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Síndrome Nefrítica, Síndrome Nefrótica, Perfil das doenças glomerulares…
Síndrome
Nefrítica
Etiologia
Doença de Berger (Nefropatia por IgA)
Pode levar a inflamação e danos nos rins.
Condição renal crônica caracterizada pela deposição anormal de imunoglobulina A (IgA) nos glomérulos.
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
A inflamação nos glomérulos é comum em pacientes com LES.
Doença autoimune que pode afetar diversos órgãos, incluindo os rins.
Púrpura de Henoch-Schönlein
Pode resultar em inflamação e danos aos rins.
Doença autoimune que afeta os vasos sanguíneos, incluindo os glomérulos renais.
Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva (GNRP)
Pode ter diversas causas, incluindo vasculites, lúpus eritematoso sistêmico (LES) e infecções.
Forma agressiva de glomerulonefrite com rápida perda de função renal.
Glomerulonefrite Aguda Pós-Infecciosa
A resposta imunológica ao antígeno estreptocócico causa inflamação nos glomérulos dos rins.
Resulta frequentemente de infecções estreptocócicas, como faringite estreptocócica.
Epdemiologia
Objetivo
O objetivo deste estudo foi determinar o perfil das glomerulopatias em um hospital público em Brasília, Distrito Federal.
Métodos
Realização de 121 biópsias renais pela equipe de nefrologia do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) entre agosto de 2005 e maio de 2009.
Exclusão de oito biópsias em pacientes transplantados renais.
Análise dos prontuários dos 113 pacientes restantes.
Dados analisados incluíram sexo, idade, exames laboratoriais, síndrome glomerular, diagnóstico clínico, grau de fibrose intersticial, uso de imunossupressores, necessidade de diálise e desfecho clínico.
Resultados
Média de idade de 34,9 ± 16,2 anos, com predomínio masculino (51,3%).
Principais síndromes glomerulares: síndrome nefrótica (41,6%) e glomerulonefrite rapidamente progressiva (35,4%).
Entre as glomerulopatias primárias, predominaram a glomeruloesclerose segmentar e focal (26,9%) e a nefropatia por IgA (25%).
Entre as secundárias, a nefrite lúpica (50%) e a glomerulonefrite proliferativa exsudativa difusa (34,2%) foram as mais comuns.
A maioria dos pacientes fez uso de imunossupressores (68,1%).
Cerca de um terço deles necessitou de diálise durante a internação (29,2%).
Evolução para terapia dialítica crônica ocorreu em 13,3% dos pacientes, e 10,6% evoluíram a óbito.
Conclusão
O estudo contribuirá para um melhor entendimento epidemiológico das doenças glomerulares no Distrito Federal.
Pode orientar a adoção de políticas públicas para um diagnóstico e manejo clínico mais rápidos dessas condições.
Fisipatologia
Lesão Glomerular Inicial
Começa com lesões nos glomérulos, os filtros renais.
Pode ser causada por condições subjacentes, como glomerulonefrite ou lúpus.
Ativação do Sistema Imunológico
O sistema imunológico é ativado, levando à resposta inflamatória nos glomérulos.
Pode ocorrer devido à produção de anticorpos anormais ou à ativação de células imunológicas.
Inflamação Glomerular
A ativação do sistema imunológico desencadeia uma resposta inflamatória nos glomérulos.
Isso envolve a liberação de citocinas pró-inflamatórias.
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Manifestações Clinicas
Hematúria
Presença de sangue na urina, visível ou microscópica.
Proteinúria
Eliminação excessiva de proteínas na urina, tornando-a turva.
Edema
Inchaço, frequentemente em torno dos olhos, tornozelos, pernas e pés.
Hipertensão Arterial
Diminuição da Diurese
Menos urina produzida, podendo levar à oligúria ou anúria.
Sintomas Gerais
Fadiga, perda de apetite, mal-estar e febre, dependendo da causa subjacente.
