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ABDOME AGUDO PEDIÁTRICO, ESTENOSE PILÓRICA - Coggle Diagram
ABDOME AGUDO PEDIÁTRICO
INTUSSUSCEPÇÃO
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Epidemiologia
Causa comum de obstrução intestinal em crianças pequenas. Até 75% dos casos ocorrem em crianças com menos de 12 meses de idade.
Fisiopatologia
Invaginação de uma porção do intestino (o intussuscepto) no lúmen do intestino imediatamente adjacente a ele (o intussuscipiente).
O mesentério é arrastado ao longo da parede intestinal proximal para dentro do lúmen distal, resultando na obstrução do retorno venoso.
O resultado é edema, sangramento da mucosa e aumento da pressão. Se o fluxo arterial ficar comprometido, poderá haver isquemia, necrose e perfuração.
Localizações anatômicas. A intussuscepção ileocolônica (prolapso do íleo terminal para dentro do cólon proximal) é a mais comum, seguida por íleo-ileal e colocolônica.
Etiologia
O ponto inicial da intussuscepção é, na maioria das vezes, um linfonodo aumentado (placa de Peyer) no íleo terminal.
Crianças mais velhas: Doenças que resultam em pontos iniciais patológicos incluem pólipos luminais, tumores malignos (como linfoma) e lesões em massa benignas, como lipoma, divertículo de Meckel, púrpura de Henoch-Schönlein e cistos de duplicação entérica.
Fatores predisponentes (idiopática): tecido linfoide bem desenvolvido, parede intestinal fina, lúmen intestinal estreito, fixação inadequada da região ileocecal, infecção bacteriana ou viral e cirurgia abdominal recente.
Diagnóstico
Imagem: Inicial: USG. Massa 3 a 5 cm na parede abdominal ao lado direito e sinal da rosca. Anel hipoecoico único com um centro hiperecoico.
Radiografia abdominal: normal, ou com obstrução intestinal parcial. Realizada como investigação inicial se houver suspeita de perfuração ou obstrução.
Enema por contraste (ar ou reagente de contraste). O sinal de menisco se refere à aparência de um ápice arredondado de intussuscepção que se projeta para dentro de uma coluna de material de contraste.
O sinal da mola espiralada é a aparência das dobras de mucosa edematosa do intussuscepto delineada pelo material de contraste.
Quadro Clínico
Cólica intermitente/contínua, vômitos persistentes, letargia e evacuações com sangue. Praticamente todos os lactentes com intussuscepção apresentam dor abdominal e vômitos. Fezes com aspecto de geleia de morango. A tríade clássica de dor abdominal, fezes com sangue e massa abdominal palpável está presente na minoria dos casos. Letargia progressiva. História de uma doença viral recente
Tratamento
Correção da hipovolemia e anormalidades eletrolíticas e, em seguida, a redução urgente.
1ª opção: Enema com contraste (ar ou líquido). Complicações: perfuração e fracasso da redução; ambos necessitam de intervenção. Contraindicações absolutas: peritonite, perfuração e choque hipovolêmico.
Redução cirúrgica. Fracasso das estratégias de redução não cirúrgicas.
Peritonite -> cirúrgico e ressuscitação imediatos. Laparoscopia ou abordagens abertas tradicionais. A intussuscepção é identificada e removida do intussuscipiente.
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG
Definição
É uma doença côngenita caracterizada por obstrução colônica funcional parcial ou total associada à ausência de células ganglionares. Ou seja, em razão da ausência dessas células o lúmen do intestino fica contraído causando a obstrução.
- A obstrução é sempre distal.
Epidemiologia
- Incidência: 1:5000 crianças nascidas.
- Afro-americanos.
- Meninos são mais afetados.
- Associação comum com a Síndrome de Down.
- A maioria dos sintomas se manifesta antes do 1° ano de vida.
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Fisiopatologia
Ausência de células ganglionares, devido a uma parada da migração craniocaudal destas células neuroentéricas da crista neural para o TGI superior, seguindo para baixo através das fibras vagais e ao longo do intestino
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Quadro Clínico
Mais comum: distensão abdominal, eliminação tardia de mecônio e vômitos. Essa tríade pode ser acompanhada por: movimento intestinal "explosivo", espontâneo ou induzido; As fezes são frequentemente líquidas e fétidas; Intolerância alimentar; Retardo do crescimento; Tardiamente podem manifestar hipovolemia e choque séptico.
Diagnóstico
Exames de Imagem: radiografia é o primeiro exame a ser solicitado, pode identificar a obstrução mas não é específica e pode dar falso-negativo. O enema de contraste hidrossolúvel é o melhor exame. Diagnóstico definitivo: biópsia retal.
Tratamento
O tratamento varia com o tipo de D.H.
- Retossigmoide ou segmento longo: irrigação + cirurgia definitiva. Se enterocolite: irrigação, fluidoterapia e antibiótico, descompressão por colostomia ou ileostomia e cirurgia definitiva.
- Aganglionose colônica: ileostomia + cirurgia definitiva.
ESTENOSE PILÓRICA
Abordagem:
A fluidoterapia intravenosa deve ser fornecida de 1.5 vezes a taxa de manutenção com dextrose a 5% associada à solução salina a 0.45%. A fluidoterapia intravenosa não deve conter potássio até que o débito urinário seja adequado (1-2 mL/kg/h).
Tratamento cirúrgico:
A piloromiotomia envolve a separação longitudinal extramucosa do músculo pilórico
Investigação:
Exames: Perfil bioquímico.
- ultrassonografia do abdômen (musculo pilorico >3mm, comprimento do canal pilorico >15mm)
Etiologia: Nenhuma etiologia única é causadora de estenose pilórica. Acredita-se que hiperacidez resultante de uma distensão antral com alimentação e hipertrofia do piloro decorrente de contrações repetidas sejam a causa
Fisiopatologia Com vômitos prolongados, a perda de eletrólitos e água causa alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalêmica. Hipovolemia resulta em aumento na aldosterona e a subsequente absorção renal de sódio e água. Esse fenômeno resulta em uma perda paradoxal de íons de hidrogênio
História
- Os pais geralmente relatam história de vômitos não biliosos progressivos após a alimentação.
- A criança também pode ter baixo ganho de peso, constipação ou sintomas de depleção de volume (por exemplo, menos fraldas molhadas).
Fatores Diagnósticos
- menino primogênito
- vômitos não biliosos em jato
- 3 a 6 semanas de idade
- massa abdominal superior
- história familiar de estenose pilórica
- taquicardia
- menor número de fraldas molhadas
- membranas mucosas ressecadas
- fontanelas planas ou deprimidas
- constipação
- baixo ganho de peso
- irritabilidade
Fator de Risco: menino primogênito, história familiar de estenose pilórica, prematuridade, exposição precoce à eritromicina, exposição a prostaglandinas, exposição materna a macrolídeos, localização geográfica/origem étnica.
Definição: Na estenose pilórica, a hipertrofia do esfíncter pilórico resulta em estreitamento do canal pilórico. É a causa mais comum de obstrução da saída gástrica na faixa etária de 2 a 12 semanas e leva a vômitos em jato progressivos.
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