crônica, diabetes, carcinoma pancreático, ressecção pancreática ou ressecção gástrica (ou cirurgia gástrica prévia, incluindo bypass gástrico em Y-de-Roux) tem aumento do risco de desenvolvimento de insuficiência pancreática exócrina
        
        Para reduzir o risco de desenvolver ou exacerbar complicações ósseas:
        Incentivar medidas preventivas básicas em todos os pacientes, como dieta adequada, incluindo ingestão de cálcio e vitamina D, exercícios regulares de sustentação de peso e evitar o tabagismo e a ingestão de álcool.
        
        Para pacientes com osteopenia, avaliar a densidade óssea por absorciometria de raios-X de dupla energia (DEXA) a cada 2 anos.
        
        Rastrear diabetes com glicemia de jejum e níveis de HbA1c anualmente, mesmo que sem sintomas clínicos (Recomendação forte). Considere a vigilância do câncer de pâncreas com ultrassonografia endoscópica (EUS) ou imagem transversal dedicada (RNM ou TC) em uma base regular