Dor Abdominal
Em casos de complicações, como trombose renal.
Rash Cutâneo
Presente em condições específicas, como a púrpura de Henoch-Schönlein.
Diagnóstico
Exame de Urina (Urinalise)
Avaliação de sangue na urina (hematúria) e proteínas na urina (proteinúria).
Dosagem de Creatinina no Sangue
Medição da concentração de creatinina no sangue para avaliar a função renal
Exame de Sedimentação Sanguínea (VHS)
Avaliação da taxa de sedimentação de eritrócitos, que pode estar elevada em casos de inflamação.
Exames Sorológicos
Testes específicos para doenças autoimunes, se houver suspeita.
Ultrassonografia Renal
Realização de um exame de imagem para visualizar os rins e avaliar sua estrutura.
Biopsia Renal
Coleta de uma pequena amostra de tecido renal para análise microscópica, se necessário.
Exames de Imagem Adicionais
Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) para avaliar danos renais, especialmente em casos de suspeita de trombose renal.
Avaliação Clínica Completa
Coleta de informações detalhadas sobre histórico médico, sintomas, exposições ambientais, uso de medicamentos e histórico familiar.
Exame físico para identificar sinais clínicos como edema e hipertensão.
Tratamento
Controle da Pressão Arterial
Uso de medicamentos anti-hipertensivos para controlar a pressão arterial, se necessário.
Diuréticos
Administração de diuréticos para reduzir o edema (inchaço) e a retenção de líquidos.
Restrição de Sódio
Limitação da ingestão de sódio na dieta para controlar a retenção de líquidos.
Restrição de Proteínas
Em alguns casos, restrição da ingestão de proteínas na dieta para reduzir a proteinúria.
Imunossupressores
Uso de medicamentos imunossupressores, como corticosteroides, para suprimir a resposta imunológica, em casos de doenças autoimunes.
Tratamento de Suporte
Inclui repouso, hidratação adequada, monitoramento da pressão arterial e dos eletrólitos.
Diálise
Realização de diálise em casos graves de insuficiência renal aguda ou quando a função renal não melhora com o tratamento.
Tratamento da Causa Subjacente
Identificar e tratar a causa subjacente da síndrome nefrítica, que pode incluir infecções, doenças autoimunes, entre outras.
Síndrome
Nefrótica
Etiologia
Nefropatia por Mudanças Mínimas (NMCM)
Uma das causas mais comuns da síndrome nefrótica em crianças.
Geralmente ocorre devido a alterações mínimas nos glomérulos que não são visíveis em exames microscópicos.
Glomeruloesclerose Segmentar e Focal (GESF)
Uma condição que resulta em cicatrizes em parte dos glomérulos.
Pode ser idiopática (causa desconhecida) ou secundária a outras doenças.
Amiloidose
É uma condição em que proteínas anormais se acumulam nos tecidos do corpo, incluindo os rins.
Isso pode levar à síndrome nefrótica.
Diabetes Mellitus
A nefropatia diabética é uma complicação comum do diabetes que afeta os rins e pode levar à síndrome nefrótica.
Nefropatia Membranosa
É caracterizada por alterações na membrana glomerular.
Pode ser idiopática ou secundária a outras doenças, como hepatite B, lúpus ou câncer.
Fisipatologia
Disfunção da Barreira de Filtração Glomerular
A síndrome nefrótica começa com a disfunção da barreira de filtração dos glomérulos nos rins.
A barreira de filtração glomerular normalmente retém proteínas no sangue, permitindo apenas a passagem de pequenos solutos e água.
Perda de Proteínas na Urina (Proteinúria Maciça)
Devido à disfunção da barreira de filtração, grandes quantidades de proteínas, como a albumina, são filtradas para a urina.
Isso resulta em proteinúria maciça, uma característica distintiva da síndrome nefrótica.
Redução da Pressão Oncótica Sanguínea
A perda de proteínas na urina reduz a pressão oncótica do sangue, que é a capacidade do sangue de reter água nos vasos sanguíneos.
