Elipse
Figura de sintaxe, utilizada para omitir termos numa sentença que não foram mencionados anteriormente. No entanto, esses termos são facilmente identificáveis pelo interlocutor. Exemplo: Comi no restaurante da minha avó na semana passada. No exemplo acima, sabemos que pela conjugação do verbo (primeira pessoa do singular), o termo omitido foi o pronome pessoal (eu). Esse caso é chamado de “elipse de sujeito”.
Exemplos: Na sala, apenas quatro ou cinco convidados - omissão do verbo “haver”. (Na sala havia apenas quatro ou cinco convidados); A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos - omissão da conjunção “se”. (A tarde talvez fosse azul se não houvesse tantos desejos), etc.
Zeugma: é um tipo de elipse, a diferença entre elas consiste na identificação do termo na frase. Ou seja, na elipse, o termo pode ser identificado pelo contexto, ou mesmo, pela gramática. Mas, na elipse esses termos não foram mencionados anteriormente. Já na zeugma, os termos que foram omitidos já foram mencionados.
Elipse: Andei por todo o parque. (Eu)
Zeugma: Anne comprou banana, eu, maçã. (Comprei)
Atenção!
Quando a zeugma é empregada, o uso da vírgula, do ponto e vírgula ou do ponto final é obrigatório.
➜Comparação
Comparação entre elementos distintos por meio de uma qualidade comum ligados pelos conectivos como, tal qual, que nem, feito, etc. Essência dos objetos é preservada.
Exemplos: aquele menino é forte como um touro (menino é menino e touro é touro).
➜Metáfora
Indica semelhança subentendida (diferente de comparação). Emprego da palavra fora do seu sentido básico. Essência não é preservada, pois uma coisa é a outra, não como a outra.
Exemplos: ela é flor do meu jardim; aquele menino é um touro.
➜Personificação/prosopopéia tipo de metáfora quando se humaniza (personifica) objetos inanimados ou animais não pertencentes à espécie humana, atribuindo-lhes características e ações tipicamente humanas. Fábulas usam essa figura.Exemplos: a virtude é preguiçosa e avara, não gasta tempo nem papel; só o interesse é ativo e pródigo; o vento dança.
➜Metonímia
É a troca de papéis, a parte pelo todo.
Exemplos: Que saudade do seu sorriso (troca o todo "você" pela parte sorriso).
➜Antonomásia: variedade de metonímia que consiste em substituir o nome de algum objeto, entidade ou indivíduo por outra denominação, seja um gentílico, um adjetivo, um nome próprio, etc. Exemplos: rainha dos baixinhos (Xuxa).
➜Ironia
Consiste em declarar o oposto do que realmente se pensa ou do que é.
Exemplos: ela é ótima pessoa, afinal vive judiando de crianças.
Perífrase
É o uso de um apelido para designar um local.
Exemplos: A cidade Maravilhosa está muito violenta.
➜Eufemismo
É uma suavização positiva. Exemplos: ela partiu dessa para melhor; ela está faltando com a verdade (não mentiroso!).
➜ Disfemismo: eufemismo ruim. Exemplos: ele virou presunto
Hiperbato/inversão/anástrofe
Consiste na troca da ordem direta dos termos da frase ou de nomes e seus determinantes.
Exemplos: À casa do Pablo, Juliano foi para planejarem a viagem; Fazia o automóvel um barulho estranho; Estranha, de mãos dadas vinha a mulher com ele (ordem direta: a mulher estranha vinha com ele de mãos dadas)
Catacrese
Utilizada para se referir a algo que não tem um nome no idioma. Para isso, usa-se um termo já existente, mas em outro contexto, tomando seu sentido original emprestado para fazer a analogia. Termo genérico na falta de um específico.
Exemplos: As mulheres adoram sapatos de bico fino; Cuidado com a boca do fogão!; “Não podemos perder esse voo, temos que embarcar no avião pontualmente.” (embarcar é em barco, mas usamos para remeter à entrada e à saída nesses meios e já não causa estranheza nos falantes).
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