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Padres e escravos no Brasil-colônia - Coggle Diagram
Padres e escravos no Brasil-colônia
Introdução
Sensibilidade da Igreja do Brasil
Diante de quê?
Horrores da escravidão
Pelo menos três séculos
Deixou profundas raízes no comportamento e na vida da sociedade
Grande pergunta
Como se comportava a Igreja no Brasil colônia diante dos escravos vindos da África
O que fazia para combater tanta desumanidade e crueldade
A escravidão: mola-mestra de tudo
escravidão era, no Brasil-Colônia, a mola-mestra
padre Antônio Vieira
“Sem negros não há Pernambuco (isto é: produção de açúcar em Pernambuco)
sem Angola não há negros”
“o Brasil tem seu corpo na América e sua alma na África”
Os padres e a escravidão
Eram representantes autorizados da Igreja Católica, do projeto Europeu
Se sensibilizavam diante da dor e desgraça dos Africanos
Não tinham força nem vontade de mudar a ordem das coisas
ilusório imaginar que os padres pudessem, na época, contestar o projeto europeu na América
projeto era fundamentalmente católico, realizou-se através do catolicismo, seu maior sustentáculo e base de legitimação.
os padres pertenciam ao grupo mais honrado e respeitado
`Qual o motivo?
ministério sagrado
As Constituições do Arcebispado da Bahia, de 1707
proibiam o sacerdócio a mulatos, a não ser por indulto papal.
houve casos de mulatos claros no clero e até no episcopado, sobretudo no século XIX
os mulatos que conseguiram subir tão alto na sociedade tiveram todo o cuidado em conformar-se com o modo de pensar reinante na classe dos brancos, e esquecer, por assim dizer, a cor de sua pele
O Brasil mulato e negro não conheceu líderes religiosos que defendessem seus direitos e a dignidade de sua raça
os padres pertenciam à mais alta camada social num país baseado no trabalho escravo, inclusive no trabalho doméstico, não é de se estranhar que os padres fossem donos de escravos, senhores numa sociedade escravocrata
“limpeza de sangue”
filho de família diretamente ligada à Europa
pertencia ao pequeno círculo de brancos no meio de uma sociedade de mestiços, mulatos e negros
O padre-capelão
Tentativas de mudança
Alguns padres-profetas tentaram mudar a história
O que aconteceu com eles
expulsão da colônia
discriminação
não realização de seus intentos
Padre Miguel Garcia (1550-1614)
jovem jesuíta espanhol quando veio à Bahia em 1576 para lecionar teologia no colégio de Salvador
primeiro professor de teologia do Brasil
honrou a profissão, pois a relação entre teoria e prática pastoral encontrou nele uma realização digna dos melhores teólogos
Ele propunha, de forma bem prática, recusar a absolvição sacramental aos que confessavam guardar escravos em casa, vivendo às custas do trabalho escravo.
Foi mandado embora novamente para a Europa
Carta
A multidão de escravos que tem a Companhia nesta Província, particularmente neste colégio, e coisa que de maneira nenhuma posso tragar, máxime (sic) por não poder entrar no entendimento serem licitamente havidos… Alguma vez me passou por pensamento que mais seguramente serviria a Deus e me salvaria ‘in saeculo’ (no mundo) que em Província, onde vejo as coisas que vejo”
a teologia brasileira nasceu com a aliança entre a palavra profética e a práxis libertadora que verificamos em Miguel Garcia
Padre Gonçalo Leite (1546-1603)
Foi o primeiro professor de filosofia deste país
honrou a filosofia, pois durante os catorze anos de sua permanência aqui não deixou de defender os indígenas
Na Volta para Portugal
Bem se podem persuadir os que vão ao Brasil que não vão a salvar almas, mas a condenar as suas. Sabe Deus com quanta dor de coração isto escrevo, porque vejo os nossos padres confessar homicidas e roubadores da liberdade, fazenda e suor alheio, sem restituição do passado nem remédio dos males futuros, que da mesma sorte cada dia cometem”
Padre Manuel Ribeiro da Rocha
Preocupado com a causa negra no Brasil
publicou um livro
um dos livros mais abertos e revolucionários já escritos sobre o Brasil.
diz sem tergiversar que o tráfico negreiro nada mais é do que pirataria, e como tal deve ser combatido pelas autoridades
os que comercializam negros andam em estado de condenação