A diminuição da pressão oncótica leva à retenção de água nos tecidos, resultando em edema (inchaço) generalizado.
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Manifestações Clinicas
Proteinúria Maciça
É a característica mais marcante da síndrome nefrótica, resultando na eliminação significativa de proteínas na urina, tornando-a espumosa.
Edema (Inchaço)
Devido à retenção de líquidos, os pacientes com síndrome nefrótica podem desenvolver edema em diferentes partes do corpo, como pernas, tornozelos, pés e até mesmo no rosto (edema periorbital).
Aumento de Peso
O edema e a retenção de líquidos podem levar ao ganho de peso significativo em um curto período de tempo.
Hipertensão Arterial
Alguns pacientes podem desenvolver pressão arterial elevada (hipertensão) devido à retenção de sódio e líquidos.
Hipercolesterolemia
Elevação dos níveis de colesterol no sangue, que pode resultar em hiperlipidemia.
Fadiga e Fraqueza
Devido à perda de proteínas, os pacientes podem sentir-se cansados e fracos.
Infecções Recorrentes
A perda de proteínas, incluindo as proteínas de defesa, pode aumentar a suscetibilidade a infecções.
Diagnóstico
Exame de Urina (Urinalise)
Avaliação da urina em busca de proteinúria maciça, caracterizada pela eliminação excessiva de proteínas na urina, tornando-a espumosa.
Dosagem de Proteína na Urina (Proteinúria de 24 Horas)
Coleta de urina durante um período de 24 horas para quantificar a quantidade exata de proteínas eliminadas.
Verificação dos níveis de albumina e proteínas totais no sangue.
Exame de Sangue
Medição dos níveis de creatinina no sangue para avaliar a função renal.
Biopsia Renal
Em alguns casos, pode ser necessária uma biopsia renal para obter uma amostra de tecido renal para análise microscópica e determinar a causa subjacente.
Avaliação Clínica Completa
Coleta de informações detalhadas sobre histórico médico, sintomas, exposições ambientais, uso de medicamentos e histórico familiar.
Exame físico para identificar inchaço (edema) e outros sinais clínicos
Exames Adicionais
Exames de sangue para avaliar a função hepática e os níveis de lipídios (colesterol).
Testes específicos para doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, se houver suspeita.
Tratamento
Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) e Antagonistas dos Receptores de Angiotensina (ARA)
Utilizados para controlar a pressão arterial, reduzir a proteinúria e proteger os rins
Corticosteroides
Podem ser administrados para suprimir a resposta imunológica anormal, especialmente em casos de síndrome nefrótica idiopática (primária).
Imunossupressores
Medicamentos como ciclofosfamida, micofenolato de mofetila ou ciclosporina podem ser usados em casos de síndrome nefrótica idiopática ou quando a resposta aos corticosteroides é inadequada
Medicamentos Anticoagulantes
Prescritos para prevenir a formação de coágulos sanguíneos, que são mais comuns em pacientes com síndrome nefrótica.
Controle da Proteína na Dieta
A restrição dietética de proteínas pode ser recomendada para reduzir a proteinúria.
Suplementação de Albumina
Em casos graves com baixos níveis de albumina no sangue, a administração intravenosa de albumina pode ser necessária.
Tratamento da Causa Subjacente
Se a síndrome nefrótica for secundária a outra condição, como diabetes ou doenças autoimunes, o tratamento da causa subjacente é essencial
Diálise
Pode ser necessária em casos graves de insuficiência renal aguda ou quando o tratamento não está controlando os sintomas, para filtrar o sangue.
Transplante Renal
Considerado em casos de síndrome nefrótica grave e irreversível como opção de tratamento.
Diuréticos
Prescritos para aliviar o edema (inchaço) e a retenção de líquidos.
Perfil das doenças glomerulares em um hospital público
do Distrito Federal- scielo